Importância da nutrição para a adequada poda neural

Poda neural (ou poda sináptica) é um processo natural do neurodesenvolvimento em que o cérebro elimina conexões sinápticas que são pouco utilizadas, fortalecendo aquelas que são mais ativas e eficientes.

Uma sinapse é a conexão entre dois neurônios que permite a comunicação entre eles. Durante o desenvolvimento infantil, o cérebro cria milhões de sinapses a mais do que o necessário.

Um excesso de sinapses é criado nas primeiras fases da vida (especialmente até os 2–3 anos). Experiências, estímulos e aprendizado ajudam a fortalecer as conexões mais usadas. As sinapses menos utilizadas ou irrelevantes são eliminadas para tornar o cérebro mais eficiente.

Grande parte da poda acontece nos primeiros 5 anos. Outra onda importante de poda, focada em áreas ligadas a pensamento crítico, autocontrole e julgamento.

Funções da poda neural:

  1. Otimiza a eficiência do cérebro.

  2. Reduz "ruído" de conexões inúteis.

  3. Permite especialização das funções cerebrais.

  4. Prepara o cérebro para habilidades complexas (linguagem, raciocínio, socialização).

Importância da estimulação precoce do bebê prematuro e com autismo

Sinapses que não são estimuladas (por falta de interação, linguagem, movimento, contato) podem ser podadas precocemente. Isso pode afetar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e sociais.

A nutrição também é fundamental!

Durante a infância e adolescência (períodos críticos para a poda neural), o cérebro está em intensa atividade metabólica. A qualidade dos nutrientes disponíveis impacta tanto a formação quanto a manutenção e a eliminação das sinapses.

A desnutrição nos primeiros anos de vida pode causar excesso ou deficiência de poda neural, comprometendo o desenvolvimento de funções cognitivas, motoras e emocionais. Deficiências específicas (como ferro ou ômega-3) estão associadas a menor plasticidade sináptica e prejuízos de memória, atenção e aprendizado.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Autoimagem após 50 anos

Fiz 50 anos em janeiro. Estou envelhecendo. Vejo isso em cada vídeo que gravo. Algumas mulheres reagem com alívio a este processo — não há mais necessidade de se vestir e se maquiar para impressionar; podem relaxar e simplesmente ser elas mesmas. Outras mulheres entram em pânico e frequentemente gastam suas economias com cirurgiões plásticos, personal trainers, esteticistas, dermatologistas. Não estou em pânico, mas nem todo dia estou em paz com o espelho.

O que é imagem corporal?

A imagem corporal pode ser definida como avaliações e sentimentos que fazemos sobre nossos corpos e/ou funções corporais. Não é uma forma, um peso, uma altura. É uma cognição, uma representação interna e subjetiva ou mapa da própria aparência física, sensação, movimento e outras experiências corporais.

A imagem corporal abrange aspectos como consciência do peso; satisfação ou insatisfação com várias partes do corpo; propriocepção, consciência interoceptiva, equilíbrio e outras sensações corporais; compreensão das próprias habilidades e capacidades físicas; e ajuste às mudanças no corpo que resultam de lesões, envelhecimento ou doença.

A imagem corporal é uma parte importante do autoconceito das pessoas e, como tal, fornece uma base para nossa identidade. Ela atua como um padrão que influencia não apenas a maneira como pensamos sobre nós mesmos, mas também nossa capacidade de realizar várias atividades e as metas que definimos para o futuro.

Embora a imagem corporal não se altere de um dia para o outro, ela também não é fixa ou estática. Ela se desenvolve ao longo da vida como resultado da maturação, experiência sensorial e comportamental, aparência física, mudanças somáticas, normas sociais e culturais e reações de outras pessoas. A imagem corporal está sim relacionada à autoestima em todas as faixas etárias. Estudos mostram que quem tem mais preocupações relacionadas ao peso ou aparência possuem menor autoestima.

