13 razões pelas quais os neurônios são sensíveis ao estresse oxidativo

O cérebro é particularmente vulnerável ao estresse oxidativo por várias razões, incluindo suas características biológicas e metabólicas únicas. Aqui estão 13 razões pelas quais o cérebro é suscetível ao estresse oxidativo:

  1. Alto Consumo de Oxigênio: O cérebro consome cerca de 20% do oxigênio do corpo, o que aumenta a probabilidade de produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). O alto uso de oxigênio gera radicais livres como subprodutos.

  2. Excitotoxicidade: A superativação dos receptores de glutamato (especialmente os receptores NMDA) pode levar ao influxo de cálcio, o que pode ativar várias enzimas que geram EROs, contribuindo para o estresse oxidativo.

  3. Excesso de glutamato: a captação excessiva de glutamato pelos receptores NMDA causa excitotoxicidade secundária à sinalização aberrante de Ca2+.

  4. Alta Atividade Metabólica: Os neurônios são metabolicamente ativos e usam grandes quantidades de glicose para gerar energia. Essa atividade gera subprodutos oxidativos, contribuindo para o estresse oxidativo.

  5. Atividade Mitocondrial: Os neurônios dependem fortemente das mitocôndrias para a produção de energia, mas a cadeia de transporte de elétrons mitocondrial também pode produzir EROs como subproduto da geração de ATP.

  6. Capacidade Regenerativa Limitada: Ao contrário de outros órgãos, o cérebro tem uma capacidade limitada de regenerar células danificadas, tornando o dano oxidativo mais impactante e mais difícil de reparar.

  7. Autoxidação de neurotransmissores: A dopamina reage com O2 para gerar e se autoxida gerando radicais livres.

  8. Defesa Antioxidante Baixa: Embora o cérebro possua algumas defesas antioxidantes, elas são menos abundantes em comparação com outros tecidos. Isso o torna mais vulnerável ao dano oxidativo quando os níveis de EROs aumentam. À medida que o cérebro envelhece, a eficiência de seus sistemas antioxidantes diminui ainda mais, tornando-o mais propenso ao estresse oxidativo e à neurodegeneração.

  9. Inflamação: A inflamação crônica no cérebro, como em doenças neurodegenerativas, pode aumentar o estresse oxidativo. A microglia e os astrócitos ativados liberam EROs como parte da resposta inflamatória.

  10. Presença de meais de transição, como manganês, ferro e cobre: O cérebro tem uma concentração relativamente alta de metais como ferro e cobre, que podem catalisar a produção de EROs por meio das reações de Fenton e Haber-Weiss, aumentando o estresse oxidativo.

  11. Composição de Ácidos Graxos: O cérebro contém uma grande quantidade de ácidos graxos poli-insaturados (AGPIs) nas membranas celulares, que são altamente suscetíveis à peroxidação lipídica quando expostos ao estresse oxidativo.

  12. Barreira Hematoencefálica: A barreira hematoencefálica restringe a entrada de muitos antioxidantes, que poderiam neutralizar os EROs, deixando o cérebro mais exposto ao dano oxidativo.

  13. Oxidação de RNA: além do RNA mensageiro, o cérebro também depende de RNAs não condificantes longos e microRNAs. O RNA é tão suscetível à oxidação quanto o DNA. A 8-oxo-guanina é um resultado da oxidação de DNA e RNA.

Esses fatores combinados como exposição a toxinas e genética tornam o cérebro altamente suscetível ao estresse oxidativo, que é um dos principais contribuintes para o envelhecimento e muitas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/