Parece que as dietas com redução de carboidratos ( low-carbohydrate diet) realmente ajudam no combate à síndrome metabólica, uma condição causada por uma série de fatores de risco encontrados em indivíduos com excesso de peso. De acordo com o pesquisador Matthew R. Hayes, da Universidade da Pennsylvania, o consumo de dietas com redução de carboidratos melhorou a sinalização hormonal envolvida na obesidade assim como a sensação de saciedade, permitindo a perda de peso.
Indivíduos com a síndrome metabólica lutam contra a obesidade abdominal, redução dos níveis de colesterol HDL (o colesterol bom) e com a resistência à insulina ou intolerância à glicose. A síndrome eleva o risco cardiovascular, de diabetes tipo 2 e outros problemas crônicos.
No estudo de Hayes e colaboradores, 20 indivíduos de ambos os sexos seguiram uma dieta reduzida em carboidratos. Na fase um que durou duas semanas, os participantes consumiram apenas 10% de carboidratos (a dieta normal ocidental tem de 55 a 70%). Na fase dois que durou 10 semanas, os indivíduos podiam consumir até 27% das calorias na forma de carboidratos. Durante o período do estudo (3 meses) os participantes perderam cerca de 5 kg cada e cerca de 50% deles não apresentava mais as características da síndrome metabólica. Apesar de os participantes não terem seguido as recomendações à risca (na fase 1 consumiram cerca de 25% de carboidratos e na fase dois cerca de 35%) ouve uma redução do total consumido quando comparado às dietas habituais destes indivíduos.
Afim de entender como a dieta levou a perda de peso, o grupo de pesquisadores avaliaram as respostas hormonais da insulina, leptina e colecistocinina antes e após refeições. Houve uma redução nos níveis de leptina e de insulina ao final da fase um. Ao terminar a fase dois, os níveis de insulina e leptina aumentaram mas não alcançaram os níveis encontrados nos participantes antes do início do estudo. Estas alterações hormonais ajudaram a reduzir a quantidade de alimentos ingeridos já que existe uma sinergia entre as concentrações dos hormônios no plasma e a fome. Hayes enfatizou que este estudo, publicado na edição online de agosto do The Journal of Nutrition, foi pequeno e preliminar e mais estudos fazem-se necessários. Conversamos mais sobre o tema na plataforma https://t21.video/browse