Causas e consequências da homocisteína alta

A hiper-homocisteinemia é uma condição marcada por níveis elevados de homocisteína no sangue, um aminoácido que, em excesso, está associado a diversos problemas de saúde. Normalmente, o corpo regula a homocisteína através de uma série de reações metabólicas dependentes de vitaminas do complexo B (como B6, B12 e ácido fólico). Quando esses processos falham, os níveis de homocisteína aumentam, podendo causar danos significativos ao organismo.

Principais Causas

  1. Deficiências Nutricionais: Baixas quantidades de vitaminas B2, B6, B12 e ácido fólico (B9) são uma das causas mais comuns. Esses nutrientes são essenciais para a metabolização da homocisteína, e sua falta pode levar ao acúmulo desse aminoácido.

  2. Consumo excessivo de metionina: este aminoácido está presente em mais altas quantidades na carne vermelha.

  3. Fatores Genéticos: Algumas mutações genéticas, como a das enzimas MTHFR e CBS, podem interferir no metabolismo da homocisteína, elevando seus níveis no sangue.

  4. Doenças Crônicas e Distúrbios Metabólicos: Condições como doenças renais crônicas, hipotireoidismo, anemia, tumores malígnos e diabetes tipo 2 podem dificultar a regulação da homocisteína.

  5. Uso de Medicamentos: Alguns medicamentos, como colestiramina (sequestrante de ácidos biliares), metformina (hipoglicemiante), metotrexato (imunossupressor), ácido nicotínico (niacina ou vitamina B3) em dose superior a 3g/dia, derivados do ácido fíbrico, anticonvulsivantes, pílulas anticoncepcionais orais) podem interferir no metabolismo da homocisteína, promovendo seu acúmulo.

Importância Patológica

A hiper-homocisteinemia é considerada um fator de risco independente para várias condições, incluindo:

  • Doenças Cardiovasculares: Níveis elevados de homocisteína podem danificar as paredes das artérias e aumentar a formação de coágulos, elevando o risco de infarto e AVC.

  • Distúrbios Neurológicos: Estudos associam homocisteína elevada a um risco maior de demência, Alzheimer e declínio cognitivo, devido a seus efeitos tóxicos sobre os neurônios.

  • Osteoporose: A homocisteína interfere na formação óssea, aumentando o risco de fraturas.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/