Sirtuína 6 no câncer de pele

A SIRT6 é uma enzima pertencente à família das sirtuínas, proteínas dependentes de NAD⁺ que atuam principalmente na regulação epigenética, reparo do DNA, homeostase metabólica e resposta ao estresse celular. Também tem papel no desenvolvimento de cânceres de pele, tanto melanoma quanto não-melanoma.

A SIRT6

  • Localização: principalmente no núcleo celular.

  • Atividades principais:

    • Desacetilase de histonas (especialmente H3K9ac e H3K56ac), modulando a compactação da cromatina.

    • Regulação da transcrição de genes envolvidos na inflamação, senescência, metabolismo e reparo do DNA.

    • Estabilidade genômica: atua na reparação de quebras de dupla fita do DNA (DSBs), protegendo contra mutações que podem levar ao câncer.

Papel da SIRT6 no Câncer de Pele Não-Melanoma (NMSC)

a. Carcinoma Espinocelular (SCC)

  • A SIRT6 está frequentemente superexpressa em amostras de SCC.

  • Age como oncoproteína:

    • Promove proliferação celular.

    • Aumenta a resistência à apoptose.

    • Atua em vias de sinalização como MAPK/ERK e PI3K/AKT.

b. Carcinoma Basocelular (BCC)

  • Dados limitados, mas estudos sugerem que a SIRT6 também pode atuar como promotora tumoral nesse subtipo, através da regulação do microambiente tumoral e da inflamação crônica.

4. SIRT6 no Melanoma

  • Função ambígua e contexto-dependente:

    • Em alguns modelos, age como supressora tumoral, reprimindo genes pró-inflamatórios via inibição de NF-κB.

    • Em outros, pode promover a sobrevivência de células de melanoma ao favorecer a reparação do DNA e modular o metabolismo energético.

  • A influência de SIRT6 depende de:

    • Estágio do tumor.

    • Ambiente microtumoral.

    • Presença de mutações em genes como BRAF ou NRAS.

SIRT6 como Alvo Terapêutico

  • Modulação farmacológica da SIRT6 pode ser promissora:

    • Inibidores de SIRT6 podem reduzir a viabilidade de células tumorais em SCC.

    • Ativadores de SIRT6 podem ser úteis em situações onde ela atua como supressora tumoral (como no melanoma inicial).

A SIRT6 representa uma molécula chave na interface entre envelhecimento, inflamação e câncer de pele. Sua atuação dupla (como oncoproteína ou supressora) a torna um alvo complexo, porém altamente relevante na oncologia cutânea. O entendimento aprofundado é muito importante. Existem compostos que estimulam SIRT6, como quercetina e luteolina. Mas quando é o momento de usar e quando é o momento de excluir da dieta? Nutrição é uma ciência série e complexa. Em caso de dúvidas, consulte um nutricionista.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

7 erros que atrapalham seu processo de emagrecimento

Práticas equivocadas podem estar atrapalhando seu emagrecimento. Confira:

1) Foco na contagem de calorias

O primeiro erro é focar apenas na contagem de calorias. O corpo humano não é um "calorímetro", mas sim um sistema bioquímico complexo. O que realmente importa é o impacto metabólico dos alimentos em seu corpo, não apenas seu valor calórico.

Por exemplo, um donut pequeno e meio abacate podem ter o mesmo número de calorias (190 kcal), mas o donut pode bloquear as vias de utilização de gordura do seu corpo, causar inflamação e criar mais dependência devido a açúcares e ingredientes refinados. Em contraste, o abacate proporciona saciedade, regula os hormônios, reduz a inflamação e nutre o intestino. Enfatize qualidade, o momento e a frequência dos alimentos.

2) Alto consumo de alimentos ultraprocessados e dietéticos

O segundo erro é consumir produtos comercializados como "alimentos" ou "dietéticos", mas que são substâncias industriais altamente processadas. Muitas vezes, estes não têm valor nutricional e podem até mesmo esgotar sua energia. Adoçantes artificiais, mesmo sem calorias, estimulam a liberação de insulina, o que promove o armazenamento de energia. Além disso, a maioria dos adoçantes artificiais é altamente prejudicial à microbiota intestinal, que desempenha um papel crucial na perda de peso saudável. Esses produtos também perpetuam o vício em açúcar, estimulando constantemente os receptores do sabor doce, dificultando a apreciação de alimentos naturais e menos doces.

