Estes 4 hormônios mostram se a mulher está próxima à menopausa

A instalação da menopausa, definida como período de 12 meses
sem menstruações, é um fato previsível e esperado, no climatério, tanto quanto é o início dos ciclos menstruais na puberdade.

Uma série de eventos endócrinos acontece de forma natural, com sua gama de sintomas e sinais semelhante à menarca, sendo também necessária como nesta, uma fase de adaptação.

Ocorrem variadas alterações na estrutura e na função ovariana, com gradativa diminuição da produção estrogênica e consequente aumento das gonadotrofinas hipofisárias.

Assim, a avaliação dos níveis de estrógenos e FSH é muito importante. Contudo, mesmo mulheres com estrogênio normal podem ter muitos sintomas da perimenopausa (calorões, insônia, irritabilidade, fadiga, dores articulares, resistência à perda de peso, redução da libido, alteração da memória e concentração).

A instalação da menopausa, definida como período de 12 meses sem menstruações, é um fato previsível e esperado, no climatério, tanto quanto é o início dos ciclos menstruais na puberdade.

Uma série de eventos endócrinos acontece de forma natural, com sua gama de sintomas e sinais semelhante à menarca, sendo também necessária como nesta, uma fase de adaptação.

Ocorrem variadas alterações na estrutura e na função ovariana, com gradativa diminuição da produção estrogênica e consequente aumento das gonadotrofinas hipofisárias.

Assim, a avaliação dos níveis de estrógenos e FSH é muito importante. Contudo, mesmo mulheres com estrogênio normal podem ter muitos sintomas da perimenopausa (calorões, insônia, irritabilidade, fadiga, dores articulares, resistência à perda de peso, redução da libido, alteração da memória e concentração).

Outro exame muito interessante é a inibina B séria avaliada, assim como o FSH, no 3o dia do ciclo. Esse hormônio cai antes do estrogênio. Assim, mesmo com estrogênio normal, mulheres que se aproximam da menopausam vão ter inibina B baixa e FSH alto.

A inibina B é um marcador direto da atividade ovariana. Esses 3 hormônios já são suficientes mas também podemos pedir o Anti-mülleriano (AMH).
O AMH é um marcador da reserva ovariana. É produzido nas células da granulosa dos pequenos folículos em estágio 1 e exerce funções reguladoras sobre a formação de células nos ovários.

A concentração sérica de hormônio anti-Mülleriano reflete o número de folículos pré-antrais e antrais em fase inicial. Este hormônio declina gradualmente com a idade da mulher (principalmente a partir dos 30 anos). Mulheres com ovários policísticos (SOP) podem ter este hormônio mais baixo também. Valores abaixo de 1 são características de um ovário mais envelhecido.

Mas há muito o que podemos fazer pela mulher nesta fase. Ninguém precisa envelhecer sofrendo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Razão Aβ42/40

A razão Aβ42/40 refere-se à proporção entre duas formas de peptídeos beta-amiloides, Aβ42 e Aβ40, que são comumente medidas no contexto da pesquisa e diagnóstico do declínio cognitivo leve (DCL) e da doença de Alzheimer (DA).

Peptídeos Beta-Amilóides

Os peptídeos beta-amilóides são fragmentos de proteína derivados da proteína precursora amiloide (APP, do inglês "Amyloid Precursor Protein"). Estes peptídeos estão associados à formação de placas amilóides no cérebro, um dos principais marcadores patológicos da doença de Alzheimer (DA).

Formação dos Peptídeos Beta-Amiloides

1. Proteína Precursora Amiloide (APP): proteína transmembranar que é expressa em muitos tecidos, incluindo o cérebro.

2. Clivagem da APP: pode acontecer por duas vias principais:

- Via não amiloidogênica: envolve a clivagem pela enzima alfa-secretase, resultando em fragmentos que não formam amilóide.

- Via amiloidogênica: clivagem sequencial pela beta-secretase e pela gama-secretase, resultando na produção dos peptídeos beta-amiloides, especialmente Aβ40 e Aβ42.

