O que é Neuromelanina?

A neuromelanina é um pigmento escuro que se acumula em determinadas regiões do cérebro, particularmente nos neurônios que produzem dopamina. Sua formação está ligada ao metabolismo de neurotransmissores como a dopamina e a noradrenalina. A cor escura característica de áreas como a substância negra é devida à presença desse pigmento.

Produção da Neuromelanina

A neuromelanina é produzida através de um processo de oxidação de catecolaminas, como a dopamina. Essa oxidação ocorre em várias etapas e envolve a formação de radicais livres, que são altamente reativos e podem danificar as células. A formação da neuromelanina é um processo contínuo ao longo da vida, e sua quantidade aumenta com a idade e doenças como Parkinson.

Riscos Associados à Neuromelanina

Embora a neuromelanina seja um componente normal do cérebro, ela tem sido associada a diversos riscos, principalmente relacionados ao envelhecimento e a doenças neurodegenerativas. Alguns dos principais riscos incluem:

  • Estresse oxidativo: A formação da neuromelanina está associada à produção de radicais livres, que podem causar danos oxidativos às células cerebrais.

  • Doença de Parkinson: A perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra, característico da doença de Parkinson, está associada à degeneração da neuromelanina.

  • Envelhecimento: O acúmulo de neuromelanina ao longo da vida pode contribuir para o declínio cognitivo relacionado à idade.

  • Outras doenças neurodegenerativas: A neuromelanina também tem sido associada a outras doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.

Como Evitar os Riscos Associados à Neuromelanina

Embora não exista uma forma comprovada de prevenir completamente a formação de neuromelanina ou os riscos associados a ela, algumas estratégias podem ajudar a minimizar esses riscos:

  • Dieta saudável: Uma dieta rica em antioxidantes, como frutas, legumes e cereais integrais, pode ajudar a neutralizar os radicais livres e reduzir o estresse oxidativo. Excesso de carne vermelha gera mais acúmulo de neuromelanina.

  • Exercício físico regular: A prática regular de exercícios físicos pode melhorar a função cerebral e reduzir o risco de doenças neurodegenerativas.

  • Controle do estresse: O estresse crônico pode aumentar a produção de radicais livres. Técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, podem ajudar a controlar o estresse.

  • Sono adequado: Um sono de qualidade é essencial para a saúde cerebral e pode ajudar a prevenir o declínio cognitivo.

  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool: Essas substâncias podem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas.

  • Tratamento de doenças crônicas: Controlar doenças crônicas como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas pode ajudar a reduzir o risco de complicações cerebrais.

É importante ressaltar que a pesquisa sobre a neuromelanina ainda está em andamento e muitos aspectos sobre sua formação e função ainda não são totalmente compreendidos. Aprenda mais sobre nutrição e cérebro em https://t21.video

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

PQQ e esclerose lateral amiotrófica

A Pirroloquinolina Quinona (PQQ) é uma pequena molécula com propriedades antioxidantes poderosas e a capacidade de promover a biogênese mitocondrial, ou seja, estimular a criação de novas mitocôndrias, essenciais para a saúde celular e a produção de energia. Esses efeitos tornam a PQQ relevante em diversas condições neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), onde o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial desempenham papéis centrais na progressão da doença.

Potenciais Benefícios da PQQ na ELA

Embora a pesquisa sobre o uso da PQQ especificamente na ELA seja limitada, suas propriedades biológicas podem oferecer importantes implicações na proteção dos neurônios motores e no desaceleramento da progressão da doença. A seguir, detalhamos algumas das maneiras pelas quais a PQQ pode ser benéfica na ELA:

  1. Redução do Estresse Oxidativo
    Na ELA, o acúmulo de radicais livres e espécies reativas de oxigênio (ROS) contribui para a morte dos neurônios motores. A PQQ é um antioxidante potente, conhecido por neutralizar essas espécies reativas, reduzindo o dano oxidativo às células nervosas e promovendo a sobrevivência celular.

  2. Proteção Mitocondrial
    As mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia nas células, são afetadas na ELA, resultando em produção insuficiente de energia e aumento do estresse oxidativo. A PQQ pode proteger as mitocôndrias existentes e incentivar a criação de novas mitocôndrias, melhorando a eficiência energética das células neurais. Isso é especialmente relevante na ELA, onde a disfunção mitocondrial contribui para a degeneração dos neurônios motores.

  3. Efeitos Neuroprotetores
    A PQQ tem o potencial de ativar vias de sinalização celular que protegem contra a morte celular, incluindo a ativação da proteína Nrf2. Esta proteína regula a resposta antioxidante e ajuda a combater o estresse celular, o que pode ser benéfico para os neurônios motores, que enfrentam altos níveis de estresse oxidativo e inflamação na ELA.

