A proteína S é um anticoagulante natural que ajuda a prevenir a formação de coágulos sanguíneos. Ela atua em conjunto com a proteína C, inibindo fatores de coagulação. Um valor abaixo do intervalo de referência indica deficiência funcional de proteína S.
Riscos associados:
Uma deficiência funcional de proteína S pode aumentar o risco de trombose venosa, como trombose venosa profunda (TVP) ou embolia pulmonar (EP), especialmente se houver outros fatores de risco.
Possíveis causas de deficiência de proteína S:
Hereditária (genética) – forma congênita, mais comum em pessoas jovens com histórico de trombose.
Adquirida, por:
Doenças hepáticas (fígado)
Uso de anticoagulantes como varfarina
Síndrome nefrótica
Gravidez
Uso de anticoncepcionais hormonais
Infecções ou inflamações agudas
Deficiência de vitamina K
✅ O que fazer?
Procurar um médico, preferencialmente um hematologista.
Ele pode solicitar exames adicionais, como proteína C, antitrombina III, mutações genéticas (Fator V de Leiden, mutação da protrombina), etc.
Em alguns casos, pode ser necessário investigar parentes de primeiro grau (hereditariedade).
Do ponto de vista nutricional, embora a deficiência de proteína S funcional geralmente esteja ligada a causas genéticas ou clínicas, a alimentação pode contribuir indiretamente para melhorar a saúde do sistema de coagulação e reduzir riscos associados.
Foco principal: Apoiar a saúde cardiovascular e hepática, reduzir inflamação e garantir bons níveis de vitamina K
A proteína S é vitamina K-dependente, ou seja, o corpo precisa de vitamina K para sua produção e funcionamento.
Fontes de vitamina K1 (filoquinona):
Vegetais verdes escuros: couve, espinafre, brócolis, alface, rúcula
Chás verdes
Salsinha, manjericão, coentro
⚠️ Se você estiver usando anticoagulantes (ex: varfarina), o consumo de vitamina K deve ser constante e monitorado, não aumentado sem orientação médica.
Fontes de vitamina K2 (menaquinona):
Natto (soja fermentada), queijos duros, ovos, carne de fígado, frango
Produzida por bactérias intestinais → saúde intestinal também é importante
2. Reduzir inflamação sistêmica (dieta anti-inflamatória)
A inflamação pode impactar negativamente a função de proteínas anticoagulantes.
Inclua:
Peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha)
Oleaginosas (nozes, castanhas)
Azeite de oliva extravirgem
Frutas vermelhas e cítricas (ricos em antioxidantes)
Legumes e verduras variados
Evite ou modere:
Alimentos ultraprocessados
Açúcares simples
Gorduras trans (presentes em frituras e industrializados)
3. Apoiar o fígado
O fígado produz a proteína S, então sua saúde é essencial.
Reduza o consumo de álcool
Evite excesso de medicamentos sem prescrição
Mantenha um peso corporal saudável
Consuma alimentos hepatoprotetores:
Alcachofra, cúrcuma (açafrão-da-terra), chá de dente-de-leão (com orientação)
Vegetais crucíferos (brócolis, couve-flor, couve)
4. Saúde intestinal
A microbiota participa da produção de vitamina K2.
Alimentos fermentados: kefir, iogurte natural, chucrute, kimchi
Fibras prebióticas: aveia, banana verde, linhaça, alho, cebola, aspargos
5. Manter hidratação e atividade física
A boa circulação depende também de sangue fluido e movimento corporal.
Essas estratégias não substituem o tratamento médico, mas complementam e ajudam a melhorar o estado geral, sobretudo em deficiências adquiridas.