Dieta para reduzir os gases

Gases? Tente reduzir os alimentos fermentáveis. Exemplo de cardápio de 1 dia:

Café da manhã: Crepioca (1 ovo+ 2 colheres de sopa de tapioca) + 100g mamão papaia ou 2 kiwis médios ou 5 morangos

Lanche: 30g de nozes + 60g mirtilos

Almoço: Espinafres salteados + Bife de frango grelhado + Arroz de cenoura + 130g laranja

Nota: para saltear os espinafres cozinhe-os em água e depois passe-os na frigideira. Deixar o bife com sumo de limão pelo menos 30 min antes de grelhar.

Lanche da tarde: Panqueca de aveia (1 ovo + 3 colheres de sopa de flocos de aveia + 90g banana não muito madura + canela)

Jantar: Vegetais no forno (65g chuchu + 65g abobrinha + 1 cenoura + 65g beringela) + Peixe assado com batatas +

Este dia é apenas um exemplo e contém alimentos que mesmo sendo baixos em FODMAP podem não ser adequados para todas as pessoas com SIBO ou intestino irritável. Se você tem outras questões como gastrite pode precisar de adaptação, assim como se estiver sofrendo muito com gases ou diarreia. Marque uma consulta se precisar de ajuda - www.andreiatorres.com/consultoria

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Bacteriófagos e SIBO: Uma Nova Abordagem Terapêutica?

O Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SIBO) é uma condição caracterizada pelo excesso de bactérias no intestino delgado, resultando em sintomas como inchaço, dor abdominal, diarreia e má absorção de nutrientes. O tratamento convencional inclui antibióticos como a rifaximina, mas alternativas naturais e seletivas estão sendo exploradas. Entre elas, os bacteriófagos surgem como uma opção promissora.

O Que São Bacteriófagos?

Os bacteriófagos (ou fágos) são vírus que infectam e destroem bactérias específicas. Ao contrário dos antibióticos, que podem eliminar tanto bactérias benéficas quanto patogênicas, os fágos têm a capacidade de atacar apenas determinadas espécies bacterianas, preservando a microbiota intestinal saudável.

Microorganisms 2023, 11(5), 1181; https://doi.org/10.3390/microorganisms11051181

Como os Bacteriófagos Podem Ajudar no SIBO?

  1. Seletividade Bacteriana: Estudos indicam que os bacteriófagos podem ser utilizados para reduzir seletivamente o crescimento excessivo de certas bactérias associadas ao SIBO, como Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae, sem afetar a diversidade microbiana intestinal ("The impact of bacteriophages on probiotic bacteria and gut microbiota diversity").

  2. Menos Efeitos Colaterais: Enquanto antibióticos como a rifaximina podem causar disbiose e efeitos adversos gastrointestinais, os fágos minimizam esses impactos ao focar apenas nas bactérias problemáticas.

  3. Modulação da Microbiota: Fágos podem ajudar a restaurar o equilíbrio microbiano ao reduzir populações de bactérias nocivas e permitir que os microrganismos benéficos prosperem, melhorando a saúde intestinal a longo prazo.

  4. Uso em Suplementos Alimentares: Segundo o estudo "Bacteriophages in food supplements obtained from natural sources", fágos estão sendo incorporados a suplementos para melhorar a saúde intestinal, sugerindo seu potencial como parte do tratamento de condições como o SIBO.

Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar dos benefícios potenciais, alguns desafios ainda precisam ser superados para o uso amplo dos fágos no tratamento do SIBO:

  • Identificação precisa das bactérias-alvo para que o tratamento seja eficaz.

  • Regulação e segurança no uso de fágos em seres humanos.

  • Estudos clínicos em larga escala para validar a eficácia terapêutica.

