Genética e ambiente na saúde e doença | Terapia genética para inativação cromossômica?

Muitos distúrbios genéticos são causados ​​por versões defeituosas de um único gene. Na última década, os cientistas fizeram grandes avanços na correção dessas falhas por meio da “terapia genética” - usando vírus para infiltrar-se em versões funcionais dos genes afetados. Mas algumas condições apresentam desafios maiores. A síndrome de Down (SD), por exemplo, acontece quando as pessoas nascem com três cópias do 21º cromossomo, em vez dos dois habituais. Essa condição, chamada de trissomia, leva a centenas de genes anormalmente ativos, em vez de apenas um.

Não conseguimos evitar doenças comuns que acometem pessoas com SD corrigindo um único gene. Precisaríamos desligar um cromossomo inteiro. As mulheres já fazem isso. Como nascem com duas cópias do cromossomo X inativam uma delas para não dar problema de informação excessiva. Quem faz isso é o gene XIST.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Massachusett têm feito alguns experimentos com o gene XIST na tentativa de desligar o excesso de informações geradas pelo cromossomo 21 em pessoas com SD. Ao introduzir o gene XIST em células cultivadas em laboratório conseguiram silenciar a expressão de uma das três cópias do cromossomo 21 (Chiang et al., 2018).

Contudo, embora usar o XIST para inativar o cromossomo 21 fosse uma estratégia óbvia, também é arriscada. Se for inserido no local errado pode silenciar uma parte importante do material genético. A próxima fase da pesquisa passará para modelos animais, provavelmente camundongos. Não sabemos se em algum momento esta terapia genética chegará ao ser humano, mas vamos torcer para que este grupo de pesquisa encontre resultados brilhantes.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Entenda sua genética: quem é mais suscetível à infecção pelo coronavírus?

Aqui em Portugal o ano novo foi suspenso na tentativa de conter a disseminação do coronavírus. Ficar em casa, lavar bem as mãos e usar máscara ao sair são as medidas ainda indicadas. Contudo, muitas pessoas precisam sair para trabalhar e estudar e o número de caso não para de crescer. Enquanto aguardamos a vacina muitas pessoas perguntam-se que é mais suscetível geneticamente à infecção pelo coronavírus e suas complicações.

Para respondermos à esta questão precisamos avaliar minimamente dois genes: ACE2 e TMPRSS2. O vírus precisa se ligar a um receptor para que consiga invadir as células. Este receptor se chama ACE2 e é produzido em quantidades maiores ou menores por determinação do DNA de cada pessoa. Algumas pessoas possuem enzimas ACE2 com maior expressão, outras com menor expressão. Ter maior expressão significa que as enzimas ACE2 irão funcionar mais e, portanto, serão portas de entradas mais efetivas ao vírus.

Depois de entrar nas células o vírus pode fazer a pessoa ficar doente ou não. Para gerar a doença precisa ser ativado e isso acontece pela ação de outra enzima chamada serina protease transmembrana tipo II (TMPRSS2). Da mesma forma que a ACE2, a TMPRSS2 também possui seu grau de expressão determinado pelo DNA. Pessoas com maior expressão de variantes desta enzima ativam com maior facilidade o vírus, após este ter entrado nas céluas. A combinação de entrada com ativação é o ponto chave de nosso algoritmo que determina o quanto uma determinada pessoa pode ser infectada e ficar doente em comparação com outras.

Em minha clínica trabalho com o exame de suscetibilidades da empresa fulldna.

Em minha clínica trabalho com o exame de suscetibilidades da empresa fulldna.

O painel avalia também o tipo de complicações que a pessoa pode desenvolver a partir de seu perfil genético e se possui dificuldade de metabolização de nutrientes importantes para a imunidade.

No caso de necessidade aumentada (como é o caso desta paciente) indica-se suplementação.

No caso de necessidade aumentada (como é o caso desta paciente) indica-se suplementação.

É muito importante maximizar a capacidade antioxidante e a imunidade natural do corpo para prevenir e minimizar os sintomas quando um vírus ataca o corpo humano. Prevenir é obviamente mais fácil do que tratar doenças graves. Vitamina C e vitamina D são suplementos relativamente baratos e que melhoram a imunidade, reduzindo a gravidade das infecções. Outros nutrientes importantes são zinco, selênio, magnésio, vitamina A e vitamina E.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Doenças cardiovasculares em mulheres

O número de mulheres que morrem de doenças cardiovasculares é de sete a dez vezes maior do que o número de mulheres que morrem de câncer de mama. Mesmo assim, cuidar do coração não tem sido grande prioridade de muitas mulheres. Só que isto é importantíssimo. Sem esta bomba as células não recebem oxigênio e nutrientes e passam a funcionar cada vez pior. Entre os fatores de risco para doenças cardiovasculares estão pressão alta, níveis elevados de colesterol no sangue, diabetes, obesidade, sedentarismo e dieta inflamatória.

Os sintomas clássicos de um ataque cardíaco, ensinados nas escolas de medicina, são uma dor torácica terrível, como um elefante sentado em seu peito, com uma dor que geralmente se irradia pelo braço esquerdo, do ombro até o cotovelo. Os sintomas de doenças cardíacas em mulheres, entretanto, podem ser outras como falta de ar, cansaço inexplicável, dor nas costas ou pescoço, sensação de desmaio ou inchaço.

Mulheres que tiveram pré-eclâmpsia ou diabetes na gravidez também parecem estar em maior risco para futuros eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. Parto prematuro ou ter tido um bebê de baixo peso ao nascer para a idade gestacional também pode ser um marcador de doença cardiovascular. Contudo, mesmo mulheres que passaram por isso podem proteger o coração. A doença cardíaca é principalmente um problema de estilo de vida, o que significa que há muita esperança de redução de risco com dieta adequada, combate ao estresse, movimentação do corpo, yoga e meditação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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