A glutationa (GSH) e o cérebro
GSH é um tripeptídeo formado por glutamato, cisteína e glicina, atuando como antioxidante principal no sistema nervoso. Além da defesa antioxidante, regula sinalização celular, expressão gênica e diferenciação neuronal . No cérebro, níveis de GSH (~2–3 mM) são menores nos neurônios comparados às células gliais:
Síntese de GSH: o passo limitante
A etapa inicial é catalisada pela enzima glutamato–cisteína ligase (GCL), unindo glutamato e cisteína. A cisteína é o substrato limitante. A imagem mostra um caminho molecular que relaciona disfunções no transporte de cisteína com o estresse oxidativo e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Disfunção do EAAC1 e consequências
EAAC1 (Excitatory Amino Acid Carrier 1) é um transportador de aminoácidos, especialmente importante para o transporte de cisteína nos neurônios. Sua disfunção prejudica a entrada de cisteína nas células.
A cisteína é essencial para a produção de glutationa (GSH), um antioxidante crucial no cérebro. Menos cisteína significa menos substrato para formar GSH. Com menos GSH o estresse oxidativo aumenta!
Esse ciclo leva ao envelhecimento neuronal acelerado e é associado a doenças neurodegenerativas como Parkinson, Alzheimer e Huntington .
Estratégias terapêuticas
Garantir fontes de cisteína na dieta (peito de frango, carne de porco, carne de boi, ovos, peixe, tofu, amêndoas)
Suplementos como N‑acetilcisteína (NAC) podem fornecer cisteína independente de EAAC1 e aumentar GSH, mostrando efeitos neuroprotetores em modelos experimentais .
Suplementação de glutationa lipossomal.