Fast food e a saúde de seus filhos

Um novo estudo sugere que crianças em idade pré-escolar (menores que 6 anos) preferem o sabor de alimentos e bebidas dos alimentos quando os mesmos estão dentro de embalagens da cadeia de Fast Food McDonald's. A pesquisa divulgada no exemplar de agosto do Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, busca entender a influência do marketing nos hábitos e preferências das crianças. A indústria de alimentos e bebidas gasta mais de 10 bilhões de dólares anualmente em marketing direcionado às crianças, apenas nos EUA. Já aos dois anos, as crianças alimentam preferências e crenças no que diz respeito a determinadas marcas e com seis anos podem reconhecê-las e determinar a que cadeia de fast food cada produto pertence.

O pesquisador Thomas N. Robinson e seus colaboradores da Universidade Stanford na Califórnia entrevistaram 63 crianças entre 3 e 5 anos. Cada criança provou 5 pares de embalagens com alimentos e bebidas do McDonald´s. Apesar de todos os alimentos serem da mesma cadeia de fast food apenas metade dos mesmos estavam nas embalagens fornecidas pelo fabricante.

No total as crianças fizeram mais de 300 comparações. Os resultados mostraram que:

  • Em média, as crianças preferiram o sabor dos alimentos e bebidas que estavam dentro das embalagens do McDonald's (4 em cada 5 testes);

  • Crianças que assistiam mais TV e as que visitavam o McDonald's mais frequentemente mostraram maior preferência pelos mesmos alimentos quando estavam dentro da embalagem da marca.

Este estudo mostra que o marketing realmente exerce um grande poder de atração sobre as crianças e que, por isso, justifica-se uma maior regulação do governo sobre as propagandas de alimentos com alto conteúdo calórico, pobre em vitaminas e minerais e ricos em açúcar.

10 estratégias para melhorar a alimentação da criançada

(1) aprender de onde o alimento vem (levar à feira, à fazenda, à horta...),

(2) plantar,

(3) agradecer pelos alimentos,

(4) deixar alimentos saudáveis à vista,

(5) dar o exemplo,

(6) oferecer o alimento de várias maneiras (cozido, assado, grelhado, purê, amassado, batido, etc),

(7) consumir alimentos coloridos diferentes e da estação,

(8) beber água,

(9) ter paciênica - comer é um processo de aprendizagem complexo,

(10) comer junto - manter a rotina, com o horário de refeições da família.

Aprenda mais nos cursos online:

Caso queira ler o artigo na integra procure por: "Effects of Fast Food Branding on Young Children's Taste Preferences." Thomas N. Robinson; Dina L. G. Borzekowski; Donna M. Matheson; Helena C. Kraemer. Arch Pediatr Adolesc Med. 2007;161:792-797. Vol. 161 No. 8, August 2007.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Você precisa de suplementos?

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O consumo de suplementos nutricionais movimenta bilhões de dólares todos os anos. Apenas nos EUA, 150 milhões de americanos declaram-se consumidores de suplementos como complexos vitamínicos e/ou minerais, suplementos para atletas e esportistas, suplementos para emagrecimentos e vários tipos de ervas.

Porém, nem todos precisam gastar com suplementos já que a alimentação é capaz de fornecer os nutrientes de que precisamos. A necessidade de um suplemento dependerá, portanto, dos alimentos que você consome, do quanto seu organismo absorve, de condições médicas específicas, do estágio da vida em que você se encontra (por exemplo, gestação, lactação, infância etc) e dos medicamentos que você toma rotineiramente.

Os suplementos não são substitutos para uma dieta balanceada e saudável. Porém alguns indivíduos realmente beneficiam-se dos mesmos. É o caso das gestantes (que precisam consumir o ácido fólico), de indivíduos em dietas muito restritas (como os veganos), aqueles com doenças de má-absorção intestinal ou pessoas que passaram por cirurgias bariátricas.

É importante que você discuta suas necessidades com seu nutricionista, especialmente se estiver utilizando alguma medicação já que vários remédios interferem na absorção de nutrientes essenciais ao bom funcionamento de nosso organismo.

PACIENTES BARIÁTRICOS PRECISAM SUPLEMENTAR SEMPRE

Pacientes que passaram por cirurgia de redução de estômago para tratamento de obesidade ou diabetes precisam suplementar sim. Sua dieta e suplementação dependerão se seu estado nutricional, tipo de procedimento realizado e presença de outras co-morbidades. Mas, de forma geral, temos esta indicação de suplementação:

A recomendação da Associação Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica é que cada dose de polivitamínico precisa conter:

  • Zinco 15mg

  • Ácido fólico 400mcg

  • Biotina 30mcg

  • Vitamina K 120mcg

  • Selênio 34mcg

  • Ferro 18mg

  • Cobre 2mg

Precisa de ajuda na sua dieta e suplementação? Marque aqui sua consulta online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Da BBC Brasil: Produto Diet podem causar obesidade em crianças

Produtos de dieta para crianças podem, em vez de controlar o peso, aumentar o risco de obesidade, afirma uma pesquisa realizada pela Universidade de Alberta, no Canadá.

O estudo, publicado na revista científica Obesity, realizou testes com ratos de laboratório em que os roedores foram tratados com comidas de baixa caloria.

Os pesquisadores treinaram ratos jovens para relacionar o gosto da comida ao valor calórico e perceberam que, ao notarem que os alimentos tinham poucas calorias, os roedores comeram mais do que o necessário para compensar.

O consumo das versões de baixa caloria de produtos que normalmente têm alto teor calórico pode desregular a habilidade natural do corpo de controlar a ingestão de energia através do gosto dos alimentos.

Dieta balanceada

De forma semelhante, estimam os pesquisadores, crianças que fazem dieta podem acabar comendo mais das comidas de baixa caloria e aumentar o peso.

David Pierce, líder da pesquisa, disse que uma dieta balanceada, combinada com exercícios físicos, é a melhor forma de manter as crianças em forma e saudáveis.

“Com base no que aprendemos, é melhor que as crianças comam de forma saudável, com dietas balanceadas que contenham calorias suficientes para suas atividades diárias e evitem lanches ou refeições com baixas calorias.

E acrescentou: "Comidas de dieta provavelmente não são uma boa idéia durante a fase do crescimento”.

Os estudiosos também perceberam que, ao contrário dos mais novos, os ratos mais velhos não apresentaram a mesma tendência e comeram menos.

Isto porque, acreditam os pesquisadores, eles foram capazes de identificar através do gosto o nível do valor energético dos alimentos e ingerir a quantidade certa de energia.

Artigo publicado no site da BBC Brasil: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/08/070808_dietaobesidade_fp.shtml
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/