Pessoas com uma imagem corporal mais positiva tendem a ter maior bem-estar psicológico e serem mais propensas do que aquelas com preocupações com a imagem corporal a serem sexualmente ativas. Eu gravei o vídeo abaixo em casa, em momentos de folga, sem maquiagem, sem preocupação com roupa, postura etc. Envelhecer faz parte da experiência humana e tenho muita preocupação em não propagar conteúdos que contribuam para que as pessoas comparem-se com uma imagem idealizada, não real, camuflada.

Como faço para não pirar com o envelhecimento?

Uma grande literatura demonstra que existem relações positivas entre atividade física, autoestima e imagem corporal. Por isso, mantenho-me ativa, praticando musculação e yoga algumas vezes por semana. Não para tentar me enquadrar em um padrão, ditado pelas redes sociais. Mas para me sentir bem mesmo. No entanto, mulheres com baixa autoestima corporal frequentemente evitam atividades (por exemplo, exercícios) e situações que podem melhorar seu bem-estar.

Mas é importante lembrar que construir aptidão cardiovascular e desenvolver músculos resulta em força física, resistência e aumento de energia. A aptidão física e a força melhoradas contribuem para a independência e o bem-estar, uma vez que as mulheres descobrem que podem fazer mais para si mesmas. O autofortalecimento também reforça a autoeficácia, a crença de que alguém é capaz de fazer o que quer fazer. Esses benefícios da atividade física são importantes em qualquer idade, mas talvez ainda mais para mulheres de meia-idade e mais velhas.

A relação com o peso corporal

Somos constantemente cobradas a estarmos magras, bem vestidas, joviais. Muitas pessoas passam décadas da vida insatisfeitas com o peso. Você até pode precisar emagrecer por questões de saúde, mas não precisa passar a vida envergonhada, sem ir à praia, sem fazer coisas interessantes, constantemente com o peso, a dieta e o corpo na cabeça. No processo de envelhecimento podemos aprender a cuidar de nossos corpos e a julgá-los com menos severidade.

Podemos também extrair autoestima de realizações. Eu estou tentando constantemente aprender coisas novas, manter-me cognitivamente bem. A atividade da vez é a pintura. Ela me ajuda a relaxar, a sair das redes sociais, a pensar em uma coisa de cada vez, a não me dividir entre centenas de atividades.

Mas para você estiver muito difícil lidar com o processo tente a terapia. O ideal de beleza ocidental exige um rosto suave, macio, sem manchas, rugas, flacidez. Mas as mudanças na pele que ocorrem com o envelhecimento tornam isso cada vez mais difícil de alcançar, pois a pele do rosto e pescoço fica mais seca e flácida.

A menopausa gera também outras mudanças (como redução de massa magra e queda de cabelo) que também podem afetar a imagem corporal. A instabilidade vasomotora (por exemplo, ondas de calor, suores noturnos) pode fazer uma mulher sentir que seu corpo antes confiável está fora de controle. Também pode mudar o humor.

Como a maioria das coisas na vida, o envelhecimento não é totalmente bom nem totalmente ruim. Experiência, maturação, desenvolvimento, transições do ciclo de vida e até mesmo invisibilidade são benefícios e desafios. A meia-idade, com seu foco em encontrar equilíbrio e reorganizar prioridades, pode ser o momento perfeito para parar de lutar contra nossos corpos e aprender a apreciá-los.

Resistir ao impulso de nos alterar de maneiras inautênticas e cuidar bem e gentilmente de nós mesmos para que nossos corpos durem o suficiente para que ganhemos ainda mais sabedoria e experiência é importante. Não sou contra as cirurgias plásticas, mas vejo muita gente se endividando, tentando seguir o padrão da indústria do cinema. Nossa renda não é a mesma das atrizes e lá na frente, o dinheiro gasto com tratamentos estéticos pode fazer bastante falta. Além disso, mudar a aparência não significa necessariamente uma vida melhor ou mais feliz. Isso é especialmente importante para os que tem Transtornos Dismórfico corporal.

