Cuidado integrativo para remissão da doença autoimune

O tratamento de qualquer doença autoimune é multidimensional. Se não for assim não funciona. Bons resultados dependem do somatório de um estilo de vida que leva em conta:

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NESTE CURSO você aprenderá os 3 ciclos de estratégias nutricionais, os suplementos, aprenderá protocolos para modulação da inflamação e conhecerá os benefícios de muitos alimentos funcionais e sua importância dentro da dieta. Fora isso, aprenderá a preparar receitas fáceis e antiinflamatórias que toda a família irá gostar. COMECE AGORA. A remissão é possível sim e você não precisa conformar-se com uma vida de antiinflamatórios, corticóides, dor e medo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Abordagem integrativa das doenças autoimunes

A autoimunidade é uma falha do sistema imune que faz com que as células reajam contra os tecidos do próprio corpo. Qualquer doença que resulte desse tipo de resposta é chamada de doença autoimune. Exemplos de doenças autoimunes são artrite reumatóide, psoríase, lúpus eritematoso sistêmico, vitiligo, tireoidite de hashimoto, doença celíaca, eczema, esclerose múltipla, síndrome de Sjögren e doença de Graves.

Doenças autoimunes são multifatoriais. Podem de decorrer de falhas de genes que controlam a apoptose (morte celular programada), da hiperativação de linfócitos, da desregulação na ação das células imunes ou de problemas hormonais. Além disso, gatilhos como estresse, infecções, contato com toxinas, dieta inapropriada, alergias, uso de medicamentos, metais pesados e disbiose intestinal podem desencadear, perpetuar ou agravar as doenças autoimunes.

Por serem complexas as doenças autoimunes requerem uma abordagem integrativa. Seguem dicas importantes de qualquer protocolo autoimune:

1o - Durma bem. Coma cedo, tome banho, relaxe à noite, desligue o celular. Cuide da sua higiene do sono. Pessoas que dormem pouco ou mal possuem o sistema imune mais desregulado, sentem-se mais cansadas e sem energia. Aproveite a quarentena, fique em casa e coloque o sono em dia.

2o - Movimente-se. O sedentarismo aumenta o risco de muitas doenças crônicas e aceleram a progressão das doenças autoimunes. A atividade física aumenta a quantidade de células T reguladoras, diminui a secreção de imunoglobulinas e equilibra Th1/Th2. Também ajuda a reduzir marcadores inflamatórios como IL-6 e induzir a resposta antiinflamatória (Sharif et al., 2018). Com isso, os pacientes sentem menos dores. O movimento é seguro para a maioria absoluta dos pacientes com doenças autoimunes. Ache uma atividade que goste de fazer e siga em frente.

3o - Cuide do seu intestino. Ele equilibra o sistema imune e vice-versa. Se o intestino não funciona o corpo permanece inflamado e não consegue defender-se contra invasores. Além disso, um mal funcionamento intestinal compromete a absorção de nutrientes essenciais para o reparo de células e para a regulação do sistema imune. Para o intestino funcionar bem capriche no consumo de fibras e alimentos fermentados. O caldo de ossos (caldo de mocotó feito em casa) e a maçã cozida com casca também são boas estratégias para quem está precisando cuidar do intestino. Converse também com o seu nutricionista sobre a suplementação de probióticos. Isto é especialmente importante para as pessoas fazendo uso de múltiplos medicamentos, que bagunçam o intestino.

4o - Suplemente vitamina D até que as concentrações plasmáticas fiquem entre 80 e 100 ng/ml. A vitamina D3 pode também ser suplementada com K2 e vitamina A. Estes micronutrientes atuam de forma sinérgica.

5o - Adote uma dieta antiinflamatória (sem leite e sem glúten, pelo menos nos primeiros meses de tratamento. Para grande parte dos pacientes com doenças autoimunes estes alimentos contribuem para maior permeabilidade intestinal, o que facilita a passagem para o sangue de substâncias não necessariamente benéficas. Além disso, não coma mais do que precisa. Comer demais, beliscar o tempo todo pioram o quadro nas doenças autoimunes.

6o - Consuma mais ômega-3. Este ácido graxo presente na chia, na linhaça e nos peixes do mar, com maior teor de gordura é um potente antiinflamatório. Suplementos de ômega-3 de boa qualidade também podem ser prescritos, com bons efeitos (Li et al., 2019).

7o - LOW FODMAP - Teste a dieta com baixo teores de fodmaps e inclua na suplementação enzimas digestivas caso tenha sintomas como constipação, diarreia, gases, dor abdominal ou alterações gastrointestinais não resolvidas. Após 90 dias de dieta os alimentos eliminados começam a ser reintroduzidos e testados. A calma é muito importante, especialmente para os pacientes com doença de Crohn, colite ulcerativa e síndrome do intestino irritável.

8 - Dê um tempo, pare, descanse. Nossa vida corrida não dá tempo para o corpo descansar e para as células se reparem. Aprenda a fazer nada, deitar na rede, meditar, praticar yin yoga… O importante é sair da roda vida e respirar fundo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

PACIENTES COM NEUROPATIA DEVEM PASSAR LONGE DO AÇÚCAR

Em texto anterior falei das neuropatias, doenças que afetam os nervos e os suplementos mais indicados no tratamento. Esta suplementação deve ser acompanhada de uma dieta de baixo índice glicêmico e antiinflamatória. Regular a imunidade, tratar a hiperpermeabilidade intestinal e adotar uma dieta antioxidante também são condutas essenciais.

As neuropatias são a consequência de muitas síndromes associadas à dor crônica. Nos organismos vivos, a dor e o desconforto tem como objetivo alertar o sistema nervoso sobre algo que anda mal. Pessoas com hiperglicemia (altos níveis de açúcar no sangue) geralmente também apresentam mais marcadores inflamatórios aumentados e mais dor.

Além da dor, a fadiga é muito comum, pois pâncreas não está bem, não consegue controlar a glicemia e acaba recrutando a supra-renal, que também entra em exaustão. O pior é que quando estes sistemas falham e a desregulação da glicemia torna-se realidade as pessoas tornam-se viciadas em açúcar e amido.

Movimentar o corpo também é fundamental e sei que é difícil quando a dor não para. Mas procure vídeos na internet específicos para pessoas com neuropatia, diabetes, dores. Aqui estão alguns (em inglês) de yoga1, yoga2, fisioterapia. Se preferir um curso de 1 ano em português comece aqui.

Controlar a inflamação, tratar o intestino, regular a supra-renal, movimentar-se com cuidado fazem parte do tratamento. Além dos suplementos discutidos neste outro artigo, zinco, vitamina C e probióticos devem entrar no combo de suplementos. Claro, quando a pessoa tem acesso a exames nutrigenéticos a individualização é muito maior e a eficácia do tratamento também. Para conversar sobre o tema entre em contato.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/