3) Beliscar, mesmo que alimentos saudáveis

A crença de que se deve comer a cada três horas é um mito difundido, frequentemente propagado pela indústria alimentícia. Mas, quando feito corretamente, o jejum intermitente pode ser "transformador", levando ao aumento dos níveis de energia, pois o corpo aprende a funcionar de forma eficiente sem a ingestão constante de alimentos, usando corpos cetônicos. Evite as máquinas de salgadinhos, as padarias no meio do expediente, alimentos industrializados em casa.

4) Comer tarde

O período noturno é o momento de reparo de nosso organismo. Comer tarde da noite é prejudicial à saúde, atrapalha o sono e cria um ciclo vicioso de padrões alimentares pouco saudáveis. Isso leva a desequilíbrios hormonais, fadiga matinal e aumento da vontade de comer alimentos não saudáveis ao longo do dia.

5) Sobrecarregar o corpo com farináceos

Salgados, massas, pães, tortas são ricas em glúten, proteína de difícil digestão, associada ao aumento da permeabilidade intestinal e inflamação.

6) Atividade física intensa com corpo inflamado

Muitas pessoas acreditam que basta "comer menos e treinar mais" para perder peso. No entanto, para indivíduos com excesso de peso que normalmente apresentam inflamação isso é um merro. A atividade física intensa em um corpo inflamado e metabolicamente desequilibrado pode levar a mais lesões e prejudicar o progresso. Se estiver destreinado, inicie com atividades leves, como caminhadas, natação, pilates, musculação leve. Foque na desinflamação.

7) Jejum em um corpo carente de nutrientes

Embora o jejum intermitente seja uma técnica ancestral e transformadora, deve ser feito corretamente. O jejum ajuda na renovação e reciclagem interna (autofagia), que envolve a limpeza de células e proteínas disfuncionais pelo corpo. Esse processo foi reconhecido com o Prêmio Nobel em 2016 por Yoshinori Ohsumi. No entanto, se o corpo não estiver equilibrado e carecer de nutrientes adequados, forçar jejuns longos pode ser prejudicial, semelhante a colocar um "carro com areia no motor" na estrada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação de NMN ajuda a resgatar níveis energéticos

Conforme vamos envelhecendo nossas células vão acumulando danos. Enzimas PARPs estão envolvidas na detecção e reparo destes danos. O problema é que usam NAD+ como substrato.

NAD⁺ (nicotinamida adenina dinucleotídeo) é uma coenzima essencial para a produção de energia celular. Ele atua como transportador de elétrons em reações metabólicas que transformam nutrientes (glicose, ácidos graxos, aminoácidos) em ATP — a principal “moeda energética” das células.

NMN (nicotinamida mononucleotide) é um intermediário chave que restaura os níveis de NAD⁺ quando administrado externamente, resgatando, assim, os níveis de energia.

O artigo “Nicotinamide Mononucleotide: A Promising Molecule for Therapy of Diverse Diseases by Targeting NAD⁺ Metabolism”, publicado na Frontiers in Cell and Developmental Biology mostra que a via de salvamento, onde a enzima NAMPT converte nicotinamida em NMN, constitui a principal rota de reposição do NAD⁺ em mamíferos.

A biodisponibilidade oral de NMN pode ser limitada pela degradação no trato GI e ação microbiota intestinal; parte do NMN pode ser convertida em nicotinamida ribosídeo (NR) ou nicotinamida (NAM), forma não ácida da vitamina B3, antes de entrar nas células.

NR é um precursor de NAD+ pertencente à família da vitamina B3. É encontrado naturalmente em pequenas quantidades no leite, levedura e outros alimentos. Quando ingerido, é convertido em NAD+ de forma eficiente e rápida, especialmente no fígado, cérebro e músculo. Também tem ação antioxidante, antiinflamatória e neuroprotetora

Existem mais estudos clínicos em humanos com a suplementação de NR do que NMN, mas NMN parece ter potencial superior no combate ao envelhecimento acelerado e dano mitocôndrial. Há preocupações potenciais, como efeitos ao longo de longo prazo de NMN, acúmulo de metabólitos tóxicos, risco de tumorigenicidade, senescência celular ou metabolismo alterado. Por isso, antes de usar qualquer suplemento avalie sua genética com seu nutricionista.

Tanto NR quanto NMN ativam sirtuínas indiretamente, pelo aumento dos níveis de NAD+. Sirtuínas são desacetilases dependente de NAD+. Removem grupos acetil de histonas e outras proteínas. Isso muda a estrutura e altera a expressão gênica, silenciando genes inflamatórios, regulando o ritmo circadiano, reparando o DNA.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/