Probabilidade de recorrência de gliomas

Um glioma é um tipo de tumor cerebral que se origina nas células gliais, que são células do sistema nervoso central responsáveis por dar suporte e proteção aos neurônios.

Os gliomas podem variar significativamente em termos de comportamento e prognóstico, dependendo do tipo específico de células gliais das quais se originam e do grau de agressividade do tumor.

A probabilidade de recorrência de glioma varia dependendo de vários fatores, incluindo o tipo e o grau do glioma, a extensão da ressecção cirúrgica e a eficácia dos tratamentos subsequentes, como radioterapia e quimioterapia. Aqui está uma visão geral:

1. Glioblastoma (GBM):

- O glioblastoma é o tipo mais agressivo e comum de glioma.

- A taxa de recorrência é muito alta, muitas vezes acima de 90%, tipicamente dentro dos primeiros dois anos após o tratamento inicial.

- O tempo médio de sobrevivência de pacientes com glioblastoma é em torno de 15-18 meses, apesar do tratamento agressivo. Para aumentar a sobrevida recomenda-se a dieta cetogênica em todos os tipos de gliomas.

2. Gliomas de Baixo Grau (Grau II):

- Esses gliomas crescem mais lentamente e têm uma taxa de recorrência menor em comparação com os gliomas de grau mais alto.

- As taxas de recorrência variam amplamente, mas podem ser aproximadamente 50% dentro de 5-10 anos após o tratamento.

- Fatores como idade mais jovem e ressecção cirúrgica completa podem melhorar o prognóstico.

3. Gliomas Anaplásicos (Grau III):

- Esses gliomas são mais agressivos do que os gliomas de baixo grau, mas menos agressivos do que os glioblastomas.

- As taxas de recorrência são altas, frequentemente em torno de 70-80%, tipicamente dentro de alguns anos após o tratamento.

4. Fatores que Influenciam a Recorrência:

  • Extensão da Ressecção Cirúrgica: A remoção mais completa do tumor reduz a probabilidade de recorrência.

  • Idade e Saúde Geral: Pacientes mais jovens e aqueles em melhor estado geral de saúde tendem a ter melhores desfechos.

  • Marcadores Moleculares e Genéticos: Certas mutações genéticas, como as mutações IDH1/2, estão associadas a um melhor prognóstico e taxas de recorrência mais baixas.

  • Tipo de dieta: em todos os estudos que analisaram a implementação da dieta cetogênica houve aumento da sobrevida em relação à dieta padrão ocidental.

5. Monitoramento Pós-Tratamento:

  • Ressonâncias magnéticas regulares são cruciais para a detecção precoce da recorrência.

  • A frequência do monitoramento varia, mas tipicamente envolve exames a cada 3-6 meses inicialmente, e depois com menos frequência se nenhuma recorrência for detectada.

  • O acompanhamento nutricional deve ser mantido

6. Tratamento da Recorrência:

- As opções incluem nova cirurgia, reirradiação e quimioterapia adicional, ajustes da dieta e suplementação.

- Ensaios clínicos também podem estar disponíveis e podem fornecer acesso a novas terapias.

Para uma probabilidade mais precisa adaptada a um caso individual, é essencial consultar um neuro-oncologista ou especialista médico, que pode considerar todos os fatores específicos e usar os dados clínicos mais recentes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/