O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, quatro vezes maior entre meninos do que entre meninas. O transtorno pode ser acompanhado de comorbidades incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, bem como comportamentos desafiadores, problemas de sono ou agressividade.
Causas do autismo
Cerca de 80% dos casos de autismo é hereditário. Ou seja, a criança herda variações genéticas de pai e/ou mãe. Podem ocorrer também novas mutações que não existiam nos pais em aproximadamente 18% dos casos. Cerca de 2% dos casos devem-se a questões ambientais, como infecções, uso de maconha ou ácido valproico na gestação, deficiências nutricionais. prematuridade.
Estudos recentes também mostraram que fatores epigenéticos, incluindo metilação do DNA, modificações de histonas e microRNAs (miRNAs), poderiam desempenhar um papel importante na predisposição ao autismo, especialmente quando existem deficiências nutricionais importantes ou exposição a xenobióticos (metais pesados, poluentes, pesticidas).
Todos estes fatores desempenham um papel vital na etiologia do autismo. Mudam o desenvolvimento do córtex, a formação, maturação e funcionalidade das sinapses, além da conectividade dendrítica. O diagnóstico precoce requer uma avaliação multidisciplinar conjunta. Intervenções comportamentais direcionadas e tratamento farmacológico (no caso de comorbidades) podem reduzir o comprometimento social e a instabilidade emocional.
Deficiências de micronutrientes, incluindo vitaminas e oligoelementos durante a gestação, têm sido associadas a um risco aumentado de TEA. Por exemplo, um estudo sueco descobriu que a deficiência materna de vitamina D está associada ao risco de TEA com deficiência intelectual. A deficiência de ferro, comum em mulheres grávidas, também foi associada a um risco cinco vezes maior de TEA, especialmente na presença de outros factores de risco.