Explorando o Papel das Alterações Epigenéticas no Câncer de Mama

O câncer de mama é uma doença complexa e heterogênea, influenciada tanto por mecanismos genéticos quanto epigenéticos. Enquanto mutações genéticas, como aquelas nos genes BRCA1 e BRCA2, têm sido amplamente estudadas, as alterações epigenéticas são cada vez mais reconhecidas como contribuidoras cruciais para o desenvolvimento, progressão e resistência terapêutica do câncer de mama. A epigenética refere-se a alterações herdáveis na expressão gênica que não envolvem modificações na sequência do DNA. Essas alterações incluem metilação do DNA, modificações de histonas e regulação por RNAs não codificantes, que desempenham papéis importantes na modulação do microambiente tumoral e no comportamento das células cancerígenas.

1. Principais Mecanismos Epigenéticos no Câncer de Mama

a. Metilação do DNA

  • Hipermetilação de Genes Supressores de Tumor: A metilação anormal de regiões promotoras de genes supressores de tumor como BRCA1, TP53 e CDH1 silencia sua expressão, promovendo a tumorigênese.

  • Hipometilação Global: Essa condição leva à instabilidade genômica e à ativação de oncogenes, como MYC e CCND1, impulsionando a progressão do câncer.

b. Modificações de Histonas

  • Modificações pós-traducionais (como acetilação, metilação e fosforilação) das histonas regulam a estrutura da cromatina e a acessibilidade dos genes.

  • A disfunção de enzimas modificadoras de histonas, como as desacetilases de histonas (HDACs) e as metiltransferases de histonas (HMTs), resulta em alterações na expressão de genes relacionados à proliferação, apoptose e metástase.

c. RNAs Não Codificantes (ncRNAs)

  • MicroRNAs (miRNAs): MiRNAs desregulados, como o miR-21, atuam como reguladores oncogênicos ou supressores tumorais no câncer de mama, direcionando transcritos de RNA mensageiros em vias críticas.

  • Longos RNAs Não Codificantes (lncRNAs): LncRNAs como o HOTAIR reprogramam estados da cromatina para promover metástases e resistência terapêutica.

2. Epigenética e Subtipos de Câncer de Mama

Diferentes subtipos de câncer de mama apresentam paisagens epigenéticas distintas:

  • Subtipos Luminais: Hipermetilação de genes supressores tumorais é comum.

  • Subtipo HER2-Enriquecido: Ativação epigenética de vias que promovem a proliferação celular.

  • Câncer de Mama Triplo-Negativo (TNBC): O TNBC apresenta alterações epigenéticas pronunciadas, incluindo mudanças extensivas na metilação do DNA e desregulação de miRNAs, tornando-se um foco de pesquisa ativo para intervenções terapêuticas.

3. Alterações Epigenéticas e o Microambiente Tumoral

As modificações epigenéticas influenciam interações dentro do microambiente tumoral, regulando:

  • Evasão Imune: Silenciamento epigenético de genes relacionados à apresentação de antígenos ou pontos de controle imunológico.

  • Angiogênese: Ativação de vias pró-angiogênicas por meio de acetilação de histonas.

  • Metástase: Regulação epigenética de genes envolvidos na transição epitelial-mesenquimal (EMT).

4. Implicações Terapêuticas

As alterações epigenéticas são reversíveis, o que as torna alvos atraentes para terapias:

  • Inibidores de Metiltransferase do DNA (DNMTis): Medicamentos como azacitidina e decitabina revertem padrões anormais de metilação do DNA.

    • Alguns compostos naturais presentes em alimentos ou plantas podem influenciar os padrões de metilação do DNA, revertendo a hipermetilação de genes supressores de tumor.

      • Compostos Polifenólicos:

        • Epigalocatequina-3-galato (EGCG): Encontrada no chá verde, tem mostrado inibir DNMTs, reativando genes silenciados.

        • Curcumina: Um composto da cúrcuma, pode modular a metilação do DNA e restaurar a expressão gênica normal.

      • Ácido Fólico e Vitamina B12: Essenciais no ciclo da metilação. Embora não inibam diretamente DNMTs, ajudam a regular a disponibilidade de grupos metil e podem equilibrar processos epigenéticos.

  • Inibidores de Desacetilase de Histonas (HDACis): Compostos como vorinostat e panobinostat restauram a dinâmica normal da cromatina.

    • Alguns alimentos e compostos bioativos podem interferir na atividade de HDACs, promovendo a acetilação de histonas e aumentando a expressão de genes supressores de tumor.

