O estudo intitulado "Sex differences between mid-life glycaemic traits and brain volume at age 70: a population-based study" investigou como as características glicêmicas na meia-idade influenciam o volume cerebral aos 70 anos, com foco nas diferenças entre os sexos.
O principal objetivo foi analisar se os níveis de glicose e outros marcadores metabólicos durante a meia-idade estão associados a alterações no volume cerebral na velhice e se essas associações diferem entre homens e mulheres.
Os pesquisadores utilizaram dados de uma coorte populacional, onde participantes tiveram suas características glicêmicas avaliadas na meia-idade e, posteriormente, realizaram exames de imagem cerebral aos 70 anos para medir o volume cerebral.
Foram analisados dados de 453 participantes (51% homens) da coorte britânica de nascimento de 1946. As medidas glicêmicas foram obtidas entre os 60 e 64 anos, incluindo glicose em jejum, HbA1c, resistência à insulina (HOMA2-IR) e função das células beta (HOMA-%B). Aos 69-71 anos, os participantes realizaram ressonâncias magnéticas para avaliar o volume cerebral total.
Principais Descobertas:
Mulheres: Níveis mais elevados de HbA1c, glicose em jejum e resistência à insulina na meia-idade foram associados a volumes cerebrais totais menores aos 70 anos. Por exemplo, a glicose em jejum apresentou uma associação significativa com a redução do volume cerebral (β* = -0.07; IC 95%: -0.13 a -0.01; P = 0.02).
Homens: Não foram encontradas associações significativas entre os marcadores glicêmicos e o volume cerebral.
Função das Células Beta: O HOMA-%B não apresentou associação com o volume cerebral em nenhum dos sexos.
O estudo conclui que mulheres podem ser mais vulneráveis aos efeitos adversos da hiperglicemia na saúde cerebral na velhice. Esses achados destacam a importância de monitorar e controlar os níveis de glicose na meia-idade, especialmente em mulheres, para prevenir a perda de volume cerebral e possíveis declínios cognitivos na velhice. Aprenda a cuidar do cérebro em https://t21.video