O jejum intermitente combinado com uma dieta rica em proteínas tem ganhado destaque como uma estratégia mais eficaz para perda de peso e gordura visceral em comparação à tradicional restrição calórica. Um estudo forneceu dados consistentes para sustentar essa abordagem. A pesquisa analisou 41 indivíduos divididos em dois grupos durante um período de 8 semanas: o primeiro grupo adotou uma dieta com maior teor de proteínas (35% do valor energético diário) associada ao jejum intermitente, enquanto o segundo seguiu uma dieta hipocalórica convencional.
Os resultados foram expressivos. O grupo que combinou o jejum intermitente com o consumo elevado de proteínas apresentou uma perda de peso significativamente maior, reduzindo em média 9% do peso corporal, em comparação aos 5% obtidos pelo grupo que seguiu apenas a dieta hipocalórica. Além disso, o impacto sobre a composição corporal foi ainda mais impressionante: a redução da massa gorda total foi de 16% no grupo do jejum e proteínas, contra 9% no grupo da dieta hipocalórica (Arciero et al., 2022).
Quando se trata da gordura visceral, que é um marcador de risco para diversas doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, a combinação de jejum intermitente e maior consumo proteico demonstrou ser especialmente eficiente. O grupo experimental reduziu a gordura visceral em impressionantes 33%, enquanto o grupo da dieta hipocalórica reduziu apenas 14%.
Outro aspecto importante abordado no estudo foi o desejo de comer. A sensação de fome é um dos principais desafios em qualquer programa de perda de peso, mas o grupo que combinou o jejum intermitente com a dieta proteica experimentou uma redução de 17% no desejo de comer, enquanto o grupo da dieta hipocalórica praticamente não apresentou mudanças nesse quesito, com apenas 1% de redução.
Esses resultados reforçam a ideia de que, além de ser uma ferramenta eficiente para perda de peso, o jejum intermitente aliado ao aumento do consumo de proteínas pode oferecer benefícios adicionais, como maior preservação da massa muscular e controle do apetite. É importante destacar, no entanto, que qualquer mudança alimentar deve ser acompanhada por profissionais de saúde, como médicos e nutricionistas, para garantir que a estratégia seja adequada às necessidades individuais.
Em resumo, o estudo comprova que a combinação de jejum intermitente e dieta proteica é uma abordagem mais eficiente do que a restrição calórica isolada para quem busca não apenas perder peso, mas também melhorar a composição corporal e reduzir a gordura visceral. Para quem deseja alcançar esses resultados, vale a pena considerar essa estratégia sob orientação profissional.