Uma forte relação tem sido demonstrada entre diabetes mellitus (DM) e estresse psicológico. O DM, um distúrbio metabólico crônico, resulta da combinação de resistência à insulina e secreção insuficiente de insulina pelas células β pancreáticas. Em indivíduos geneticamente suscetíveis, o DM tipo 1 é geralmente caracterizado pela resposta autoimune às células β pancreáticas.
Enquanto o estresse agudo é benéfico e protetor, o estresse crônico está ligado à uma série de questões de saúde. O estresse agudo (momentâneo): melhora a imunidade inata, aumenta a resposta inflamatória para combate a patógenos, gera adaptação quando o estresse termina (deixa o corpo mais forte). Já o estresse crônico enfraquece a imunidade, consome nutrientes excessivamente e prejudica as defesas intracelulares, gera uma resposta inflamatória exacerbada (associada a asma, alergias, doenças autoimunes), provoca perda de equilíbrio de células T reguladoras, provoca menor sensibilidade das células imunes ao cortisol, prolongando a resposta pró-inflamatória.
Possivelmente, esses processos autoimunes são desencadeados por certos fatores adquiridos/ambientais, como estresse de células β, rápido crescimento somático (hipótese aceleradora), infecções virais e/ou menor exposição a agentes infecciosos na infância (hipótese da higiene).
A hipótese do estresse sugere que vários fatores psicológicos podem comprometer o funcionamento das células β pancreáticas. Processos inflamatórios e queda da imunidade são comuns após a exposição ao estresse psicológico crônico ou agudo, induzido por hormônios como cortisol, epinefrina (EP) e norepinefrina (NE) ou ativação do sistema renina-angiotensina.