Tente não se ver unidimensionalmente. Somos pessoas inteiras – com mente, emoções, espírito e alma. A melhoria da autoimagem não vem necessariamente através do aperfeiçoamento da imagem, mas através da mudança da sua perspectiva.

O tempo passa pra todo mundo

Mas como ele vai te encontrar depende do cuidado que você tem com você hoje. Cuidar do corpo vai muito além da estética. É sobre criar um lugar saudável e acolhedor pra viver — agora e no futuro.

Mexer o corpo todos os dias, mesmo que seja só uma caminhada leve e uma prática de yoga no meio da sala. Escolher alimentos que nutrem de verdade. Beber água com frequência, respeitar seus limites… mas também se permitir evoluir. Essas pequenas atitudes são como tijolinhos que constroem sua autonomia.

Porque, na velhice, o que mais importa não é ter um corpo jovem. Eu escolhi a terapia, a pintura, as caminhadas com o cachorro e as aulas de yoga para envelhecer com um corpo e mente que me permitam uma vida com dignidade e presença. Vem praticar yoga comigo: www.andreiatorres.com/yoga

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Menopausa e Saúde Mental: O Papel da Alimentação no Equilíbrio Emocional e Hormonal

A menopausa é um dos períodos de maior transformação na vida da mulher. Mais do que o fim do ciclo reprodutivo, ela representa uma mudança profunda no funcionamento hormonal — o que pode afetar não só o corpo, mas também as emoções, a autoestima, o sono e a saúde mental.

E, sim, a alimentação pode ser uma grande aliada nesse processo. A nutrição adequada ajuda a modular sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e depressão, além de proteger o coração, os ossos e o metabolismo.

Menopausa e emoções: o que está por trás das mudanças?

Com a queda dos níveis de estrogênio e progesterona, é comum surgirem sintomas como:

  • Tristeza inexplicável

  • Labilidade emocional (variações de humor intensas)

  • Fadiga mental

  • Ansiedade e insônia

  • Baixa libido

Esses efeitos não são apenas “psicológicos” — eles têm base hormonal e bioquímica. E a forma como você se alimenta pode influenciar diretamente essa resposta do organismo.

Estudos mostram que as mulheres com mais sintomas vasomotores (ondas de calor e sudorese noturna) também tem mais alterações cognitivas, como dificuldade de memória e concentração e emocionais (como alterações de humor e ansiedade). Isto porque alterações vasomotoras também relacionam-se a mais microlesões cerebrais, mostradas em estudos de ressonância.

Nutrição como terapia complementar

A abordagem nutricional para menopausa e saúde emocional deve incluir:

✔️ Alimentos fitoestrogênicos naturais (como linhaça, tofu e grão-de-bico)
✔️ Nutrientes que favorecem a produção de serotonina e GABA (magnésio, triptofano, vitaminas B)
✔️ Proteínas de alto valor biológico para manter a massa magra e o metabolismo
✔️ Alimentos anti-inflamatórios que reduzem ondas de calor e protegem o cérebro
✔️ Suplementação estratégica (quando necessário), baseada em exames e sintomas

Sintomas emocionais não são “frescura”

A depressão na menopausa é real. O aumento da vulnerabilidade emocional nesse período exige cuidados multidisciplinares. A nutrição, nesse contexto, não substitui seu tratamento psicológico ou psiquiátrico, mas o potencializa — de forma natural, segura e eficaz.

Por que trabalhar comigo?

Sou nutricionista clínica com formações em Nutrição Funcional, Psiquiatria Nutricional e Fitoterapia. Tenho mais de 20 anos de experiência no acompanhamento de mulheres em todas as fases da vida, incluindo perimenopausa, menopausa e climatério. Fiz meu doutorado em parceria entre UnB/Faculdade de Saúde Pública de Harvard.

Ofereço atendimentos online com total confidencialidade e foco no cuidado integral. Se você está passando por esse período de transição e busca um plano alimentar que respeite seu corpo e sua mente, marque aqui sua consulta de nutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/