Autoimunidade em pessoas com trissomia do cromossomo 21

Pessoas com trissomia do cromossomo 21 (T21) / síndrome de Down (SD) apresentam risco aumentado de doenças autoimunes, incluindo diabetes tipo 1 (DM1), doença celíaca e alterações tireoidianas e em idades mais precoces. No Reino Unido, um estudo chamado FADES (estudo de avaliação de alimentação e autoimunidade na síndrome de Down) tem examinado a questão.

No estudo são coletadas amostras iniciais de DNA, fezes e sangue. Entre as crianças já analisadas pelo menos 37% possuem ao menos um dos genótipos HLA de alto risco (DR4-DQ8 ou DR3-DQ2) para diabetes tipo 1, demandando atenção. A triagem de autoanticorpos insulínicos está em andamento.

Atenção! O estudo também mostrou que crianças com SD podem desenvolver problemas de tireóide mesmo com exames negativos para anticorpo antiperoxidase tireoidiana (anti-TPO). Outra questão demonstrada foi a possiblidade de desenvolvimento de doença celíaca em pacientes homozigotos para o gene HLA DR3-DQ2, mesmo sem sintomas evidentes.

Exames genéticos na Síndrome de Down

Os exames genéticos são muito importantes para que o entendimento da individualidade seja o mais precoce possível, garantindo mudanças estratégicas para a manutenção da saúde e bem estar. Além dos genes citados, outros 1.000 podem ser analisados e cerca de 4.000 variações (polimorfismos).

Exames genéticos devem ser interpretados junto à história clínica e exames laboratoriais

Vejamos o exemplo da vitamina D. Este nutriente atua como um pró-hormônio, auxilia a absorção de cálcio e regula a função imune. Estudos epidemiológicos confirmaram a associação de baixos níveis da vitamina com o aumento da susceptibilidade à doença autoimunes.

Além do exame genético, que avalia genes responsáveis pela conversão do colesterol em vitamina D na pele, além de genes relacionados à afinidade da vitamina D pelos seus receptores (principal gene é o VDR), devemos analisar os níveis plasmáticos de 25 hidroxi-vitamina D. Quanto mais aprofundamos as análises maior nossa capacidade de prevenção e tratamento de condições que impactam o crescimento, desenvolvimento e a saúde ao longo de toda a vida.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Libido na menopausa

Três hormônios são muito importantes para a libido da mulher: estradiol, testosterona e melatonina. A produção destes hormônios variam durante a vida. Mulheres jovens produzem mais hormônios, mas há excessões. Mulheres que dormem tarde produzem menos melatonina. Mulheres que usam anticoncepcionais são mais inflamadas, o que interfere na produção hormonal e, consequentemente, na libido.

Após a menopausa há queda na produção hormonal. Algumas mulheres precisaram de reposição. Mas, lembre que o desejo sexual feminino é complexo. Tudo começa na cabeça. Algumas mulheres na pós-menopausa dizem que melhoraram o desejo sexual. Isso pode ser ocorrer devido à redução da ansiedade associada ao medo da gravidez. Além disso, muitas mulheres na pós-menopausa possuem menos responsabilidades com a criação dos filhos, o que lhes permite relaxar e desfrutar da intimidade com seus parceiros.

Como melhorar a intimidade com meu/minha parceiro(a)?

Está desconfortável? Comece demonstrando seu amor e afeto mesmo sem fazer sexo. Aproveite o tempo juntos: vocês podem fazer caminhadas, passeios, viagens, podem conhecer lugares novos, podem jantar em um restaurante ou em casa à luz de velas, tomar banho de banheira…

Para aumentar a intimidade na cama podem usar a imaginação, mudar de posição, mudar de rotinas e horários, mudar de local, podem se massagear ou se tocar em lugares diferentes, usando roupas diferentes. Podem colocar músicas, vídeos, filmes.

Você pode buscar vídeos na internet sobre como sentir-se mais sensual. Pode aprender a dançar sozinha na frente do espelho, aprender a se maquiar. Faça algo novo e que te faça sentir-se bonita e sexy. Pode ler livros eróticos, fazer exercícios kegel (contração e relaxamento do assoalho pélvico).

