O estresse oxidativo resulta de um desequilíbrio entre radicais livres e sistemas antioxidantes, podendo afetar negativamente a função ovariana, a qualidade dos oócitos e a receptividade endometrial. Níveis elevados de radicais livres podem prejudicar a função endometrial, interferindo na implantação embrionária e na manutenção da gravidez.
As principais causas do estresse oxidativo incluem:
1. Fatores internos (endógenos)
Metabolismo celular: Produção natural de radicais livres durante a respiração celular e processos metabólicos.
Inflamação crônica: Resposta imunológica ativa gera ROS como subproduto, prejudicando células saudáveis. Pode ocorrer por infecção bacteriana, fúngica, disbiose intestinal, obesidade…
Desequilíbrios hormonais: Alterações nos hormônios sexuais podem aumentar a produção de radicais livres no sistema reprodutivo.
Idade: Com o envelhecimento, a eficiência dos sistemas antioxidantes diminui, favorecendo o estresse oxidativo.
2. Fatores externos (exógenos)
Exposição a poluentes: Fumaça, metais pesados e produtos químicos geram radicais livres.
Radiação: Raios UV e radiações ionizantes aumentam a formação de ROS.
Dieta inadequada: Baixa ingestão de antioxidantes (vitaminas C, E, selênio, zinco) e excesso de alimentos ultraprocessados ou gorduras saturadas.
Álcool e tabagismo: Aumentam a produção de radicais livres e diminuem a capacidade antioxidante.
Estresse físico ou emocional intenso: Pode alterar metabolismo celular e favorecer ROS.
Exercício físico extremo: Embora moderado seja benéfico, exercícios muito intensos aumentam a produção de radicais livres temporariamente.
3. Condições médicas associadas
Diabetes e obesidade: Alteram o metabolismo e geram excesso de radicais livres.
Infecções crônicas: Inflamação constante gera ROS.
Distúrbios reprodutivos: Condições como endometriose ou síndrome dos ovários policísticos estão associadas a aumento do estresse oxidativo endometrial e ovariano.
Minerais com Propriedades Antioxidantes
Diversos minerais desempenham papéis cruciais na defesa contra o estresse oxidativo:
Magnésio: Atua como cofator em mais de 600 reações enzimáticas, incluindo a função antioxidante. O magnésio apoia a ovulação saudável e a função endometrial ao longo do ciclo menstrual, mitigando o estresse oxidativo.
Selênio: Protege os tecidos reprodutivos contra danos oxidativos, promovendo ovulação estável e preservando a função ovariana. Níveis ideais de selênio estão associados a melhores resultados de fertilidade.
Cobre: Fundamental na defesa contra o estresse oxidativo, atuando como cofator da enzima superóxido dismutase. Na reprodução feminina, suas propriedades antioxidantes protegem os oócitos e garantem a integridade celular.
Manganês: Atua como um antioxidante eliminador de radicais livres para proteger as estruturas celulares do estresse oxidativo e potencialmente melhorar o bem-estar reprodutivo feminino.
A manutenção de um adequado status nutricional é fundamental para a saúde reprodutiva e o bem-estar da mulher. Está com dificuldades menstruais ou para engravidar? Marque aqui sua consulta de nutrição.