Hemograma é importante para avaliação da gravidade por COVID

Em estudo publicado recentemente os pesquisadores avaliaram índices simples e compararam com a severidade dos pacientes (Erdogan et al., 2021). Foram eles:

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  • Razão neutrófilo/linfócito (NLR)

  • Razão linfócito/monócito (LMR)

  • Razão plaqueta/linfócito (PLR)

  • Razão linfócito/proteína C reativa (LCR)

O índice mais útil pareceu ser o NLR, seguido pelo PLR, que se elevam quanto maior é a gravidade do paciente. Razões neutrófilos/linfócitos maior que 3 estão mais associadas com evolução mais negativa do paciente (Neutrofilos mais que 3x o valor dos linfócitos no sangue).

As medidas de proteção devem continuar (uso de máscara, distanciamento social), assim como as medidas de qualidade de vida (dormir bem, descansar, fazer atividade física em ambiente aberto ou em casa, alimentar-se de forma saudável, praticar atividades de controle do estresse e redução da ansiedade).

No vídeo acima falei de duas variações genéticas que influenciam a susceptibilidade ao COVID-19. Existem também variáveis que podem contribuir para o plano de tratamento visando a recuperação dos infectados. Levando em conta o perfil inflamatório da doença e o papel dos nutrientes na imunidade, podemos avaliar:

  • Polimorfismos 🧬que indicam necessidade aumentada das vitaminas B e D, como os genes VDR e MTHFR;

  • Necessidade de antioxidantes, por meio dos genes SOD2, CAT, GPX1;

  • Tendência a resposta inflamatória aumentada, a partir dos genes IL6 e TNF;

  • Atividade das enzimas envolvidas na destoxificação, pelos genes EPHX1, CYP1A2 (fase 1), GSTM1 e GSTT1 (fase 2).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Diferença entre doença mental e déficit intelectual

A doença ou transtorno mental pode ser entendida como um conjunto de comportamentos e atitudes que geram danos na performance global do individuo, causando impactos na sua vida social, ocupacional, familiar e pessoal. A depressão é uma doença mental, mas a pessoa pode ter uma inteligência normal, alta, baixa, medida de acordo com o quoeficiente de inteligência, para adultos:

  • Q.I. acima de 130: superdotação

  • 120 — 129: inteligência superior

  • 110 — 119: inteligência acima da média

  • 90 — 109: inteligência média

  • 80 — 89: embotamento ligeiro

  • 66 — 79: limítrofe

  • 51 — 65: déficit intelectual leve

  • 36 — 50: déficit intelectual moderado

  • 20 — 35: déficit intelectual severo

  • < 20: déficit intelectual muito severo

As variações da inteligência possuem uma base genética, mas sofrem influência do contexto sócio-econômico, de estímulos diversos e da alimentação. A pessoa com deficiência intelectual caracteriza-se por ter um funcionamento intelectual inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.

Déficit cognitivo na síndrome de Down

Por exemplo, uma pessoa com síndrome de Down (SD) possui um déficit intelectual, mas não necessariamente uma doença mental. A maior parte das pessoas com SD possui um QI entre 35 e 55, sendo que, quanto menor é o QI maior a dificuldade de comunicação e adaptação ambiental.

Slide do Dr. Alberto Costa (Cleveland/USA) no X simpósio internacional sobre T21 (dia 21/11/2020).

Slide do Dr. Alberto Costa (Cleveland/USA) no X simpósio internacional sobre T21 (dia 21/11/2020).

O déficit intelectual pode vir sozinho ou ser acompanhado, em algum momento da vida, de uma doença ou transtorno mental como ansiedade, depressão, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno afetivo bipolar, transtorno de personalidade borderline, etc.

Cuidado na interpretação do teste na SD

O resultados do teste de QI de uma criança com síndrome de Down deve ser analisado com cautela. Primeiro porque estes testes não são confiáveis antes dos 7 anos de idade. Segundo, os testes de QI tendem a subestimar as competências de indivíduos com síndrome de Down, principalmente quando os mesmos apresentam dificuldades na fala, o que dificulta a resposta a perguntas. Ademais, pontuações mais baixas não impedem que um indivíduo com síndrome de Down desenvolva competências de vida, não impede que possam cuidar de si próprios.

Por isso, utilize com prudência as informações de testes de inteligência. Ter baixa expectativa resulta em baixo estímulo, e claro, baixo desempenho. A intervenção precoce, os cuidados médicos e de saúde, o acesso à educação de qualidade, o amor, a aceitação social, a alimentação saudável associada à suplementação adequada geram contribuem para a aprendizagem em níveis cada vez mais elevados.

Há déficit cognitivo na Síndrome de Down? Sim! Mas em que medida o mesmo afetará o aprendizado e a vida? A resposta varia de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos com Síndrome de Down fazem novas aquisições de forma mais lenta do que crianças típicas, outras têm mais dificuldade em manterem-se concentradas por longos períodos. A memória pode não ser tão boa; podem existir também mais dificuldades em aplicar o aprendido em diferentes contextos.

Não tenho como dizer se uma criança com síndrome de Down será capaz de ler, fazer contas ou se chegará à faculdade pois existe uma ampla variação de competências entre as pessoas. Mas isso também existe entre as pessoas típicas. Aprendi a ler e escrever mas não aprendi a tocar violão. Existem diferenças individuais em nosso desenvolvimento social, emocional, psicológico, motor, linguístico...

Além disso, ao invés de nos preocuparmos com o que não sabemos podemos focar no que temos de melhor, em nossas competências únicas. No caso da pessoa com síndrome de Down é muito importante lembrar que a aprendizagem pode ser muito afetada por doenças, problemas auditivos e/ou visuais ou algum transtorno do espectro autista. Desta forma, o acompanhamento é fundamental para que o apoio chegue o quanto antes.

Por fim, a nutrição adequada não pode ser negligenciada. O desenvolvimento do cérebro depende de uma série de nutrientes incluindo fosfolipídios, ácidos graxos, colina, zinco, vitaminas B5, B6, B9, B12, aminoácidos como taurina, além de antioxidantes para proteção do tecido nervoso.

Tradução livre da letra do vídeo: "o padeiro contratou Simone e todo mundo viu que ela poderia fazer o trabalho. O advogado foi à padaria e viu Simone trabalhando. Contratou John porque o padeiro contratou Simone. O dentista foi ao advogado e viu John trabalhando. O dentista contratou Sophia porque o advogado contratou John, porque o padeiro contratou Simone. O fazendeiro foi ao dentista e viu Sophia trabalhando. Contratou Kate porque o dentista contratou Sophia, porque o advogado contratou JOhn porque o padeiro contratou Simone. O barbeiro foi à feira e viu Kate trabalhando. Contratou Paul porque o fazendeiro contratou Kate, porque o dentista contratou Sophia, porque o advogado contratou John, porque o padeiro contratou Simone. O padeiro foi ao barbeiro e viu Paul trabalhando. Ele não tinha ideia, mas foi graças ao seu primeiro movimento que o barbeiro que tudo aconteceu...”

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/