Se estiver sentindo dor na penetração, converse com sua ginecologista sobre cremes com hormônios, sobre geis hidratantes/lubrificantes vaginais. Você pode testar posições sexuais que permitam também maior controle da profundidade da penetração. Você também pode tomar um banho quente antes do sexo para ajudá-la a relaxar. Mas aprenda a falar, diga ao seu parceiro o que é confortável e o que não é. O que prefere. Se está ruim do jeito que está mude. Se quer emagrecer, comece uma atividade física, comece a comer melhor. Informe-se. Queira mudar. Dose seus hormônios, converse com seu ginecologista e seu nutricionista.

Trabalhe seus pensamentos. Se sexo é importante para você, não diga: isso não é mais para mim, não estou mais na idade, já tenho netos, meu corpo não é o mesmo etc. Orgasmos são saudáveis, liberam hormônios, melhoram a imunidade, aumentam a disposição e a autoconfiança. Mas não deixe seu prazer na mão de outra pessoa. Aprender a se masturbar melhor, conheça seu corpo. Compre brinquedinhos, compre roupas que te caem bem.

Exercite-se. Quando você mexe o corpo, a circulação melhora. Seus vasos ficam mais saudáveis, chega mais sangue aos músculos, ao cérebro e claro, aos órgãos sexuais! Mexa-se fazendo qualquer atividade. Você pode caminhar, praticar yoga, fazer musculação, canoagem, escalada, dança, surf, corrida, ciclismo, natação, hidroginástica… O que preferir. A atividade física também te deixará mais confortável no próprio corpo. Quando a autoconfiança aumenta a intimidade com o outro tende a melhorar.

Durma bem. Sem sono reparador você se sentirá mais irritada, desmotivada, cansada. Sem dormir os hormônios desequilibram-se ainda mais. Para resetar seu ciclo circadiano faça atividades noturnas que aliviem o estresse (troque noticiários e redes sociais por livros, meditação, música relaxante, yoga mais calma). Durante o dia entre em contato com a natureza, exponha-se ao sol, faça atividade física. Almoce bem e jante cedo (até no máximo 20h) para não atrapalhar o sono.

Suplemente. Saffrin (crocus sativus): contribui para o aumento da dopamina, o neurotransmissor envolvido no prazer e motivação. É um aliado na regulação do humor e diminuição da busca emocional por comida. A dopamina também está envolvida na libido feminina, por isso é um bom suplementos para quem tem queixa nesta área (pode ser associado ao damilib - planta Turnera diffusa). Para individualização, marque aqui sua consulta de nutrição online.

Caso opte pela reposição hormonal, alguns cuidados serão necessários:

Coma comida de verdade, que melhorem a circulação e favoreçam a produção hormonal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cuidados para que a menopausa seja a melhor fase da vida da mulher

Sua mãe reclamava dos calores, sua avó era muito irritável? Sua tia tornou-se depressiva após a fase fértil? Estes são sintomas comuns da menopausa. Mas comum não quer dizer normal. Não tem que ser assim. A mulher que prepara-se é plena e mais empoderada do que nunca nesta fase. Sono, alimentação, contato com a natureza, atividade física e relacionamentos saudáveis alimentam nosso corpo e nossa alma em qualquer fase da vida. E hoje vamos falar em como tornar a menopausa a melhor fase da vida da mulher.

O que é a menopausa?

A menopausa marca a conclusão natural do ciclo menstrual. É uma mudança inevitável da vida da mulher, independentemente da cor, renda, local de nascimento, experiências passadas. Na menopausa a mulher deixa de liberar óvulos e há uma importante queda na produção hormonal. Só que a menopausa vai muito além do momento em que a menstruação deixa de vir. Aqueles sintoma mais relatados (ciclos irregulares, TPM mais intensa, seios doridos, pernas pesadas, retenção de água, maior irritabilidade são mais comuns na pré-menopausa, quando a mulher está ali por volta dos 40 anos. Na menopausa propriamente dita, os sinais mais comuns são a insônia, a depressão, problemas de memória, dores e ondas prolongadas de calor. Mulheres que consomem mais cafeína, alimentos apimentados, álcool, tabaco e comida ultraprocessada sentem mais estes sintomas. Quanto maior o número de sintomas mais impacto negativo haverá na qualidade de vida da mulher.

Com que idade a mulher entra na menopausa?

