Demência é associada a mais de 100 condições

A demência é um termo antigo usado para descrever o declínio cognitivo progressivo associado à mais de 100 condições de saúde. Atualmente o DSM-V sugere que troquemos a palavra demência por transtorno neurocognitivo (TNC).

O Azlheimer é o TNC mais comum, tendo como fatores de risco o envelhecimento, a história familiar, a genética (APOE-4, APP, PS-1, PS-2), lesões cranianas, problemas vasculares, trissomia do cromossomo 21.

No Alzheimer as células nervosas vão sendo gradualmente destruídas, afetando a memória, a habilidade de aprender, tomar decisões, comunicar ou fazer tarefas simples como colocar roupas ou comer. Apesar do Alzheimer não ser inevitável na Síndrome de Down todas as pessoas com a trissomia do cromossomo 21 estão sob maior risco. Assim, a prevenção é extremamente importante.

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Agora, confusão mental, prejuízo da memória, declínio de habilidade ou mudanças de personalidade também ocorrem devido à mudanças fisiológicas ou patológicas que vão acontecendo durante a vida. Por isso, o acompanhamento médico e nutricional regular é fundamental. Os sintomas acima podem ocorrer devido a perdas na capacidade de visão ou audição, problemas na tireóide, ansiedade, estresse, depressão, menopausa, interações entre medicamentos, efeitos colaterais de suplementos e medicamentos, intolerâncias ou alergias alimentares, infecções, apnea do sono e deficiência de vitamina B12.

Caso estas situações sejam descartadas um diagnóstico diferencial para o Alzheimer será solicitado. A partir das queixas do paciente ou dos familiares, serão feitos exames físicos, clínicos, bioquímicos e testes neuropsicológicos como o CAMDEX-DS ou DSQIID. Caso o diagnóstico seja fechado serão recomendados tratamentos que objetivam reduzir a velocidade de deterioração do cérebro. Medicamentos, intervenções não-farmacológicas (fisioterapia, atividade física, terapia ocupacional, nutrição, neuropsicologia etc) para maximizar o funcionamento cognitivo e o bem-estar, assim como a adaptação da pessoa e da família à doença são estratégias comuns.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Lesões por uso crônico do aparelho celular (telemóvel, em Portugal)

O aparelho celular revolucionou no século XI as formas de comunicação. Ao reunir muitas funcionalidades em um só lugar facilitou nossa vida de inúmeras maneiras. Com ele conseguimos telefonar, enviar mensagens por texto, áudio e vídeo, acessar a internet, nos divertimos e pesquisamos. Além da comunicação rápida com parentes e amigos muitas pessoas usam também os aparelhos para fechar negócios e para trabalhar de qualquer lugar do mundo.

Mas… o uso incessante do aparelho também pode comprometer a saúde. A luz emitida pela tela afeta o ritmo circadiano, eleva a produção de cortisol, reduz a produção de melatonina e atrapalha o sono. Também pode aumentar a ansiedade, o estresse e sintomas depressivos.

Usar o celular enquanto dirige um automóvel é proibido. Apesar disso, é muito comum e aumenta o risco de acidentes. Fora isso, os problemas ortopédicos devido ao mal uso do aparelho são cada vez mais comuns. A digitação constante pode desgastar cartilagens das articulações (osteoartrite) gerando dor. O uso excessivo do dedo polegar pode causar lesões nos tendões, aumentando a dor que pode subir até o antebraço. Para aliviar faça pausas durante o dia ou use comandos de voz.

Pressionar os botões com muita força pode causar inflamação ao redor dos tendões aumentando a dor, formigamento e dormência nos dedos das mãos. Olhar para um aparelho eletrônico por longos períodos também pode levar a dores no pescoço e nas costas. A má postura também pode irritar o nervo occipital, onde a coluna se conecta à base do crânio, o que pode causar dores de cabeça.

Para aliviar as dores no pescoço e proteger a coluna evite passar muito tempo olhando para baixo. A cabeça é pesada (por volta de 6 kg) e quanto mais inclinada está mais pressão exerce sobre o pescoço, aumentando o risco de lesões.

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Para proteger-se use o celular em uma posição mais alta. A cada 1 hora pratique alguns alongamentos simples como a rotação dos ombros e pescoço. Em caso de muita dor procure um médico. Mas lembre-se: o uso de relaxantes musculares e analgésicos trata apenas sintomas e não a causa, que é o uso constante dos eletrônicos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Permanecer sentado o dia todo faz mal também para o cérebro

Nossas atividades cotidianas exigem que permaneçamos sentados por muito tempo, seja na escola, durante o transporte, no trabalho, na universidade, enquanto aguardamos uma consulta médica, ao assistirmos TV ou jogarmos videogames.

Durante todas estas atividades o cérebro está em pleno funcionamento e, por isso, consome muita energia na forma de glicose. O interessante é que tanto a falta quanto o excesso de glicose prejudicam o funcionamento cerebral e aumentam o risco de demência. Níveis mais estáveis mantém a saúde do cérebro.

Para quem passa 8 horas diariamente na posição sentada precisa fazer entre 60 e 75 minutos de atividade física de moderada a rigorosa para compensar o aumento do risco de morte prematura. Parece muito exercício para você? Não preocupa-se. Esta atividade pode ser fracionada durante o dia. Você pode caminhar por 10 minutos após o café da manhã, almoço e jantar (aqui já são 30 minutos!). Você também pode voltar caminhando do trabalho ou escola ou fazer yoga quando chegar em casa.

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Com a glicose dentro da faixa ideal, a memória melhora, a pressão é mantida sobre controle e os vasos do cérebro permanecem saudáveis.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/