A colina é uma vitamina essencial para todas as células. É necessária para a síntese de fosfatidilcolina e esfingomielina, que são os principais componentes da membrana plasmática. A colina também é um precursor do neurotransmissor acetilcolina e, por isso, existem transportadores (CTL) de colina por todo o sistema nervoso.
A colina é doadora de betaína, que está envolvida em várias funções biológicas importantes, como metilação. Betaína também é substrato para DNA e histona metiltransferases, e é, portanto, necessária para o estabelecimento e manutenção do epigenoma.
A betaína está envolvida, por exemplo, na regulação da concentração de homocisteína no sangue. Assim, a adequada ingestão de colina pode beneficiar a saúde cardiovascular ao reduzir a homocisteína no sangue.
Deficiência de colina
A síntese de colina de novo em humanos não é suficiente para atender às necessidades metabólicas; portanto, a ingestão de colina da dieta é necessária. Boas fontes alimentares de colina incluem ovos, carne, aves, peixes, vegetais crucíferos, amendoim e laticínios.
A deficiência de colina causa deposição anormal de gordura no fígado, o que resulta em uma condição chamada doença hepática gordurosa não alcoólica. Em algumas pessoas, a deficiência de colina causa danos musculares. Variantes genéticas, sexo e estado hormonal influenciam as necessidades individuais e, portanto, a suscetibilidade à doença hepática gordurosa induzida por deficiência de colina.
Para adultos, a ingestão recomendada é de 425 miligramas (mg)/dia para mulheres e 550 mg/dia para homens. A necessidade de colina provavelmente aumenta durante a gravidez. As recomendações de ingestão alimentar aumentam durante a gravidez para 450 mg/dia e durante a lactação para 550 mg/dia.
Estudos em animais mostraram que a colina é essencial para o desenvolvimento ideal do cérebro e influencia a função cognitiva na vida adulta. No entanto, mais estudos em humanos são necessários para afirmar que a suplementação de colina durante a gravidez melhora o desempenho cognitivo na prole ou que a suplementação de colina ajuda a prevenir o declínio cognitivo em pessoas mais velhas.
Embora os resultados dos estudos de intervenção sejam mistos, algumas evidências sugerem que o tratamento com citicolina (um derivado da colina) pode ser útil para melhorar a função da retina em alguns pacientes com glaucoma. A citicolina também foi estudada como um tratamento potencial para limitar os danos neurológicos em pacientes que sofreram derrame ou lesão cerebral traumática.
CUIDADOS NA SUPLEMENTAÇÃO DE COLINA
O excesso de colina, associa-se a concentrações sanguíneas elevadas de trimetilamina N-óxido (TMAO) e associa-se a maior risco de eventos cardiovasculares em alguns estudos observacionais.
O consumo excessivo de colina tem sido associado à maior sudorese, odor corporal de peixe e efeitos colaterais gastrointestinais. O nível de ingestão superior tolerável (UL) para adultos é de 3.500 mg/dia.
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