A desiodase tipo III (D3 ou DIO3) é responsável principalmente pela inativação dos hormônios tireoidianos. Embora sua função mais conhecida seja converter T3 (triiodotironina) em T3 reverso (rT3) e T4 (tiroxina) em T3 ou rT3, ela também desempenha outros papéis importantes no cérebro.
Funções da D3 no Cérebro:
Regulação dos Níveis Locais de Hormônios Tireoidianos
A D3 é altamente expressa no cérebro fetal e neonatal, onde protege os neurônios em desenvolvimento do excesso de hormônio tireoidiano (T3) ao inativá-lo. Em adultos, ela ajuda a regular os níveis de T3, garantindo um equilíbrio adequado para a função cerebral normal.
Neuroproteção e Plasticidade
A D3 é reativada em resposta a lesões cerebrais (por exemplo, isquemia, neurodegeneração ou hipóxia), reduzindo localmente os níveis de T3, o que pode ajudar na sobrevivência dos neurônios. Influencia a diferenciação neuronal e a plasticidade sináptica, afetando processos como aprendizado e memória.
Papel em Doenças Neurológicas
Aumento da atividade da D3 foi observado em condições como doença de Alzheimer, tumores cerebrais e transtornos psiquiátricos (por exemplo, depressão, esquizofrenia), o que pode levar a um estado de hipotireoidismo localizado no cérebro.
Portanto, embora a D3 converta T3 em T3 reverso, sua função vai além disso, envolvendo a regulação da disponibilidade dos hormônios tireoidianos, proteção dos neurônios e modulação da função e reparo cerebral.
Níveis adequados são importantes, mas expressão exagerada de desiodase tipo 3 gera inativação de hormônios da tireoide. Pode acontecer em doenças críticas (sepse, trauma, insuficiência cardíaca grave), diabetes, resistência insulínica, tumores de origem neural, hemangiomas hepáticos (levando a produção excessiva de D3), desnutrição severa, jejum prolongado, cirurgias e queimaduras extensas, overtraining. O resultado é um hipotireoidismo funcional. Aprenda mais: