O calor proporcionado pelas pimentas sempre foi um mistério evolutivo, já que as plantas produzem seus frutos para estimular o consumo pelos animais que por sua vez dispersam as sementes. Assim, não faz sentido uma fruta ser doloridamente quente. Porém, de acordo com uma nova pesquisa publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences as pimentas tem uma ótima razão para serem picantes e quentes já que isto confere proteção às plantas.
Na Bolívia a principal causa de morte das pimentas são um fungo denominado Fusarium. O fungo invade as frutas e destrói as sementes antes das mesmas poderem ser ingeridas e dispersadas. Capsaicina, um composto que dá a qualidade picante e quente das pimentas diminui drasticamente o crescimento de microorganismos e protege a fruta do Fusarium. O mais interessante é que apesar de mamíferos como a raposa não consumirem pimentas, devido a estas características picantes e quentes, os pássaros não tem o equipamento para detectar o composto e continuam a consumir a fruta, dispersando posteriormente as sementes pelo ambiente.
Além disso, a capsaicina também é considerado um nutriente funcional pois proporciona ao nosso organismo benefícios que incluem o combate aos radicais livres, funções expectorante, descongestionante e bactericida, além de acelerar o metabolismo facilitando o emagrecimento. Porém cuidado com consumo excessivo, principalmente se tiver gastrite, pois a capsaicina é um irritante de mucosas.
Autores do estudo: Joshua Tewksbury, Levey, Karen Reagan, Noelle Machnicki, Tomás Carlo, David Haak, Alejandra Lorena Calderón Peñaloza.
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