A menopausa é uma parte natural do envelhecimento que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade, à medida que os níveis de estrogênio da mulher diminuem. No Reino Unido, a idade média para uma mulher chegar à menopausa é de 51 anos. Mas cerca de 1 em cada 100 mulheres experimenta a menopausa antes dos 40 anos de idade. Isso é conhecido como menopausa prematura, menopausa precoce ou insuficiência ovariana prematura. Conheça as causas:

Cuidados para que a menopausa seja a melhor fase da vida da mulher

1 - Cuide dos seus pensamentos. Se você passar o tempo todo colocando-se para baixo mais triste irá ficar ao longo do tempo. Não critique-se tanto. Informe-se muito e seja sincera com você? Quem deseja ser nesta fase? Que tipo de mulher? Quer ser a vovozinha que faz bolo? Ok, você pode. Quer ser a mulher que continua tendo uma libido maravilhosa? Ok, também. Quer ser tudo isso? Também pode. Mas para ser a melhor avó, amiga, mãe, companheira você precisa se colocar para cima e se cuidar. Aprender a se amar.

2 - Priorize-se. Não deixe-se para depois. Se você precisa se exercitar, encontre tempo. Se você precisa parar, pare. Se precisa de terapia, procure ajuda. Cuidar-se é um ato de amor para com você e para os outros. Quando você está no seu melhor, pode dar o seu melhor.

3- Cuide do intestino. Lembre que tudo está conectado. Se você não come direito o intestino não funciona bem. Quando estamos muito estressadas, produzimos cortisol e o intestino sofre. Se você toma um monte de remédios, as bactérias boas do intestino morrem. E, quando o intestino não funciona há menor absorção de nutrientes. Sem nutrientes, não produzimos hormônios, anticorpos, a pele perde elasticidade, o cabelo cai, o metabolismo desacelera, a memória piora. Por isso, práticas para redução do estresse são fundamentais. Descubra o que funciona para você. Pode ser yoga, meditação, ginástica, andar na praia, fazer bordado, pintar, cantar, dançar, fazer terapia, rezar…

4 - Cuide do seu sono. Estudos mostram que a privação de sono associa-se à desregulação metabólica. São observadas alterações significativas na atividade cerebral, o que aumenta, por exemplo, a compulsão alimentar, as chances de ganho de peso e gordura corporal, redução da sensibilidade à insulina, aumento do risco de diabetes (Zhu et al., 2019). Por isso cuidar da qualidade do seu sono é fundamental!

Só que para dormir bem à noite não basta desligarmos o celular mais cedo. A regulação do sono começa no momento em que acordamos. Uma vida saudável, a exposição ao sol, a alimentação adequada, a atividade física são fundamentais para que à noite o sono seja reparador. Quem come tarde demais e comidas pesadas desregula o ciclo circadiano. Com isso, inflamação aumenta e testosterona cai (Irwin et al., 2016).

Dá para suplementar melatonina, hormônio que regula o sono e reduz a inflamação. A melatonina não acaba com a menopausa, mas ajuda a mulher a sentir-se melhor, menos cansada durante o dia. Além disso, a melatonina também melhora a imunidade. O que é muito! O intestino também produz melatonina. Então, mais uma vez: cuide dele, comendo frutas, verduras, sementes, alimentos fermentados como o kefir. Se você tem intestino preso leia aqui minhas dicas favoritas.

A melatonina está presente em alimentos como cereja, uvas roxas, aveia, banana, hortelã e tomilho. Contudo, não vale comer na hora de dormir pois alimentação tarde da noite atrapalha o sono. Tente jantar até 20h. Para quem tem problema de tireóide vale também a pena suplementar a melatonina pois ela ajuda a tireóide a captar mais iodo e a produzir mais hormônio T3.

Quem dorme melhor também tem um intestino que funciona melhor. Está vendo que está tudo conectado? O intestino é mais que o local de absorção de nutrientes. Ele também produz serotonina e dopamina, hormônios relacionados ao prazer e felicidade.

5 - Coma comida de verdade!

Melancia protege mulheres na menopausa

As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte entre as mulheres que estão acima do peso e na menopausa. Um estudo mostrou que aquelas que consumiram melancia por seis semanas apresentaram melhorias em marcadores relacionados a aterogênese sem alterar a composição corporal e o controle glicêmico. ⠀

A melancia é uma fruta saudável, rica em licopeno e flavonoides com poder antioxidante, anti-inflamatório e cardioprotetor. É fonte também de citrulina, que ajuda na redução da pressão arterial. Fora isso, é rica em vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio...

Fonte: https://doi.org/10.1016/j.nutres.2020.02.005

Os sintomas da menopausa desaparecem com estilo de vida saudável. A mulher consegue voltar a sentir-se bem rapidamente, em 3 meses. Precisa de ajuda? Marque sua consulta aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/