A serotonina, ou 5-hidroxitriptamina (5-HT), é um neurotransmissor crucial envolvido em diversas funções fisiológicas, como regulação do humor, sono, apetite e funções cognitivas. Ela é sintetizada a partir do aminoácido triptofano, e sua liberação ocorre principalmente em neurônios serotonérgicos do sistema nervoso central (SNC) e no trato gastrointestinal.
Síntese da Serotonina
A produção de serotonina envolve dois passos enzimáticos principais, ambos ocorrendo nos terminais nervosos dos neurônios serotonérgicos:
1.Conversão do Triptofano em 5-Hidroxitriptofano (5-HTP)
Enzima envolvida: triptofano hidroxilase (TPH).
Processo: A enzima TPH adiciona um grupo hidroxila ao triptofano, formando o 5-hidroxitriptofano (5-HTP). O triptofano é um aminoácido. Vêm de proteínas. Ou seja, proteína na dieta é importante. O triptofano está presente no peru, frango, ovos, queijos, amêndoas, nozes, semente de girassol, semente de abóbora, tofu, peixes.
Dependência de cofator: A TPH requer a presença de tetraidrobiopterina (BH4) como cofator. Esta enzima converte triptofano a 5-HTP e recebe apoio da vitamina B9 presente em vegetais verde escuros (como espinafre, couve), abacate. A vitamina D melhora a expressão da triptofano hidroxilase 2 no cérebro.
2. Conversão de 5-HTP em Serotonina
Enzima envolvida: descarboxilase de aminoácidos aromáticos (AAAD).
Processo: O 5-HTP sofre uma descarboxilação (remoção de um grupo carboxila), resultando na formação da serotonina. A enzima AAAD é dependente de vitamina B6 (piridoxina), presente em alimentos como peixes, batatas, banana, grão de bico.
Essas etapas acontecem rapidamente, garantindo uma produção constante de serotonina quando o triptofano está disponível.
Armazenamento e Liberação da Serotonina
Após sua síntese, a serotonina é transportada para vesículas sinápticas por meio do transportador vesicular de monoaminas tipo 2 (VMAT2). Este armazenamento é essencial para proteger a serotonina da degradação intracelular e prepará-la para a liberação.
A liberação ocorre em resposta à despolarização do neurônio serotonérgico. O processo envolve a chegada de um potencial de ação ao terminal nervoso, provocando a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem.
O influxo de íons cálcio promove a fusão das vesículas sinápticas com a membrana plasmática, liberando a serotonina na fenda sináptica. Fontes de cálcio incluem os laticínios, vegetais verde escuros, as amêndoas e sementes de gergelim.
A serotonina então se liga a receptores específicos (como 5-HT1, 5-HT2, etc.) na membrana pós-sináptica, iniciando a sinalização celular. O magnésio ajuda a regular a atividade dos receptores para serotonina e é crítico para a função nervosa adequada. O magnésio está presente em alimentos como vegetais verde escuros, amêndoas, castanha de caju, semente de abóbora, linhaça.
O ômega-3 é importante para a saúde das membranas dos neurônios e ajuda a regular a sinalização nos receptores. Peixes de água salgada, fria e profunda (salmão, sardinha, cavalinha) são interessantes na dieta.
Recaptação e Degradação da Serotonina
Após exercer sua função, a serotonina pode ser:
Recaptada pelo terminal pré-sináptico: O transportador de serotonina (SERT) remove a serotonina da fenda sináptica e a devolve ao terminal nervoso para reutilização ou degradação.
Degradada por enzimas: A monoamina oxidase (MAO) metaboliza a serotonina em ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA), que é eliminado do corpo.
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