O artigo The prebiotic effects of omega-3 fatty acid supplementation: A six-week randomised intervention trial teve como objetivo investigar os efeitos prebióticos da suplementação com ácidos graxos ômega-3 em humanos. O estudo buscou explorar como a suplementação com ômega-3 pode influenciar a composição e a atividade da microbiota intestinal, uma área de crescente interesse devido à sua relação com a saúde metabólica e imunológica.
A elegibilidade dos participantes incluiu aqueles com idade >18 anos que tinham um índice de massa corporal (IMC) entre 20 e 39,9 kg/m2 e tinham um baixo consumo habitual de fibras de menos de 15 g/d e não usavam óleo de peixe ou medicamentos antiinflamatórios.
Os participantes foram divididos para tomar 20 g de fibra de inulina ou 1 cápsula de ômega-3 diariamente (165 mg de EPA, 110 mg de DHA, em cápsulas de gelatina) por um período de 6 semanas. Durante o período da intervenção, amostras de fezes foram coletadas para analisar mudanças na microbiota intestinal e seus metabólitos, como ácidos graxos de cadeia curta, que são indicadores de atividade prebiótica.
Os resultados indicaram que a suplementação com ômega-3 teve um efeito positivo sobre a microbiota intestinal. Especificamente, observou-se um aumento nas populações de bactérias benéficas associadas a efeitos prebióticos, como Bifidobacterium e Lactobacillus. Além disso, houve um aumento nos níveis de ácidos graxos de cadeia curta, que são importantes para a saúde intestinal e geral.
Em resumo, o estudo concluiu que a suplementação com ácidos graxos ômega-3 pode promover um efeito prebiótico, melhorando a composição e a função da microbiota intestinal. Isso sugere que os ômega-3 não só possuem benefícios diretos para a saúde cardiovascular e inflamatória, mas também podem modular positivamente o microbioma intestinal.
Enquanto gordura saturada reduz bacteroidetes e aumenta proteobacterias, o omega-3 tem ação positiva ajudando a restaurar a composição da microbiota saudavel, aumenta a produção de compostos antiinflamatórios, restaura a proporção de firmicutes/bacteroidetes e aumenta a taxa de Lachnospiraceae - associados a aumento de ácidos graxos de cadeia curta antiinflamatórios, especialmente butirato.
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