CBD X CBG X THC

A cannabis (ou cânhamo) é uma planta complexa contendo várias classes de metabólitos secundários, incluindo pelo menos 104 canabinóides, 120 terpenóides (incluindo 61 monoterpenos, 52 sesquiterpenóides e 5 triterpenóides que dão o aroma e sabor característicos da planta), 26 flavonóides e 11 esteróides entre os 545 compostos identificados. Os três canabinóides mais estudados são o ∆9-tetrahidrocanabinol (∆9-THC), o canabigerol (CBG) e o canabidiol (CBD).

Vias de biossíntese de canabinóides, terpenóides, esteróis e flavonóides (Jin et al., 2020)

Estas substâncias possuem vários efeitos em nosso corpo e, juntas, potencializam os benefícios da planta. É o conhecido efeito entourage, como vimos no caso 1 e no caso 2 de crianças com autismo.

Assim, embora o canabidiol demonstre uma variedade de potenciais benefícios por si só, crê-se que o seu impacto terapêutico é ampliado quando opera em conjunto com outros canabinóides, terpenos e flavonoides.

Um dos triterpenóides identificados na raiz da cannabis, a friedelina, contém propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, estrogênicas, anticancerígenas e protetoras do fígado. Os esteróis vegetais podem reduzir os níveis plasmáticos de colesterol.

Óleo de cânhamo x óleo CBD x óleo CBG

O óleo CBD contém proporções altas deste canabinóide e baixíssimas dos demais. Você comumente encontrará óleo CBD a 5%, 10%, 15%, 20% e 40%. O CBD influencia o sistema endocanabinóide, regulando sono, humor, dor e apetite. O CBD ajuda o organismo a adaptar-se melhor à situações de estresse. Tem sido bastante prescrito para tratamento de situações de ansiedade, insônia, inflamação e dor crônica.

O óleo CBG também é encontrado em diferente concentrações. Interage diretamente com os receptores canabinóides CB1 e CB2 no cérebro, para um efeito mais poderoso que o próprio CBD. Também combate a inflamação, dor e reduz náuseas em pacientes fazendo tratamento quimioterápico. Como a concentração de CBG no cânhamo é menor do que a de CBD a extração é mais cara. Tanto CBD quanto CBD devem ser iniciados em doses baixas e ir aumentando lentamente, observando tolerância e efeitos colaterais conversei sobre isso nos casos de autismo (parte 1 e parte 2) e também na plataforma t21.video.

A Cannabis também pode ser utilizados para a fabricação de alimentos. Para as farinhas são selecionadas plantas com baixo teor de THC como as variedades Secuieni e Zenit da Cannabis sativa (Rusu et al., 2021).

Na Europa poderá comprar o óleo de CBD da Naturecan com 20% de desconto usando o código andreiatorres quando for pagar. No Brasil tanto o óleo de CBD, quanto medicamentos como dronabinol (THC), nabilona (THC), nabiximols (THC+CBD) devem ser prescritos pelo médico e o paciente deve estar cadastrado na ANVISA para conseguir fazer a importação do produto.

APRENDA TUDO SOBRE O CÉREBRO EM HTTPS://T21.VIDEO

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Canabinóides e saúde da mulher

As mulheres têm necessidades diferentes dos homens e estas necessidades mudam com a idade, produção hormonal, saúde física e mental. Existem vários grupos de pesquisa investigando as diferenças entre homens e mulheres em sua resposta aos efeitos dos canabinóides.

Embora as mulheres apresentem menos dor ao usar o delta-9-tetraidrocanabinol (THC), o principal componente psicotrópico da cannabis, elas parecem apresentar mais efeitos colaterais do que os homens.

Os níveis de endocanabinóides e a densidade e afinidade do receptor CB1 flutuam em função do sexo e do ciclo hormonal, apoiando a hipótese de possíveis diferenças dependentes de hormônios sexuais na sensibilidade de certos processos neuronais desencadeados por tratamento com canabinóides.

Tamanho do fígado, capacidade de produção de enzimas de destoxificação, diferenças sexuais na distribuição de gordura corporal também podem afetar o metabolismo dos canabinóides. Uma das hipóteses para o maior número de efeitos colaterais nas mulheres é o acúmulo de canabinóides em seus depósitos de gordura. Por outro lado, é possível que as mulheres experimentem efeitos mais fracos com a mesma dosagem em comparação com os homens justamente pelo fato de mais delta9-THC ser retido pelas células adiposas.

Sistema canabinóide influencia a saúde da mulher

O sistema canabinóide está envolvido na maturação dos óvulos e na implantação do embrião no útero. Os endocanabinóides estão, portanto, envolvidos no ciclo menstrual e na gravidez. Mas não é só isso: estudos também mostram a capacidade dos canabinóides de combater as células cancerígenas.

Os canabinóides apresentam uma variedade de efeitos anticancerígenos ao perturbar as vias de sinalização envolvidas na transformação maligna e na progressão do tumor. Podem iniciar apoptose e autofagia, montar respostas inflamatórias contra células cancerígenas e bloquear processos angiogênicos e metastáticos através de diferentes mecanismos.

