Excesso de Leptina: O Que é e Como Afeta a Saúde?

A leptina é conhecida como o hormônio da saciedade, responsável por regular o apetite e promover a perda de peso. Produzida pelas células de gordura, ela sinaliza ao cérebro quando você está satisfeito, ajudando a controlar o consumo de calorias e o metabolismo.

No entanto, níveis elevados de leptina, ou hiperleptinemia, podem estar associados à obesidade, inflamação, resistência à leptina e uma série de problemas de saúde.

O Papel da Leptina no Corpo

  • Função: Inibe o apetite, promove o gasto energético e mantém o equilíbrio do peso corporal.

  • Como funciona: Quando você come, a leptina é liberada no sangue, enviando sinais ao cérebro para reduzir a fome e aumentar o gasto calórico.

  • Ciclo de feedback: Mais gordura corporal → Mais leptina → Menos apetite e maior gasto energético (em condições normais).

Causas do Excesso de Leptina

  1. Obesidade: Quanto maior o tecido adiposo, maior a produção de leptina.

  2. Estresse emocional: Pode aumentar os níveis de leptina.

  3. Inflamação: Condições inflamatórias elevam a leptina.

  4. Distúrbios metabólicos: Síndrome metabólica, diabetes tipo 2.

  5. Condições específicas: Gravidez, pré-eclâmpsia, apneia do sono.

Problemas de Saúde Relacionados ao Excesso de Leptina

  1. Inflamação:

    • Estimula citocinas inflamatórias (TNF-alfa, IL-6) e aumenta proteínas inflamatórias (PCR).

    • Associada a doenças autoimunes e inflamação crônica.

  2. Fadiga:

    • Leptina elevada está ligada à fadiga crônica, especialmente em mulheres.

  3. Sistema Imunológico:

    • Polariza as respostas imunológicas para o padrão Th1, que pode aumentar processos inflamatórios.

  4. Sensibilidade à dor:

    • A inflamação provocada pela leptina pode amplificar a percepção de dor.

  5. Doenças cardiovasculares:

    • Aumenta a produção de fatores de coagulação, como fibrinogênio, e está associada à hipertensão.

  6. Câncer:

    • Estimula a angiogênese (formação de vasos sanguíneos), facilitando o crescimento de tumores.

  7. Resistência à leptina:

    • O cérebro para de responder aos sinais da leptina, levando a fome constante e dificuldade para perder peso.

Como Avaliar os Níveis de Leptina?

  1. Solicitação do exame:

    O exame de sangue é indicado principalmente em casos de obesidade persistente, dificuldade em perder peso, fadiga crônica, doenças metabólicas ou suspeita de resistência à leptina. O teste geralmente utiliza a técnica de imunoensaio, como ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), para medir a leptina no plasma.

  2. Coleta do sangue:

    A amostra é coletada após jejum de 8 a 12 horas para evitar flutuações nos níveis hormonais.

  3. Valores de Referência

Os valores normais de leptina podem variar dependendo do laboratório, sexo e índice de massa corporal (IMC). Valores comuns são:

  • Homens: 1 a 10 ng/mL.

  • Mulheres: 4 a 25 ng/mL (maior devido ao percentual de gordura e influência do estrogênio).

  • Crianças: Varia conforme a idade e o estágio de desenvolvimento.

Interpretação dos Resultados

  • Leptina Baixa:

    • Causa comum: Baixa massa de gordura corporal, desnutrição, restrição calórica extrema.

    • Associada a: Distúrbios alimentares (como anorexia nervosa), baixa energia, infertilidade, amenorreia (em mulheres).

  • Resistência à leptina:

    • Apesar de níveis elevados no sangue, o corpo não responde adequadamente à leptina.

    • Indicada por apetite persistente, ganho de peso, fome após refeições e dificuldade em perder gordura.

  • Leptina Alta:

    • Causa comum: Obesidade, resistência à leptina, inflamação crônica.

    • Associada a: Síndrome metabólica, diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares.

    • Sinais: Apetite elevado, fadiga, dificuldade em perder peso, inflamação sistêmica.

Como reduzir os níveis de leptina?

  • Alimentação:

    • Evitar excessos: Refeições menores e equilibradas podem reduzir a produção de leptina.

    • Suplementos como curcumina C3 com bioperina: Associados a redução da leptina em pacientes inflamados (Shadnoush et al., 2020).

