Para que serve a espermidina?

A espermidina, um composto natural encontrado em uma variedade de alimentos, oferece uma infinidade de benefícios à saúde. Isso inclui promover a regeneração celular saudável, apoiar a função hepática saudável, melhorar a memória e a função cognitiva e, potencialmente, proteger contra doenças relacionadas à idade, como doenças cardíacas e demência. Saiba mais no vídeo:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

ELIMINAÇÃO DO EXCESSO DE ESTROGÊNIO

O estrogênio é um hormônio muito importante, influencia o tamanho dos seios da mulher, contribui para uma pele saudável, ossos fortes, bom metabolismo. Porém, o excesso (dominância estrogênica) associa-se a fadiga, irritabilidade, disfunção da tireoide, aumento do risco de alguns tipos de câncer, fibroides uterinos/endometriose, ansiedade ou irritabilidade.

A dominância estrogênica pode ocorrer por exposição a xenoestrógenos, pelo uso de pílulas anticoncepcionais, por deficiências nutricionais (complexo B, magnésio e outros), obesidade abdominal ou por dificuldade de eliminação do excesso de hormônio.

Suporte para destoxificação de estrógenos

  • Aumentar 2-hidroxiestrona (2OHE1), um metabólito do estrógeno, com função antiestrogênica. Para aumentar 2OHE1 é preciso estimular:

    • CYP1A1 (evitar cafeína, suplementar DIM).

    • COMT (tratar disbiose, reduzir exposição a xenoestrógenos, avaliar uso de medicamentos).

    • Conjugação com glutationa (suplementar NAC).

    • Corrigir deficiências de nutrientes importantes nas fases 1 e 2 da destoxificação.

  • Reduzir 4-hidroxiestrona (4OHE1), um metabólito do estrógeno, capaz de iniciar mutações e câncer. É fundamental:

    • Inibir CYP 1B1 (uma das enzimas necessárias para a síntese de estrógenos).

    • Reduzir beta-glucoronidase, produzida por bactérias intestinais e também em algumas células do corpo, incluindo as dos órgãos reprodutivos.

Enzimas produzidas no intestino (beta-glucuronidases). (Ervin et al., 2019)

Suporte da glucoronidação

O problema das beta-glucuronidases é que desfazem a reação de destoxificação de fase 2 do fígado chamada glucoronidação. Esta reação é fundamenal para eliminação de toxinas e para limitar a absorção de estrógenos no intestino. A beta-glucoronidase quebram a ligação das toxinas com o ácido glicurônico, permitindo que as toxinas sejam reabsorvidas no intestino. Para dar suporte às reações de eliminação e reações de glucoronidação é importante:

  • Tratar a disbiose e supercrescimento de bacteriano (SIBO). As principais bactérias que produzem beta-glucuronidase são:

    • E. coli

    • Espécie Clostridium

    • Bacteroides fragilis e outros membros da espécie Bacteroides

    • Staphylococcus spp

    • Ruminococcus spp

    • Eubacterium spp

    • Peptostreptococcus spp

  • Corrigir deficiências nutricionais.

  • Adotar uma dieta rica em fibras.

  • Se beta-glucoronidase nas fezes estiver alto (maior que 2.486U/mL) podemos suplementar cálcio D-glucarato para desativar a enzima.

  • Correção de disfunção tireoidiana.

  • Suplementação de quercetina.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Fenótipo ampliado do autismo

O fenótipo ampliado do autismo (FAA) é um conceito que se refere às características observadas em indivíduos que possuem um alto risco genético e característico para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas que não preenchem todos os critérios diagnósticos para o TEA.

O conceito de fenótipo ampliado do autismo surgiu a partir da constatação de que muitos familiares de indivíduos com TEA apresentavam características semelhantes ao transtorno, mas que não eram suficientes para serem diagnosticados com TEA. Essas características incluem dificuldades em habilidades sociais e de comunicação, interesses restritos e comportamentos repetitivos, que são algumas das características-chave do autismo.

Atualmente o diagnóstico do TEA é clínico, baseado nos critérios do DSM-V. Contudo, algumas pessoas possuem características muito comuns no TEA, mas não suficientes para que o diagnóstico seja fechado. Mesmo assim, as características presentes, mesmo que leves, podem gerar um impacto negativo na vida destes indivíduos, dificultando relacionamentos sociais, ansiedade e estresse. Mesmo sem o diagnóstico de TEA estas pessoas podem precisar de mais apoio, mais acolhimento.

Questões genéticas parecem envolvidas. É comum que o FAA esteja presentes em familiares de pessoas com TEA. Como exemplo, uma pessoa com FAA pode não ter dificuldade de comunicação, mas pode ter mais dificuldade de interação ou socialização. Com isso, muitas vezes observa-se maior retraimento social, maior isolamento, menor autoestima ou mesmo sintomas depressivos.

Infelizmente, uma coisa vai puxando a outra. Uma pessoa com fobia social ou depressão tende a passar mais tempo em casa, tomar menos sol, desenvolver deficiência de vitamina D. A deficiência desta vitamina tende a comprometer a saúde óssea, a imunidade e agravamento da depressão. Vira uma bola de neve. Por isto, as questões biológicas não devem ser deixadas de lado (Menon et al., 2020).

Piven J, Palmer P, Jacobi D, Childress D, Arndt S. Broader autism phenotype: evidence from a family history study of multiple-incidence autism families. Am J Psychiatry. 1997 Feb;154(2):185-90. doi: 10.1176/ajp.154.2.185. PMID: 9016266.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/