A dieta cetogênica é um padrão alimentar com alto teor de gordura, com o intuito de favorecer a cetose. A cetose é o estado metabólico definido pela elevação dos corpos cetônicos. Caracteriza-se por níveis sanguíneos do corpo cetônico primário, beta-hidroxibutirato (BHB), acima de 0,5 mmol/L. Com exceção da cetose induzida por meio de suplementos exógenos de cetona, essa mudança metabólica ocorre em níveis baixos de glicose e, portanto, baixos níveis de insulina.
Para atingir a cetose a dieta pode ser:
1:1, uma parte de gordura para uma parte de carboidrato + proteína. É uma dieta menos restrita. Aqui cabem alguns tubérculos.
2:1, duas partes de gordura e uma parte de carboidrato + proteína. Quanto maior é o teor de gordura da dieta, menos carboidratos esta dieta terá.
3:1, três partes de gordura e uma parte de carboidrato + proteína adequada para as necessidades nutricionais do paciente.
4:1 é a dieta cetogênica clássica, muito utilizada na dieta de crianças menores, com epilepsia de difícil controle. Contém 4 partes de gorduras, para uma parte de carboidrato + proteína. É uma dieta bem mais restrita, com cerca de 90% das calorias vindas das gorduras.
Existem também frações intermediárias, como 1,5:1, 2,5:1, etc. A fração escolhida dependerá do efeito esperado. Por exemplo, se a redução do número de crises convulsivas não ocorre na fração 1:1, a quantidade de gordura é aumentada. Se a redução ocorre na fração 2,8:1 é nesta fração que o paciente permanecerá durante o tratamento. Aprenda mais sobre o tema na plataforma https://t21.video.