      • Ácido Butírico:

        • Um ácido graxo de cadeia curta produzido pela fermentação de fibras no intestino. Encontrado em pequenas quantidades na manteiga e em alimentos fermentados, atua como inibidor natural de HDACs.

      • Sulforafano:

        • Presente em vegetais crucíferos (como brócolis, couve-flor e couve), tem ação como inibidor de HDACs e propriedades anti-inflamatórias.

      • Quercetina:

        • Um flavonoide presente em cebolas, maçãs e frutas cítricas, com potencial para modular a acetilação de histonas.

  • Terapias Baseadas em miRNA: Mímicos ou inibidores sintéticos de miRNAs estão sendo desenvolvidos para normalizar a expressão gênica desregulada.

    • Certos alimentos e compostos bioativos podem influenciar a expressão de miRNAs, regulando a atividade de genes envolvidos no câncer e em outras doenças.

      • Curcumina: Demonstrou regular miRNAs oncogênicos (como miR-21) e aumentar a expressão de miRNAs supressores tumorais.

      • Resveratrol: Encontrado em uvas e vinho tinto, regula vários miRNAs envolvidos na inflamação e na tumorigênese.

      • Ácidos Graxos Ômega-3: Influenciam a expressão de miRNAs associados à apoptose e inflamação.

  • Terapias Combinadas: Medicamentos epigenéticos combinados com quimioterapia, terapias direcionadas ou imunoterapias mostram potencial em ensaios pré-clínicos e clínicos.

    • Estratégias naturais podem ser combinadas com terapias convencionais para melhorar a eficácia, reduzir os efeitos colaterais ou restaurar padrões epigenéticos normais:

      • Dietas Ricas em Fitoquímicos: Uma dieta rica em compostos bioativos, como os mencionados acima, pode ser usada em conjunto com terapias convencionais.

      • Suporte ao Sistema Imunológico: Substâncias como a curcumina, EGCG e resveratrol possuem propriedades imunomoduladoras e podem complementar a imunoterapia.

      • Prebióticos e Probióticos: Promovem a produção de ácidos graxos de cadeia curta (como o ácido butírico), contribuindo para a saúde epigenética.

5. Perspectivas Futuras

O papel da epigenética no câncer de mama é um campo em evolução com várias áreas promissoras de pesquisa:

  • Desenvolvimento de Biomarcadores: Assinaturas epigenéticas (como perfis de metilação) estão sendo exploradas para detecção precoce, prognóstico e previsão de resposta ao tratamento.

  • Epigenômica de Célula Única: Avanços em tecnologias de célula única oferecem insights sobre a heterogeneidade tumoral e a resistência terapêutica.

  • Imuno-Epigenética: A modulação epigenética de pontos de controle imunológico e vias relacionadas pode aumentar a eficácia das imunoterapias no câncer de mama.

Conclusão

As alterações epigenéticas desempenham um papel crucial na iniciação, progressão e resposta terapêutica do câncer de mama, complementando as mutações genéticas. Compreender esses mecanismos não apenas fornece insights sobre a biologia do câncer de mama, mas também abre novos caminhos para a medicina de precisão por meio do desenvolvimento de diagnósticos e terapias baseados em epigenética. À medida que a área avança, integrar os conhecimentos epigenéticos na prática clínica tem o potencial de melhorar os desfechos para pacientes em diversos subtipos de câncer de mama.

CONSULTA DE NUTRIÇÃO ONCOLÓGICA ONLINE

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Intolerância à frutose x má-absorção de frutose

Muito se fala sobre a intolerância à lactose, mas saiba que também existe a intolerância à frutose que também traz muitos sintomas desagradáveis ao paciente.

A intolerância à frutose é a dificuldade absorção deste tipo de açúcar que é encontrado em frutas (com diferentes concentrações), mel, alguns legumes, leguminosas e vegetais.

Intolerância à frutose herediária é uma doença autossômica ressiva, rara, na qual a deficiência de aldolase B. Quando a aldolase B está ausente ou funciona mal, a frutose, frutose-1-fosfato e sacarose (uma combinação de frutose e glicose) não podem ser metabolizadas corretamente, levando ao acúmulo tóxico dessas substâncias no organismo, especialmente no fígado, rins e intestino.

Enquanto a intolerância a frutose é apenas uma má digestão de um carboidrato, a intolerância hereditária à frutose é uma doença grave, um distúrbio no metabolismo de carboidratos causado pela falta de uma enzima necessária para decompor a frutose.

