ELIMINAÇÃO DO EXCESSO DE ESTROGÊNIO

O estrogênio é um hormônio muito importante, influencia o tamanho dos seios da mulher, contribui para uma pele saudável, ossos fortes, bom metabolismo. Porém, o excesso (dominância estrogênica) associa-se a fadiga, irritabilidade, disfunção da tireoide, aumento do risco de alguns tipos de câncer, fibroides uterinos/endometriose, ansiedade ou irritabilidade.

A dominância estrogênica pode ocorrer por exposição a xenoestrógenos, pelo uso de pílulas anticoncepcionais, por deficiências nutricionais (complexo B, magnésio e outros), obesidade abdominal ou por dificuldade de eliminação do excesso de hormônio.

Suporte para destoxificação de estrógenos

  • Aumentar 2-hidroxiestrona (2OHE1), um metabólito do estrógeno, com função antiestrogênica. Para aumentar 2OHE1 é preciso estimular:

    • CYP1A1 (evitar cafeína, suplementar DIM).

    • COMT (tratar disbiose, reduzir exposição a xenoestrógenos, avaliar uso de medicamentos).

    • Conjugação com glutationa (suplementar NAC).

    • Corrigir deficiências de nutrientes importantes nas fases 1 e 2 da destoxificação.

  • Reduzir 4-hidroxiestrona (4OHE1), um metabólito do estrógeno, capaz de iniciar mutações e câncer. É fundamental:

    • Inibir CYP 1B1 (uma das enzimas necessárias para a síntese de estrógenos).

    • Reduzir beta-glucoronidase, produzida por bactérias intestinais e também em algumas células do corpo, incluindo as dos órgãos reprodutivos.

Enzimas produzidas no intestino (beta-glucuronidases). (Ervin et al., 2019)

Suporte da glucoronidação

O problema das beta-glucuronidases é que desfazem a reação de destoxificação de fase 2 do fígado chamada glucoronidação. Esta reação é fundamenal para eliminação de toxinas e para limitar a absorção de estrógenos no intestino. A beta-glucoronidase quebram a ligação das toxinas com o ácido glicurônico, permitindo que as toxinas sejam reabsorvidas no intestino. Para dar suporte às reações de eliminação e reações de glucoronidação é importante:

  • Tratar a disbiose e supercrescimento de bacteriano (SIBO). As principais bactérias que produzem beta-glucuronidase são:

    • E. coli

    • Espécie Clostridium

    • Bacteroides fragilis e outros membros da espécie Bacteroides

    • Staphylococcus spp

    • Ruminococcus spp

    • Eubacterium spp

    • Peptostreptococcus spp

  • Corrigir deficiências nutricionais.

  • Adotar uma dieta rica em fibras.

  • Se beta-glucoronidase nas fezes estiver alto (maior que 2.486U/mL) podemos suplementar cálcio D-glucarato para desativar a enzima.

  • Correção de disfunção tireoidiana.

  • Suplementação de quercetina.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/