Tratamento nutricional da dermatite atópica
A dermatite atópica é uma condição inflamatória da pele, caracterizada por vermelhidão, prurido (coceira) e lesões eczematosas (foto). Afeta principalmente crianças, sendo que 60% desenvolvem a doença antes dos 5 anos de vida. O tratamento envolve o afastamento dos fatores irritantes, como alérgenos alimentares, hidratação adequada da pele e controle da inflamação com medicamentos, como antihistamínicos e corticosteróides. Como não há cura definitiva, pesquisadores têm buscados em terapias complementares uma alternativa para alívio dos sintomas. No que se refere à nutrição, sabe-se que alimentos alergênicos como leite, aditivos alimentares, trigo, soja, peixes, ovos, amendoim e ovos são importantes responsáveis pelos sinais da dermatite atópica. A exclusão destes alimentos reduz as manifestações dermatológicas em mais de 50% das crianças.
Probióticos (bactérias boas), principalmente bifidobactérias e L. rhamnosus HN001 (Voigt, & Lele, 2022), tem sido administrados nestes casos, pois possuem ação imunomodulatória sobre o sistema imune adaptativo e inato intestinal, melhorando a barreira mucosa intestinal e reduzindo a produção de substâncias inflamatórias no trato digestório. Outro suplemento indicado é o ácido gama-linolênico (GLA), presente nos óleos de borragem e prímula. O mesmo possui efeitos antiinflamatórios na pele, diminuindo a coceira e o ressecamento. Quantidades devem ser discutidas com nutricionistas.
Em adultos existem estudos com fitoterápicos, como o chá de oolong, o ginseng, a erva de São Cristóvão e o alcaçuz, com bons resultados. Porém, outras pesquisas ainda são necessárias para avaliação da eficácia clínica e segurança, principalmente quando administradas por longos períodos.
Outra grande promessa, no tratamento da dermatite atópica, é a vitamina D. A mesma facilita a cicatrização das feridas e reduz a síntese de substâncias inflamatórias. Alimentos ricos em antioxidantes, como a vitamina A, vitamina E e zinco estão indicados.
Fonte: Oliveira, D. Abordagem nutricional funcional no tratamento da dermatite atópica. Revista Brasileira de Nutrição Funcional, ano 14, ed. 58, p. 8-15. 2014.
Coma mais frutas e verduras!
Especialistas do University College London divulgaram estudo esta semana, no qual recomendam o aumento do consumo de frutas e verduras de 5 para 7 porções ao dia. A pesquisa liderada pela Dra. Oyinlola Oyenbode analisou os registros alimentares de 65.000 pessoas e revelou após 8 anos de pesquisas que quanto maior é o consumo de frutas e vegetais frescos, menor é o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e câncer. O consumo de 7 ou mais porções de frutas e vegetais por dia foi associado a um risco 42 % menor de morte por todas causas. Ele também foi associado com um risco 25 % inferior de câncer de intestino e 31 % menor risco de doença cardíaca ou acidente vascular cerebral. O estudo mostrou que as verduras e legumes parecem ter um efeito protetor superior às frutas.
No Brasil, assim como nos EUA e na Inglaterra, as campanhas incentivam o consumo de 5 porções de frutas e verduras ao dia. Porem, por aqui, apenas 20,2% da população consome a esta recomendação de 5 porções ou mais de frutas e verduras diariamente (Brasil, 2012).
Insira mais frutas e verduras no seu cardápio e na alimentação de sua família, seguindo as dicas:
1. Faça recheios naturais para seu sanduíche, omelete, lasanha ou pizza. Alface, cenoura, beterraba, espinafre, brócolis, pimentões, tomates, ervilhas, cogumelos e abobrinha, são algumas possibilidades.
2. Vitaminas feitas com leite desnatado ou extratos (como o de soja e o de amêndoa) e uma fruta da estação (banana, morango, abacate, mamão) são opções saudáveis para o café da manhã ou lanches.
3. Teste receitas de sucos com frutas e verduras.
4. Inclua vegetais coloridos diariamente em sua salada.
5. O tempo esfriou? Que tal uma sopa de legumes quentinha?
6. Deixe as frutas sempre lavadas e à mostra para não esquecê-las na hora de sair.


