A imagem do artigo "Crosstalk between Oxidative Stress and Inflammation Caused by Noise and Air Pollution—Implications for Neurodegenerative Diseases" mostra como o estresse causado por ruídos ambientais (ocupacionais, rodoviários, ferroviários, aeronáuticos) pode levar a processos de neuroinflamação, estresse oxidativo e neurodegeneração.
Ruídos altos (da rua, de aeronaves, no trabalho ou mesmo atividades de lazer podem gerar estresse por duas vias:
Via direta (alta intensidade sonora) → pode causar:
Perda auditiva
Distúrbios do sono
Via indireta (baixa intensidade sonora) → causa:
Irritação
Dificuldades de comunicação
Distúrbios do sono
Impacto cognitivo
Corpo e cérebro estão interligados. Estruturas como ínsula, córtex pré-frontal medial (mPFC), hipotálamo, amígdala, hipocampo no cérebro e adrenal são afetadas.
Ativação do eixo HPA e Sistema Nervoso Central
Em situação de estresse o CRH (hormônio liberador de corticotropina) é liberado pelo hipotálamo, ativando a hipófise, que libera hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH estimula as glândulas adrenais a produzirem:
Catecolaminas (adrenalina, noradrenalina) – resposta do sistema nervoso simpático
Glicocorticoides (cortisol) – resposta endócrina
Inflamação e estresse oxidativo
As catecolaminas e glicocorticoides, especialmente em estresse crônico, causam ativação do NF-κB (fator de transcrição pró-inflamatório) e liberação de citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-1β). Isso leva a:
Neuroinflamação
Estresse oxidativo
Degeneração neuronal (risco aumentado de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson)
Ciclo vicioso
O estresse crônico gera resistência ao cortisol, uma resposta inflamatória exacerbada e mais dano neuronal. Ou seja, cuidar dos níveis de estresse é muito importante para envelhecermos com um cérebro saudável. Faça yoga, durma bem e reduza a carga de trabalho. Além disso, evite sons altos!