Diagnóstico da intolerância hereditária à frutose

1. Histórico clínico

  • Sintomas: Os sinais geralmente aparecem após a introdução de alimentos contendo frutose (ex.: frutas, sucos, ou alimentos com sacarose) na dieta infantil. Os sintomas podem incluir:

    • Náusea e vômitos

    • Dor abdominal

    • Sudorese

    • Hipoglicemia (nível baixo de glicose no sangue)

    • Letargia

    • Convulsões (em casos graves).

  • Evitamento espontâneo: Muitas crianças desenvolvem aversão a alimentos doces, o que pode ser um indicativo.

2. Exames laboratoriais iniciais

  • Testes de sangue e urina:

    • Hipoglicemia após o consumo de frutose.

    • Elevação de ácido lático, urato e transaminases hepáticas.

  • Função hepática alterada: Enzimas hepáticas (ALT/AST) podem estar aumentadas devido ao impacto da frutose no fígado.

3. Testes genéticos

  • É o padrão-ouro para o diagnóstico de IHF.

  • Envolve a análise do gene ALDOB, responsável pela produção da enzima aldolase B. As mutações mais comuns incluem A149P, A174D e N334K, mas podem variar entre populações.

  • Este teste é não invasivo, requer apenas uma amostra de sangue ou saliva e confirma o diagnóstico com alta precisão.

4. Teste de sobrecarga de frutose (não recomendado rotineiramente)

  • Este exame avalia a resposta do organismo à ingestão de frutose.

  • Cuidado: Este teste pode causar efeitos adversos graves (hipoglicemia severa e outros sintomas) e, por isso, é raramente utilizado, sendo substituído pelos testes genéticos sempre que possível.

5. Biópsia hepática (raramente necessária)

  • Em casos duvidosos, a biópsia pode demonstrar acúmulo de frutose-1-fosfato no fígado, mas é um procedimento invasivo e raramente indicado devido aos avanços nos testes genéticos.

Manejo após o diagnóstico

  • Dieta rigorosa: Exclusão total de alimentos que contenham frutose, sacarose e sorbitol.

  • Educação nutricional: É fundamental para evitar crises metabólicas e garantir uma boa qualidade de vida.

Má absorção de frutose

Já a má absorção da frutose não é genética. Pode ser adquirida ao longo da vida, acometer pessoas com a síndrome do intestino irritável. A frutose não está presente somente na frutas como muitos pensam mas estão presentes em altas concentrações nos produtos industrializados como iogurtes de frutas, sorvetes, refrigerantes, sucos de caixinha, barras de cereais, ketchup, maionese, molhos industrializados, chocolates, bolos, comidas rápidas, açúcar branco, melaço, xarope de milho, além de carnes processadas e embutidos como salsicha e presunto.

A intolerância à frutose apresenta diferentes graus, podendo ser leve, moderada a grave. Por isso a restrição no consumo de alimentos com frutose deve ser ajustada individualmente. Procure sempre a orientação de um nutricionista para a realização de um plano nutricional adequado às suas necessidades.

Uma boa saída para redução dos sintomas da intolerância à frutose é a adoção de uma dieta Low FODMAP, que retira da dieta alimentos pouco absorvidos no intestino delgado e que são fermentados por bactérias da microbiota intestinal, como a frutose.

Dicas de como diminuir os sintomas da intolerância a frutose

  • Restriçao de consumo de frutose para 10g/dia

  • Fracionamento. Pequenas quantidades por vês. O GLUT-5 tem baixa capacidadr de transporte e satura facilmente com quantidades a partir de 30g.

  • Associar glicose. o transporte ativo da glicose resulta em um fluxo hídrico através da mucosa intestinal, causando um aumento do solvent drag e difusão passiva de frutose.

  • Evitar o consumo de sorbitol pois pode ser transformado em frutose, bloquendo o GLUT5.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Sustentabilidade alimentar

De acordo com a FAO (1989), o desenvolvimento sustentável consiste na gestão e conservação dos recursos naturais e na orientação da mudança tecnológica e institucional, de forma a assegurar a satisfação contínua das necessidades das gerações atuais e futuras. O desenvolvimento sustentável (nos setores da agricultura, da silvicultura e das pescas) conserva a terra, a água e os recursos genéticos das plantas e animais; é ambientalmente não degradante, tecnicamente apropriado, economicamente viável e socialmente sustentável.