Mas para complicar as coisas, o sistema flutua ao longo do ciclo menstrual e ovariano. Por isso, mais estudos nesta área são necessários. A expectativa é que os canabinóides possam ser usados na prevenção e no tratamento do câncer de ovário, na síndrome dos ovários policísticos e no tratamento da endometriose.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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SUPLEMENTOS NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE

A endometriose é uma doença abdominal crônica mais comum nas mulheres. É dependente de estrógeno, acomete principalmente mulheres por volta dos 30 anos, apesar de estar sendo cada vez mais frequente nas mais jovens. A doença pode ser acompanhada por dor imensa, cólicas menstruais, dor durante a relação sexual e infertilidade. Se não tratada e diagnosticada pode levar a infertilidade, dor nas relações sexuais, além de aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de ovário e mama.

Os mecanismos patológicos da doença permanecem obscuros, o diagnóstico é difícil, o tratamento muitas vezes inclui cirurgia, trazendo grande sofrimento para pacientes e suas famílias e enorme custos para a sociedade.

É importante reduzir os estrogênios, pois estão envolvidos na progressão da endometriose. A mudança na dieta pode ajudar a reduzir dor, cólicas, inflamação, distenção abdominal, níveis de estrogênio, peso, toxinas.

Fitoterapia

Dentre as plantas mais estudadas para o tratamento da endometriose estão: Achillea millefolium, Alchemilla vulgaris, Aletris farinosa, Anemone pulsatilla, Angelica sinensis, Astragalus membranaceus, Atropa belladonna, Curcuma longa, Dioscorea villosa, Echinacea angustifolia, Gelsemium sempervirens, Glycyrrhiza glabra, Gossypium herbaceum, Leonurus cardiaca, Matricaria recutita, Mitchella repens, Paneonia lactiflora, Pinus pinaster, Piscidia erythrina, Robus idaeus, Senecio aureus, Silybum marianum, Taraxacum officinale, Valeriana officinalis, Viburnum opulus, Viburnum prurifolium, Vitex agnus-castus, Zanthoxylum americanum e Zingiber officinale (Reid, Steel e Adams, 2019).

Entre estas plantas destacam-se a Cimicifuga racemosa (erva de São Cristóvão) para o tratamento da dismenorréia (cólica menstrual), enquanto a A. millefolium (Mil em rama) tem sido bastante recomendada para o tratamento de sangramentos fora do período menstural.

Miodesin®

Um composto extraído de plantas amazônica, como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa) e batizado de Miodesin® tem contribuído para o tratamento de miomas uterinos e da endometriose. As plantas utilizadas no fitocomplexo são ricas em taninos e alcalóides com atividades antiinflamatória, antioxidante, antitumoral e imunoestimulante. O fitoterápico unha-de-gato pode ser prescrito por nutricionista para uso oral ou por médico ginecologista para uso intravaginal, misturado a um veículo (Pentravan®) que permite a absorção pela pele.

Para avaliar a eficácia de Miodesin®, foi realizado um estudo clínico com 32 pacientes do sexo feminino com mioma uterino e endometriose. As pacientes foram divididas em grupos, o grupo que recebeu MiodesinTM (500mg/dose) em Pentravan® por via vaginal associado com Gestrinona Fagron (2,5mg/ duas vezes por semana) em Pentravan® por via vaginal tiveram redução significativa do volume uterino de 43%. O grupo tratado somente com MiodesinTM (500mg/dose) em PentravanTM por via de administração vaginal tiveram redução significativas do volume uterino de 22%, porém com menos reações adversas (Maia et al., 2018).

Minerais também podem ser prescritos para pacientes com endometriose. Os objetivos são a correção de possíveis carências de cálcio, iodo, ferro, fosfato, magnésio, ou redução do estresse oxidativo, com suplementação de zinco e selênio. Vitaminas e fitoquímicos também vem sendo estudados, principalmente na tentativa de reduzir a quantidade de radicais livres e a inflamação.

Na homeopatia a Belladona, chamomilla, C. racemosa, Folliculinum, Kalium phosphoricum, Luteinum, Magnesium phosphoricum, Nux vomica, Rhus toxicodendron, Sepia officinalis, Silicea terra e Thiosinaminum estâo entre os medicamentos prescritos (Reid, Steel e Adams, 2019).

Como a aromatase é mais abundante em mulheres com endometriose, o uso de inibidores de aromatase, como crisina, também é aconselhado, podendo ajudar a tratar mesmo casos mais graves.

Outro suplemento utilizado para o tratamento da endometriose é o CBD. Alguns autores descreveram a endometriose como uma condição de “deficiência endocanabinóide”, mulheres com endometriose têm níveis mais baixos de receptores CB1 no tecido endometrial. Foi sugerido que a função reduzida do sistema endocanabinoide leva ao crescimento do tecido da endometriose e a uma experiência de dor mais intensa.

Os mecanismos de dor associados à endometriose são complexos e interligados e podem ser divididos em três categorias principais: (1) a dor nociceptiva, (2) a inflamatória e a (3) dor neuropática. Todas as três categorias estão intimamente relacionadas com a função do sistema endocanabinóide. Os canabinóides podem ajudar com seu efeito ansiolítico e anti-inflamatório e normalizar a sinalização alterada.

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