O propionato é um ácido graxos de cadeia curta (AGCC), produzido pelas bactérias do intestino humano a partir da fermentação das fibras da dieta. Os principais ácidos graxos de cadeia curta consistem nos ácidos graxos benéficos (derivados de fibras/carboidratos) acetato, propionato e butirato, e os ácidos graxos putrefativos (derivados de proteínas) valerato, isovalerato e isobutirato.
Dos três principais ácidos graxos benéficos listados acima, o acetato normalmente representa pelo menos metade do total (50 a 80%), enquanto butirato enquanto butirato e propionato representam 10 a 20% dos AGCC benéficos produzidos.
O propionato tem efeitos de amplo alcance na fisiologia
Falei do butirato em outros artigos e hoje vamos conhecer os efeitos benéficos do propionato:
Estimula as contrações da musculatura lisa intestinal, reduzindo o risco de prisão de ventre;
Aumenta a secreção de muco, protetor das células do intestino;
Promove a expressão de peptídeos antimicrobianos;
Dilata as artérias colônicas;
Aumenta a liberação de serotonina das células endócrinas intestinais.
Equilibra o pH intracelular;
Melhora a saúde mitocondrial e o metabolismo lipídico;
Influencia positivamente a expressão gênica;
Contribui para a regulação do peso, especialmente por suas propriedades anti-inflamatórias;
Ajuda a regular os níveis de colesterol.
Baixos níveis de propionato indicam uma disbiose intestinal e associam-se a desregulações metabólicas. Sintomas da falta de proprionato incluem inflamação, ganho de peso, aumento de colesterol, falta de energia, prisão de ventre e outros problemas digestivos.
Por outro lado, o excesso de propionato também pode ser problemático. Na acidemia propiônica, um erro genético do metabolismo, o acúmulo de propionato está associado ao seguinte à atraso do neurodesenvolvimento, especialmente autismo, acidose metabólica, convulsões, aumento do estresse oxidativo, disfunção mitocondrial, síndrome do intestino irritável.