A agregação e deposição de α-sinucleína (αS) são as principais características patológicas da doença de Parkinson, demência com corpos de Lewy, atrofia de múltiplos sistemas e outras α-sinucleinopatias. A propagação da αS no cérebro desempenha um papel fundamental no início e na progressão destas doenças.
Os oligômeros αS são espécies neurotóxicas e críticas na patogênese das α-sinucleinopatias. Uma forma de impedir a agregação é com a ingestão adequada de compostos fenólicos e tratamento da disbiose intestinal.
Miricetina, curcumina, ácido rosmarínico, ácido ferúlico, antocianinas e catequinas (como EGCG) são alguns dos compostos fenólicos antioxidantes, capazes de neutralizar radicais livres, ligar-se a metais pesados e inibir a agregação de αS.
Os polifenóis também possuem efeito prebiótico alimentando bactérias intestinais benéficas, o que reduz a inflamação e a neuroinflamação, melhora a imunidade e promove saúde metabólcia. Por sua vez, a microbiota intestinal saudável converte ativamente polifenóis alimentares em ácidos fenólicos, alguns dos quais são biodisponíveis, aumentando a resiliência a distúrbios neurológicos.
Os polifenóis presentes nos alimentos são geralmente conjugados com açúcares ou ácidos orgânicos, ou estão presentes como oligômeros não conjugados, como taninos condensados. Uma pequena quantidade da ingestão de polifenóis (cerca de 5–10%) pode ser absorvida no intestino delgado. Polifenóis mais complexos, especialmente oligoméricos e estruturas poliméricas, como taninos condensados ou hidrolisáveis, chegam ao cólon quase inalterados, onde são metabolizados pela microbiota intestinal junto com conjugados excretados no lúmen intestinal através da bile. O resultado é a geração de compostos menos complexos e mais disponíveis para a absorção.
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