  4. Redução da Inflamação e Neurodegeneração
    A inflamação crônica é um fator importante na progressão da ELA, contribuindo para a degeneração dos neurônios motores. A PQQ pode reduzir processos inflamatórios no sistema nervoso, o que poderia resultar em efeitos protetores para os neurônios motores e retardar o avanço da doença.

Doses Usuais de PQQ

As dosagens de PQQ em estudos humanos e na prática de suplementação variam entre 10 mg e 40 mg por dia. Doses mais comuns para suportar a saúde mitocondrial e funções neuroprotetoras estão na faixa de 20 mg a 40 mg diários. A seguir, um resumo das doses recomendadas:

  • 10 mg a 20 mg: Dose comum para suporte antioxidante geral e biogênese mitocondrial.

  • 20 mg a 40 mg: Doses mais altas são usadas para condições que exigem um suporte antioxidante mais intenso ou proteção neuroprotetora. Estas doses devem ser monitoradas para evitar possíveis efeitos colaterais.

Embora a PQQ seja geralmente considerada segura e bem tolerada em doses típicas, doses acima de 60 mg podem causar efeitos como insônia ou problemas gastrointestinais em algumas pessoas. Como sempre, é importante monitorar a resposta individual ao suplemento.

Uso de PQQ em Combinação com Outros Suplementos

A PQQ é frequentemente combinada com outros suplementos que apoiam a função mitocondrial, como a Coenzima Q10 (CoQ10). Essa combinação pode ser sinérgica, pois ambos os compostos melhoram a função mitocondrial, o que pode ser útil para pacientes com ELA.

Considerações Finais

Embora a PQQ apresente benefícios teóricos para pacientes com ELA devido às suas propriedades antioxidantes e sua capacidade de estimular a biogênese mitocondrial, seu uso deve ser considerado com cautela, principalmente devido à falta de estudos clínicos específicos para a ELA.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

USO DO NMN NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

O NMN (Nicotinamida Mononucleotídeo) é um composto precursor da NAD+ (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo), uma molécula essencial para a produção de energia celular e para vários processos metabólicos, como a reparação do DNA e a proteção contra o estresse oxidativo. O interesse pelo NMN cresceu recentemente, pois estudos sugerem que ele pode desempenhar um papel na longevidade celular e na proteção contra doenças neurodegenerativas, incluindo a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Relação entre NMN e ELA

Na ELA, os neurônios motores degeneram progressivamente, levando à perda de controle muscular. A redução dos níveis de NAD+ com o envelhecimento e nas condições neurodegenerativas pode contribuir para essa degeneração. Assim, o NMN tem sido investigado por sua capacidade de aumentar os níveis de NAD+ e, potencialmente, oferecer suporte na preservação das funções neuronais.

Potenciais Benefícios do NMN na ELA

1. Aumento dos níveis de NAD+: A suplementação com NMN pode aumentar a disponibilidade de NAD+, o que pode ajudar a melhorar a função mitocondrial, essencial para a sobrevivência das células nervosas.

2. Proteção contra estresse oxidativo: O NAD+ é importante para a função de enzimas que protegem as células do estresse oxidativo, um dos fatores que contribuem para a morte dos neurônios motores na ELA.

3. Reparação do DNA: O NMN, ao aumentar os níveis de NAD+, também pode apoiar a reparação do DNA, o que é crucial em doenças neurodegenerativas, onde o acúmulo de danos ao DNA é frequente.

4. Redução da inflamação: O NAD+ também está envolvido na regulação da inflamação, que é uma parte do processo patológico na ELA. Portanto, o NMN poderia teoricamente ajudar a moderar a resposta inflamatória que agrava a degeneração neuronal.

Estado Atual da Pesquisa

Embora os efeitos do NMN em modelos animais de doenças neurodegenerativas, como a ELA, tenham mostrado algum potencial, a pesquisa clínica em humanos ainda está em fases iniciais. Não há consenso científico sobre o uso do NMN especificamente para o tratamento da ELA, e mais estudos são necessários para entender seu real impacto, dosagem apropriada e possíveis efeitos colaterais (Lundt et al., 2024).

Embora o NMN seja considerado seguro em doses usadas em estudos com humanos, sua eficácia em doenças como a ELA ainda não está claramente estabelecida. A dose ideal pode variar, especialmente em condições graves como a ELA.

Enquanto o NMN é promissor no campo do envelhecimento e de doenças associadas à neurodegeneração, seu papel no manejo da ELA ainda requer mais evidências.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/