Suporte à Saúde Durante a Menopausa com Fitonutrientes

A mulher é diagnosticada como menopausada quando não tem menstruação há 12 meses consecutivos, devido à falência ovariana. A maior parte das mulheres entra na menopausa entre os 52 e 55 anos. Mas entre 8 e 10 anos antes da menopausa (ou seja, a partir dos 42 anos) os ciclos menstruais já podem ser mais irregulares e imprevisíveis. Com isso, surgem sintomas e é aqui que precisamos já atuar para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças futuras.

Na perimenopausa, também chamada de transição menopausal, muitas mulheres sentem que a TPM está agravada, que o sono não é tão reparador, que a irritabilidade é maior, que os valores de glicose na corrente sanguínea aumentam e, com isso, o acúmulo de gordura abdominal. A microbiota vaginal também pode mudar, assim como a libido.

Contudo, um estilo de vida saudável contribui para menos sintomas, melhor saúde metabólica e também mental. Atividade física, alimentação low carb e antiinflamatória, momentos de descanso e uso de ervas podem ajudar bastante. Dentre os fitoterápicos mais estudados estão:

Trifolium pratense (Trevo Vermelho)

Extratos de isoflavona de trevo vermelho podem contribuir para o alívio dos sintomas da menopausa, como ondas de calor. Alguns estudos também sugerem benefícios limitados para a saúde óssea e a função cardiovascular.

Salvia officinalis (Sálvia)

A sálvia foi identificada como eficaz no tratamento dos sintomas agudos da menopausa, particularmente ondas de calor. Ela atua por meio de vários mecanismos, embora estudos específicos detalhando seus efeitos durante a menopausa não tenham sido destacados nos resultados fornecidos.

Rhodiola rosea

A Rhodiola rosea é proposta como um potencial modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM) que pode ajudar a mitigar problemas relacionados à menopausa, como fadiga, alterações de humor e declínio cognitivo. Possui propriedades neuroprotetoras e cardioprotetoras, que podem ser benéficas durante a menopausa. Ativa vias de sinalização intracelular e possui efeitos anti-inflamatórios, o que pode neutralizar alguns dos impactos negativos da perda de estrogênio.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Transtorno alimentar x Comer transtornado

A diferença entre transtorno alimentar e comer transtornado está na gravidade e na regularidade dos sintomas.

Transtorno Alimentar

São condições psiquiátricas diagnosticáveis, caracterizadas por padrões persistentes e disfuncionais de alimentação que afetam a saúde física e mental. Exemplos incluem:

  • Anorexia Nervosa (restrição alimentar extrema, medo intenso de ganhar peso)

  • Bulimia Nervosa (episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômito ou uso de laxantes)

  • Transtorno da Compulsão Alimentar (comer grandes quantidades de comida em pouco tempo, sem controle e sem comportamentos compensatórios)

Comer Transtornado

Refere-se a comportamentos alimentares irregulares ou prejudiciais, mas sem critérios suficientes para um diagnóstico formal de transtorno alimentar. Exemplos incluem:

  • Pular refeições frequentemente

  • Comer por emoções (ansiedade, estresse, tédio)

  • Sentir culpa excessiva ao comer determinados alimentos

  • Ter padrões alimentares muito restritivos, mas sem atingir o nível clínico de anorexia

O comer transtornado pode ser um alerta para o desenvolvimento de um transtorno alimentar se não for tratado, mas por si só não é considerado uma doença mental. Aprenda mais no curso online Psiconutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Avaliação de comportamentos alimentares disfuncionais

O questionário de 3 fatores ou Three-Factor Eating Questionnaire (TFEQ), desenvolvido por Stunkard e Messick em 1985, é um instrumento clássico para avaliar três dimensões de comportamentos alimentares disfuncionais, que podem estar associados à compulsão alimentar:

  1. Restrição Cognitiva (Restritivo)

  2. Comer Emocional (Emocional)

  3. Comer Externo (Externo)

O questionário original contém 51 itens (TFEQ-51), mas há versões reduzidas, como o TFEQ-R18 e TFEQ-R21. Abaixo, apresento uma versão simplificada com exemplos representativos de cada fator (usada para fins educativos, triagem ou estudo preliminar):

Mini TFEQ – Versão Simplificada por Fatores

Instruções: Responda cada item com Verdadeiro (V) ou Falso (F).

🔹 FATOR 1 – Restrição Cognitiva (Controle do que come para manter ou perder peso)

  1. Eu conscientemente evito certos alimentos para não ganhar peso.

  2. Tento não comer entre as refeições para controlar meu peso.

  3. Recuso comida mesmo quando estou com fome para manter minha dieta.

  4. Planejo com antecedência o que vou comer para evitar exageros.

  5. Me sinto culpado(a) quando como algo que considero “proibido”.

🔹 FATOR 2 – Comer Emocional (Comer em resposta a emoções negativas)

  1. Quando me sinto ansioso(a), tenho vontade de comer.

  2. Como mais do que o normal quando estou estressado(a) ou deprimido(a).

  3. A comida me conforta quando estou triste ou solitário(a).

  4. Em situações emocionais difíceis, comer me ajuda a lidar melhor.

  5. Frequentemente como para aliviar sentimentos ruins.

🔹 FATOR 3 – Comer Externo (Comer em resposta a estímulos ambientais, não à fome)

  1. Sinto vontade de comer quando vejo outras pessoas comendo.

  2. Tenho dificuldade em resistir à comida quando ela está visível.

  3. A presença de comida saborosa me faz comer mesmo sem fome.

  4. Quando sinto cheiro de comida, tenho vontade de comer imediatamente.

  5. Costumo comer mais quando estou assistindo TV ou distraído(a).

📊 Interpretação (simplificada):

  • Para cada fator, conte o número de respostas "Verdadeiro".

  • Quanto maior a pontuação, maior a tendência ao comportamento disfuncional correspondente.

Além deste questionário é feita uma avaliação profissional, por meio de entrevista. O questionário serve apenas como ferramenta educativa ou preliminar para pesquisa/compreensão pessoal. Se os resultados indicarem comportamentos frequentes em qualquer fator, pode ser útil conversar com um psicólogo ou nutricionista especializado. Aprenda mais no curso psiconutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/