A maior parte dos nutricionistas americanos acreditam que os refrigerantes são o maior vilão da dieta de jovens e adultos e um dos principais responsáveis pela epidemia da obesidade. Isto porque as bebidas são cheias de açúcar, adicionando calorias à dieta sem fazer com que as pessoas se sintam satisfeitas. O xarope de frutose pode desencadear reações em cadeias que contribuem também para o desenvolvimento do diabetes. Alguns estudos também mostram que nosso corpo não responde da mesma forma às calorias vindas de líquidos e aquelas vindas de alimentos sólidos.
O apetite é controlado por um mix complexo de hormônios. Alguns deles sinalizam o nosso cérebro de que nosso estômago já está cheio. Outros, incluindo o hormônio grelina, sinaliza que já é hora de nos alimentarmos novamente. Quando comemos alimentos sólidos, como um sanduíche, os níveis de grelina caem por algumas horas. Porém, de acordo com o professor Wayne Campbell, do departamento de alimentos e nutrição da Universidade Purdue, esta queda não ocorre quando ingerimos refrigerantes, mesmo quando a bebida fornece tantas calorias quanto o sanduíche. Campbell adverte de que esta teoria não está provada e que outros fatores como o cheiro do alimento e a sensação de mastigação podem afetar o apetite.
Outro aspecto do refrigerante, é que seu açúcar é rapidamente absorvido, elevando a glicemia (níveis de glicose no sangue). A elevação da glicemia desencadeia uma excreção concomitante de insulina, hormônio responsável pela entrada da glicose nas células. Com isso, ocorre uma queda brusca nos níveis de glicose sanguínea. Esta queda leva o corpo a aumentar a concentração de grelina e outros hormônios capazes de induzir a fome fazendo com que os indivíduos comam ou bebam mais e engordem.
A luta contra a obesidade não é fácil porém passos devem ser dados a fim de minimizar as consequências que a síndrome pode causar à saúde. Um desses passos é a diminuição do consumo de refrigerantes.