Peptídeos Beta-Amiloides Aβ40 e Aβ42

- Aβ40: O peptídeo beta-amiloide mais comum, constituído por 40 aminoácidos.

- Aβ42: Um peptídeo beta-amiloide menos comum, mas mais propenso à agregação e considerado mais tóxico. É composto por 42 aminoácidos. Acredita-se que desempenhe um papel crucial na formação de placas amilóides, uma característica marcante da doença de Alzheimer.

Papel na Doença de Alzheimer

1. Formação de Placas Amiloides: Aβ42, devido à sua maior tendência de agregação, forma oligômeros solúveis que se juntam para formar fibrilas insolúveis, levando à formação de placas amilóides no cérebro. Essas placas são um dos principais marcadores patológicos da DA.

https://anatpat.unicamp.br/bialzheimer.html

2. Neurotoxicidade: o acúmulo de peptídeos beta-amilóides, especialmente Aβ42, está associado a danos neurais, inflamação e morte celular, contribuindo para a neurodegeneração observada na DA.

3. Interferência Sináptica: os peptídeos beta-amilóides podem interferir na comunicação sináptica, afetando a função cognitiva e a memória.

Embora os peptídeos beta-amiloides sejam mais conhecidos por sua associação com a DA, eles também podem ter funções fisiológicas normais, como proteção antimicrobiana, regulação da atividade sináptica e na neuroplasticidade.

Contudo, quando sofrem clivagem desempenham um papel central na patologia da doença de Alzheimer, pois contribuem para a neurodegeneração e os déficits cognitivos característicos da doença.

Clivagem da proteína beta-amilóide com formação de Aβ42/40 (Seidl, 2014)

Razão Aβ42/40

- Razão Alta: Tipicamente, uma razão Aβ42/40 mais alta está associada a um menor risco de doença de Alzheimer. Isso ocorre porque, embora o Aβ42 seja mais propenso à agregação e tóxico, uma quantidade relativa maior de Aβ42 em comparação ao Aβ40 sugere um ambiente menos patológico, potencialmente devido a melhores mecanismos de eliminação.

- Razão Baixa: Uma razão Aβ42/40 mais baixa está associada a um maior risco de doença de Alzheimer. Isso indica um aumento relativo de Aβ40 ou uma diminuição de Aβ42, ambos sugerindo um maior acúmulo de placas amiloides e um processamento amiloide mais patológico.

Interpretação no Contexto Clínico

Os pontos de corte para a razão Aβ42/40 são valores específicos que ajudam a distinguir entre indivíduos saudáveis e aqueles com doença de Alzheimer (DA) ou em risco de desenvolvê-la. Esses pontos de corte podem variar dependendo do método de medição, do tipo de amostra (líquido cefalorraquidiano [LCR] ou plasma) e dos critérios específicos do estudo ou laboratório. No entanto, aqui estão algumas orientações gerais:

Padrões Gerais

- Líquido Cefalorraquidiano (LCR): A razão Aβ42/40 no LCR é geralmente considerada mais confiável para o diagnóstico da DA. Os pontos de corte comumente usados são:

- <0,1 a 0,15: Razões abaixo deste intervalo são frequentemente indicativas de patologia amilóide associada à DA.

- >0,1 a 0,15: Razões acima deste intervalo sugerem um menor risco de patologia amilóide.

- Plasma/Sangue: A razão Aβ42/40 no plasma é menos invasiva, mas pode ser mais variável e menos específica do que no LCR. Os pontos de corte podem ser ligeiramente diferentes. Valores específicos podem variar dependendo do estudo e dos métodos de medição, mas geralmente, uma razão mais baixa está associada à presença de patologia amilóide.

Indicações de leituras

  1. Estudo utilizando a plataforma HISCL (Sysmex): Identificou um ponto de corte para a razão Aβ42/40 em aproximadamente 0,076, o que foi considerado eficiente para diferenciar entre indivíduos com e sem patologia amiloide confirmada por PET (tomografia por emissão de pósitrons)​ (Bun et al., 2023).