    • Dieta anti-inflamatória: Inclua peixes ricos em ômega-3, azeite de oliva, frutas, vegetais e nozes.

    • Jejum intermitente: Pode ajudar a baixar os níveis de leptina em curto prazo.

  • Atividade física:

    • Exercícios regulares diminuem a produção de leptina e melhoram sua sensibilidade.

  • Redução do estresse:

    • Técnicas como meditação e yoga podem equilibrar os níveis hormonais.

  • Melhora do sono:

    • Tratar distúrbios como apneia do sono ajuda a normalizar a leptina.

  • Exposição ao frio:

    • Banhos frios podem reduzir os níveis de leptina.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Magnésio malato x Magnésio dimalato

Embora sejam muito parecidos, magnésio malato e magnésio dimalato não são exatamente a mesma coisa, mas estão intimamente relacionados. A diferença está na proporção entre o magnésio e o ácido málico na composição química.

1. Magnésio Malato

  • É uma combinação de magnésio com uma molécula de ácido málico.

  • Tem boa biodisponibilidade e é conhecido por ajudar na produção de energia celular, alívio da fadiga e relaxamento muscular.

  • É geralmente usado para condições como fadiga crônica, fibromialgia e enxaquecas, já que o ácido málico também desempenha um papel importante no ciclo de energia das células.

2. Magnésio Dimalato

  • É uma combinação de magnésio com duas moléculas de ácido málico.

  • Geralmente contém uma quantidade maior de ácido málico por dose, o que pode ser mais benéfico para pessoas que precisam de suporte energético extra ou que têm condições associadas à fadiga muscular intensa.

  • O dimalato pode ser ligeiramente mais eficaz para situações em que o ácido málico desempenha um papel central, mas a diferença em relação ao malato puro é sutil e depende da necessidade específica de cada pessoa.

Qual escolher: Malato ou dimalato?

Ambos são bem absorvidos e podem beneficiar pessoas com enxaquecas, fadiga crônica e dores musculares. Se o seu foco for mais no alívio de fadiga ou melhora do metabolismo energético, o dimalato pode ser ligeiramente superior devido ao teor extra de ácido málico. No entanto, na prática, os dois oferecem benefícios muito semelhantes e a escolha dependerá da disponibilidade e recomendação médica.

Se você está suplementando especificamente para enxaquecas, qualquer um dos dois pode ser eficaz, pois ambos fornecem magnésio biodisponível e suporte energético.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Melhores formas de magnésio para quem sofre com enxaqueca

O magnésio é amplamente reconhecido como um mineral que pode ajudar a prevenir e aliviar as enxaquecas. Estudos mostram que certas formas de magnésio são mais eficazes devido à sua capacidade de serem melhor absorvidas pelo corpo e agirem diretamente nos mecanismos relacionados à enxaqueca. Aqui estão as melhores opções:

1. Magnésio Quelado (Bisglicinato de Magnésio)

  • Por que é bom? O bisglicinato de magnésio é uma forma altamente biodisponível e bem tolerada pelo trato gastrointestinal. É menos propenso a causar efeitos colaterais como diarreia, comuns em outras formas.

  • Benefício para enxaqueca: Contribui para o relaxamento muscular, reduzindo a tensão, além de estabilizar os níveis de neurotransmissores associados às dores de cabeça.

2. Magnésio Citrato

  • Por que é bom? O citrato de magnésio é bem absorvido e pode ajudar se você tiver constipação associada à enxaqueca.

  • Benefício para enxaqueca: Ajuda a corrigir a deficiência de magnésio, que é comum em pessoas que sofrem de enxaqueca.

3. Magnésio Treonato

  • Por que é bom? Essa forma de magnésio tem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, o que significa que age diretamente no cérebro.

  • Benefício para enxaqueca: Auxilia na regulação da atividade cerebral e dos neurotransmissores, potencialmente reduzindo a frequência e a intensidade das crises. A melhor forma (e também para depressão) é o Magtein. Contudo, é bastante caro.

4. Magnésio Malato

  • Por que é bom? É uma forma associada ao ácido málico, que pode ser útil

  • Por que é bom? O magnésio malato é associado ao ácido málico, que ajuda no metabolismo energético e pode ser benéfico para pessoas que sofrem de fadiga crônica ou dores musculares.

  • Benefício para enxaqueca: Contribui para a produção de energia celular, aliviando sintomas relacionados à fadiga e dores, que muitas vezes estão associadas às crises de enxaqueca.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/