Com os avanços na ciência dos fágos, é possível que, no futuro, esses vírus sejam parte integrante de estratégias terapêuticas personalizadas para tratar distúrbios intestinais como o SIBO, oferecendo uma alternativa segura e eficaz aos antibióticos tradicionais.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A Conexão Entre o Intestino e as Disautonomias: Novas Descobertas na Medicina

A medicina está em constante evolução, e novas pesquisas revelam conexões surpreendentes entre diferentes sistemas do corpo. Uma descoberta recente aponta para uma possível relação entre as bactérias intestinais e as disautonomias – distúrbios do sistema nervoso autônomo.

Embora essa linha de pesquisa ainda esteja em fase inicial, ela merece atenção, pois as bactérias intestinais podem ser moduladas por meio da dieta, suplementação e fatores ambientais, como exercícios e controle do estresse.

A Complexa Rede do Sistema Nervoso

O corpo humano possui vários sistemas nervosos interligados, que se comunicam por meio de hormônios, enzimas, bactérias intestinais, eletrólitos e fatores estressantes. Mesmo durante o sono, esses elementos continuam operando para manter as funções automáticas do organismo.

O intestino faz parte do Sistema Nervoso Entérico (SNE), que contém aproximadamente 100 milhões de neurônios, trilhões de bactérias e 3,3 milhões de genes – um volume 150 vezes maior do que o genoma humano. Impressionantemente, cerca de 99% dos genes do corpo humano provêm das bactérias intestinais, o que levou os cientistas a chamarem o intestino de "segundo cérebro".

Este sistema poderoso impacta diretamente o sistema imunológico, o metabolismo, a digestão e a fisiologia geral. Manter um equilíbrio adequado das bactérias intestinais é essencial para garantir o bom funcionamento de todo o organismo.

A Relação Entre o Intestino e a Disautonomia

A disautonomia é um termo genérico que abrange várias condições médicas que afetam o Sistema Nervoso Autônomo (SNA), responsável por funções involuntárias como:

  • Frequência cardíaca

  • Pressão arterial

  • Respiração

  • Digestão

  • Regulação da temperatura

O intestino se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) – composto pelo cérebro e medula espinhal – por meio do SNA, através do nervo vago. Essa é uma via de comunicação bidirecional, o que significa que ambos os sistemas podem influenciar um ao outro.

O Papel do Nervo Vago

O nervo vago é o maior dos nervos cranianos e desempenha funções vitais no organismo:

  • Controla a frequência cardíaca

  • Regula a respiração

  • Coordena os movimentos do trato digestivo

  • Estimula secreções gástricas

  • Ativa reflexos como tosse, deglutição e vômito

Estudos indicam que um desequilíbrio na microbiota intestinal pode estar associado a doenças neurodegenerativas. A relação entre o intestino e o sistema nervoso é complexa, e alterações nesse equilíbrio podem desestabilizar todo o organismo.

A Conexão Entre SIBO e POTS

A Síndrome da Taquicardia Ortostática Postural (POTS) é uma das disautonomias mais comuns, afetando cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. Frequentemente associada a doenças autoimunes, a POTS é caracterizada por um aumento significativo da frequência cardíaca ao ficar em pé. Seus sintomas incluem:

  • Tontura e desmaios

  • Problemas gastrointestinais (SIBO)

  • Suor excessivo e tremores

  • Fadiga e fraqueza

  • Dificuldade para dormir

Estudos recentes mostraram que pacientes com POTS frequentemente apresentam Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SIBO), um desequilíbrio na microbiota que pode levar a doenças autoimunes e problemas neurológicos, como Alzheimer e Parkinson.

Tratamento e Controle do SIBO

Testes respiratórios são usados para identificar o excesso de gases. O tratamento é feito, em caso de sintomas excessivos, com antibóticos específicos, como:

  • Rifaximina (SIBO)

  • Neomicina, no caso de crescimento metanogênico (IMO)

Outras abordagens complementares incluem:

  • Dieta com baixa ingestão de carboidratos fermentáveis (FODMAPs)

  • Uso de ervas com propriedades antimicrobianas, como berberina e óleo de orégano

  • Suplementação com enzimas digestivas para melhorar a digestão

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