Polifenóis são substâncias de plantas que possuem uma ou mais hidroxilas (OH) ligadas a um ou mais anéis aromáticos. Um polifenol muito estudado é o resveratrol, composto bioativo presente nas uvas roxas e que oferece proteção contra o diabetes, doenças hepáticas e neurodegenerativas.
Estudos mostram que o trans-resveratrol possui propriedades antiinflamatórias, antioxidantes, anticarcinogênicas, antidiabéticas, antienvelhecimento e cardioprotetoras relevantes para a proteção contra doenças crônicas e aumento da longevidade (Li et al., 2017). Uma razão para tantos benefícios é a ativação das proteínas conhecidas como sirtuínas, que justamente melhoram o controle glicêmico e a queima de gordura, diminuem a inflamação e aumentam a sobrevivência das células.
O resveratrol também está presente em outros alimentos e bebidas como vinho tinto, suco integral de uva, amendoim, pistache, cacau em pó, morango e melancia. Existem suplementos de resveratrol. Contudo o metabolismo fora do alimento é muito rápido e a biodisponibilidade baixa. Ou seja, o resveratrol é rapidamente eliminado e uma pequena quantidade chega, de fato, ao cérebro (Walle, 2011). A indústria farmacêutica vem desenvolvendo suplementos em que o resveratrol é apresentado em nanocarreadores, pílulas minúsculas e lipossomas, pequenas vesículas formadas por uma bicamada de lipídios com mais alta absorção (Li et al., 2017). Outra opção é o uso de derivados do resveratrol como o estilbeno ou pterostilbeno, uma versão metilada (-CH3) do resveratrol o que lhe confere maior disponibilidade, facilidade de transporte para o interior das células e uma degradação mais lenta.