Você sabia que indivíduos quem ingerem uma ou mais latas de refrigerante por dia tem um risco 50% maior de desenvolver a síndrome metabólica, uma precursora das doenças cardiovasculares? O mais interessante é que não importa se o refrigerante é normal ou diet, pelo menos é o que mostra um novo estudo publicado no Journal Circulation.
A síndrome metabólica é caracterizada por uma série de agravos a saúde, como o aumento da circunferência abdominal, baixos níveis de bom colesterol (HDL-c), pressão arterial elevada dentre outros e está fortemente ligada a doenças como derrames, infartos e diabetes.
O estudo avaliou 6000 indivíduos com risco para a síndrome metabólica. Após 4 anos de acompanhamenteo, 53% dos indivíduos que ingeriram um ou mais latas de refrigerantes ao dia desenvolveram a síndrome.
A associação americana de bebidas refuta o estudo dizendo que os resultados poderiam estar associados ao consumo de qualquer alimento ou bebida calórica e que os refrigerantes light, diet ou zero não tem associação com o ganho de peso e elevação da pressão sanguínea. Os autores do estudo enfatizam que não estão sugerindo um link direto entre o consumo das bebidas e a doença cardiovascular já que o consumo de bebidas pode estar associado também a outros fatores de risco que não foram objeto deste estudo como maior consumo de frituras e alimentos hipercalóricos e sedentarismo.
A associação americana do coração respondeu às críticas ao estudo dizendo que é importante notar que o estudo não mostra que os refrigerantes causam doenças cardiovasculares e sim que indivíduos que ingerem mais refrigerantes tiveram um risco maior de desenvolvê-las.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que o consumo de refrigerantes elevava o risco de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Este novo estudo mostra o mesmo resultados em adultos. Agora é esperar novas pesquisas que descubram as causas e a relação entre as bebidas e os males à saúde.
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Lustig (2013). Fructose: it's "alcohol without the buzz". Advances in Nutrition. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3649103/
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