As doenças autoimunes são condições nas quais o sistema imunológico danifica erroneamente as células saudáveis do corpo. Em resposta a um gatilho desconhecido, o sistema imunológico pode começar a produzir anticorpos que, em vez de combater infecções, atacam os próprios tecidos do corpo.
Tipos comuns de doenças autoimunes
Existem mais de 100 tipos de doenças autoimunes e, apesar da heterogeneidade das mesmas, essas condições compartilham mecanismos imunopatogênicos comuns, permitindo seu agrupamento. Afetam aproximadamente 5% da população mundial e possuem etiologias variadas.
Causas das doenças autoimunes
A influência da exposição ambiental no risco de desenvolver uma doença autoimune é fundamental. O ambiente, mais do que a genética, molda o sistema imunológico. Tudo o que passamos ao longo da vida, externa e internamente, interage com fatores hereditários (genéticos e epigenéticos) e determina o resultado final de saúde.
Estudos mostram alguns fatores de risco para as doenças autoimunes:
Dieta inadequada;
Microbiota alterada;
Tabagismo;
Consumo de álcool e café;
Desregulação de hormônios sexuais, especialmente em mulheres;
Carência de vitamina D;
Exposição a solventes orgânicos, mercúrio e/ou pesticidas;
Medicamentos e algumas vacinas;
Agentes infecciosos, como certas viroses;
Obesidade.
Tratamento das doenças autoimunes
O tratamento para doenças autoimunes geralmente se concentra na redução da atividade do sistema imunológico. Isto pode ser feito com medicação, dieta adequada e suplementação.
A dieta molda a composição da microbiota intestinal e, dependendo, da qualidade das bactérias que frequentam seu trato digestório, você estará mais ou menos saudáveis. Dietas com menos industrializados e mais polissacarídeos de plantas favorecem uma microbiota protetoras. Já dietas ocidentalizadas, ricas em alimentos ultraprocessados favorecem uma microbiota mais inflamatória, representando um fator de risco para uma série de doenças, inclusive as autoimunes.
Suplementação de ômega-3
Uma revisão sistemática de 23 ensaios controlados aleatorizados descobriu que os ácidos graxos ômega-3 derivados beneficiam pacientes com artrite reumatóide. Encurtam a duração da rigidez matinal, reduziram o inchaço e a dor nas articulações e possibilitam a redução do uso de anti-inflamatórios não esteróides (Miles e Calder, 2012). O ômega-3 ajuda a combater os efeitos pró-inflamatórios dos ácidos graxos ômega-6 por meio da produção de moléculas que exercem efeitos anti-inflamatórios e pró-resolução.
Outra revisão sistemática de sete estudos que examinaram os efeitos dos ácidos graxos ômega-3 na qualidade de vida de pessoas com esclerose múltipla, um distúrbio autoimune caracterizado pela destruição progressiva da mielina, descobriu que o suplemento reduziu a taxa de recaída, diminuiu os marcadores de inflamação e melhorou a qualidade de vida (AlAmmar et al., 2021).
NESTE CURSO você aprenderá os 3 ciclos de estratégias nutricionais, os suplementos, os protocolos para modulação da inflamação e conhecerá os benefícios de muitos alimentos funcionais e sua importância dentro da dieta. Aprenderá também a preparar receitas fáceis e antiinflamatórias. COMECE AGORA. A remissão é possível sim e você não precisa conformar-se com uma vida de antiinflamatórios, corticóides, dor e medo.