  2. Estudo com a plataforma Lumipulse (Fujirebio): Sugeriu um ponto de corte para a razão Aβ42/40 em 0,077 para identificar a patologia amiloide em indivíduos cognitivamente normais, confirmados por níveis de Aβ42 e Aβ40 no líquido cefalorraquidiano (LCR) e plasma​ ​(Martínez-Dubarbie et al., 2023).

  3. Estudo utilizando LC-MS/MS: Relatou um desempenho favorável com uma área sob a curva (AUC) de 0.84 para a razão Aβ42/40 plasmática, indicando boa precisão diagnóstica em diferenciar entre indivíduos com e sem deposição de amilóide cerebral​ (Weber et al., 2024)​.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Importância dos probióticos para pacientes com doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa caracterizada por déficits motores e neuroinflamação acentuada em diversas regiões cerebrais.

Em 2019, foi publicado o primeiro estudo clínico de L. plantarum PS128 para pacientes com Parkinson. Durante 12 semanas, os participantes tomaram a medicação para Parkinson normalmente e adicionaram duas cápsulas de PS128 à noite (uma dose de 60 bilhões de UFC).

Em média, as pessoas no estudo relataram mais tempo ligado e menos tempo desligado em cerca de 45 minutos por dia, somando mais tempo a cada dia em que a medicação foi eficaz. A maior parte dos participantes (68%) notaram que sentiram que o PS128 os ajudou, com 20% afirmando que se sentiram muito ou muito melhorados.

Mas o que o PS128 realmente faz para ajudar? Como uma bactéria dentro do intestino pode influenciar a atividade da dopamina no cérebro?

Os probióticos são microrganismos vivos que proporcionam benefícios à saúde, normalmente alterando o equilíbrio dos microrganismos no intestino para o bem, para uma melhor digestão. Alguns probióticos ajudam na saúde mental e neurológica como um benefício adicional para melhorar a saúde intestinal.

Mas os psicobióticos como o PS128 vão mais longe. Eles fornecem um benefício específico para a saúde neurológica, independente de qualquer efeito que possam ter na saúde intestinal.

Nos ratos, o PS128 influencia a quantidade de dopamina em regiões-chave do cérebro, e os ratos com DP movem-se melhor quando têm acesso ao PS128.

A fisiopatologia da DP é complexa e evidências crescentes sugerem também uma associação com a desregulação de microRNAs (miRNAs) e disbiose intestinal. Outro estudo, publicado em 2023, usou um modelo de camundongo com DP induzido por rotenona.

Foi observado que a administração de Lactobacillus plantarum PS128 (PS128) melhorou significativamente os déficits motores destes, os níveis de de dopamina, diminuiu a perda de neurônios dopaminérgicos e a ativação da microglia, reduziu fatores inflamatórios e aumentou a expressão fator neurotrófico no cérebro.

Notavelmente, a expressão relacionada à inflamação do miR-155-5p foi significativamente regulada positivamente no cólon proximal, mesencéfalo e corpo estriado de camundongos semelhantes à PD.

O PS128 reduziu o nível de miR-155-5p, enquanto aumentou a expressão do supressor de sinalização de citocina 1 (SOCS1), um alvo direto do miR-155-5p e um inibidor crítico da resposta inflamatória no cérebro. A alteração da microbiota fecal em camundongos tipo PD foi parcialmente restaurada pela administração de PS128. Entre eles, Bifidobacterium, Ruminiclostridium_6, Bacteroides e Alistipes foram estatisticamente correlacionados com a melhora dos déficits motores induzidos pela rotenona e a expressão de miR-155-5p e SOCS1.

Nossas descobertas sugerem que o PS128 melhora os déficits motores e exerce efeitos neuroprotetores regulando a microbiota intestinal e a via miR-155-5p/SOCS1 em camundongos semelhantes à DP induzidos por rotenona.

Outros psicobióticos (Dziedzic et al., 2024)

Aprenda mais no curso de modulação da microbiota intestinal e psiconutrição. Ou marque aqui sua consulta de nutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/