O conceito de sustentabilidade foi construído com base na definição de desenvolvimento sustentável. Deste modo, a FAO refere que a sustentabilidade consiste em práticas que permitem garantir os direitos do homem, satisfazendo as necessidades presentes e futuras, sem causar danos irreversíveis no ecossistema e sem comprometer o futuro das gerações vindouras. O conceito de sustentabilidade é um conceito multidimensional que engloba a integridade ambiental, o bem-estar social, a resiliência económica e a boa governação.

O que é um alimento sustentável? É um alimento:

  • produzido com recurso a métodos de produção que respeitam o ambiente e os animais;

  • local e sazonal adquirido diretamente aos produtores;

  • não processado, de modo a minimizar a quantidade de recursos utilizados (p.e. água, combustível);

  • que respeita o bem-estar do ambiente, dos animais, dos produtores e dos consumidores.

Segundo a definição da FAO (2015), uma dieta sustentável tem baixo impacto ambiental e contribui para a segurança alimentar e nutricional da população, assim como para o seu estado de saúde, tanto no presente como no futuro. As dietas sustentáveis protegem e respeitam a biodiversidade e o ecossistema; além de que permitem otimizar os recursos naturais e humanos. Para além disso, uma dieta sustentável é culturalmente aceita, nutricionalmente adequada, acessível pela população, segura e economicamente justa.

Em 2050, a população será superior a 9 biliões e, como tal, será necessário produzir mais 60% de alimentos. Há 900 milhões de pessoas que passam fome em todo o mundo e 1,9 biliões sofrem de excesso de peso.

A produção de alimentos de origem animal é responsável por um uso superior de recursos (p.e. água, solo) e emissões de gases de efeito de estufa face aos alimentos de origem vegetal. Dentre os vários alimentos, o chocolate, a carne (principalmente a vermelha) e os laticínios são os que requerem mais água para a sua produção e emitem mais gases de estufa.

Alimentos industrializados também têm um grande impacto ambiental. O chocolate, por exemplo, consome e gasta muita energia para ser produzido. Falo mais sobre este tema neste vídeo.

O potencial de efeito de estufa é calculado com base no dióxido de carbono, óxido nitroso e metano. Além destes três gases, também podem ser considerados, no cálculo do potencial de efeito de estufa, os hidrofluorcarbonetos, os perfluorcarbonetos e o hexafluoreto de enxofre. Este valor é determinado de acordo com um intervalo de tempo específico, sendo neste caso de 100 anos.

Modos de produção sustentáveis

  • MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO

  • PRODUÇÃO QUE RESPEITA A NATUREZA

  • PRODUTOS SÃO PRODUZIDOS DE FORMA SUSTENTÁVEL

  • CONTROLE DOS OPERADORES DE PRODUÇÃO BIOLÓGICA, UMA VEZ POR ANO

  • OS ANIMAIS DE CRIAÇÃO VIVEM LIVREMENTE E SÃO CUIDADOS EM CONDIÇÕES QUE ASSEGURAM O BEM-ESTAR ANIMAL

  • USO LIMITADO DE PESTICIDAS, FERTILIZANTES QUÍMICOS E ANTIBIÓTICOS

  • RESTRIÇÃO NO USO DE ADITIVOS ALIMENTARES,

  • AUXILIARES TECNOLÓGICOS E OUTROS PRODUTOS SIMILARES ADAPTADOS AOS MEIOS DO PRÓPRIO CAMPO E AOS CONHECIMENTOS LOCAIS

  • CUMPRIMENTO DE REGRAS ESPECÍFICAS, DESTINADAS AO RESPEITO PELO BEM-ESTAR AMBIENTAL E ANIMAL DOS PRODUTOS

  • LIVRES DE ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (OGM’S)

  • CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS ALUSIVOS À PRODUÇÃO DE PRODUTOS BIOLÓGICOS, DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DE SAÚDE

5 EIXOS PARA A SUSTENTABILIDADE ALIMENTAR E AGRICULTURA

  1. Melhorar a eficiência na utilização dos recursos;

  2. Ter uma ação direta para conservar, proteger e melhorar os recursos naturais;

  3. Proteger os meios rurais de subsistência e melhorar a equidade e o bem-estar social;

  4. Melhorar a resiliência das pessoas, comunidades e ecossistemas, especialmente as alterações climáticas e a volatilidade dos mercados;

  5. Promover a boa governação para uma melhor sustentabilidade dos sistemas naturais e humanos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/