dieta mediterrânea é uma das mais saudáveis do mundo, sendo baseada no consumo de alimentos naturais e frescos, como frutas, vegetais, grãos integrais, azeite de oliva, peixes e nozes. Seus principais benefícios incluem:
🌿 Benefícios para a saúde:
Coração saudável ❤️
Reduz o risco de doenças cardiovasculares.
Ajuda a controlar a pressão arterial.
Melhora os níveis de colesterol.
Controle do peso ⚖️
Rica em fibras e gorduras saudáveis, promove saciedade.
Evita picos de açúcar no sangue, reduzindo o risco de obesidade.
Prevenção do diabetes 🩸
Melhora a sensibilidade à insulina.
Reduz o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Longevidade e envelhecimento saudável ⏳
Rica em antioxidantes, protege as células do envelhecimento precoce.
Saúde cerebral 🧠
Reduz o risco de Alzheimer e declínio cognitivo.
Menor inflamação no corpo 🔥
Alimentos anti-inflamatórios, como azeite de oliva e peixes ricos em ômega-3, ajudam a reduzir inflamações crônicas.
Melhora da digestão 🌿
Rica em fibras, ajuda no funcionamento intestinal e previne prisão de ventre.
Avaliação da adesão à Dieta Mediterrânea:
A escala da dieta mediterrânea é um sistema de pontuação usado para avaliar o nível de adesão de uma pessoa ao padrão alimentar mediterrâneo. Existem diferentes versões dessa escala, mas, geralmente, ela atribui pontos com base no consumo de certos grupos alimentares.
Critérios Comuns na Escala da Dieta Mediterrânea:
Os participantes recebem 1 ponto se sua ingestão estiver dentro do recomendado e 0 pontos se não atender aos critérios.
A avaliação da escala da dieta mediterrânea é feita por meio de questionários que medem a frequência de consumo de determinados alimentos associados a esse padrão alimentar. Os métodos mais comuns incluem o Índice de Adesão à Dieta Mediterrânea (MEDAS), utilizado no estudo PREDIMED, e outras escalas baseadas em questionários alimentares.
Principais Métodos de Avaliação:
1. MEDAS (Mediterranean Diet Adherence Screener)
É um questionário de 14 perguntas desenvolvido no estudo PREDIMED, um dos mais importantes sobre a dieta mediterrânea. Cada resposta que indica um comportamento alinhado à dieta recebe 1 ponto, e o escore final varia de 0 a 14 pontos.
Exemplos de perguntas do MEDAS:
✔️ Alimentos benéficos (1 ponto se consumidos frequentemente)
Uso do azeite de oliva como principal gordura de cozimento
Consumo diário de ≥ 2 porções de vegetais
Consumo diário de ≥ 3 porções de frutas
Consumo de leguminosas ≥ 3 vezes por semana
Consumo de peixe ≥ 3 vezes por semana
Consumo de frutos secos ≥ 3 vezes por semana
Consumo de vinho moderado (opcional)
❌ Alimentos a evitar (1 ponto se consumidos com moderação)
Consumo de carnes vermelhas e processadas limitado a <1 porção por dia
Evitar bebidas açucaradas e produtos ultraprocessados
Preferir carnes brancas no lugar de carnes vermelhas
✅ Classificação do escore MEDAS:
≥ 9 pontos: Alta adesão à dieta mediterrânea
7-8 pontos: Adesão moderada
≤ 6 pontos: Baixa adesão
2. Índice de Adesão à Dieta Mediterrânea (MDS - Mediterranean Diet Score)
Criado por Trichopoulou et al., esse índice usa um sistema de 0 a 9 pontos, com critérios semelhantes ao MEDAS, mas sem perguntas específicas sobre o método de preparo dos alimentos.
3. Índice Alternativo da Dieta Mediterrânea (aMED)
Uma versão ajustada para populações não mediterrâneas, que enfatiza o consumo de cereais integrais e reduz o impacto do consumo de vinho.
Importância da Avaliação
A pontuação da escala permite identificar hábitos alimentares saudáveis e associá-los a benefícios para a saúde, como redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade. Além disso, estudos como o realizado na Universidade do Porto mostram que a adesão ao padrão mediterrâneo pode estar ligada a impactos ambientais, como a pegada de carbono dos alimentos consumidos.
Um estudo intitulado "Adherence to the Mediterranean Food Pattern and Carbon Footprint of Food Intake by Employees of a University Setting in Portugal" foi publicado na revista Nutrients em 2024. O objetivo da pesquisa foi avaliar a adesão dos funcionários da Universidade do Porto à dieta mediterrânea e analisar a pegada de carbono associada ao seu consumo alimentar.
Principais Resultados:
Adesão à Dieta Mediterrânea: Apenas 13,2% dos participantes atingiram uma pontuação de seis ou mais na escala da dieta mediterrânea, indicando baixa adesão pela maioria.
Pegada de Carbono: A média da pegada de carbono do consumo alimentar dos participantes foi de 8146 ± 3081 CO₂ equivalente por quilograma de alimento, um valor relativamente alto em comparação com outros países.
Correlação entre Dieta e Pegada de Carbono: Houve uma correlação positiva fraca, mas estatisticamente significativa (r = 0,142, p = 0,006) entre a adesão à dieta mediterrânea e a pegada de carbono da alimentação. Isso sugere que os indivíduos com maior adesão à dieta mediterrânea tendem a ter uma pegada de carbono um pouco mais elevada.
Conclusões:
O estudo concluiu que a maioria dos participantes apresentou baixa adesão à dieta mediterrânea e uma pegada de carbono elevada relacionada ao seu consumo alimentar. Curiosamente, aqueles com maior adesão à dieta mediterrânea também apresentaram, em média, uma pegada de carbono mais alta. Esses resultados destacam a complexidade das escolhas alimentares e seus impactos ambientais.
Para mais informações detalhadas, você pode acessar o estudo completo no repositório da Universidade do Porto.