A dieta é um componente muito importante da saúde mental, tendo inspirado um novo campo da medicina denominado psiquiatria nutricional. Pesquisas recentes mostram que dietas ocidentalizadas, cheias de alimentos ultraprocessados associam-se à maior incidência de depressão.
Por outro lado, um padrão alimentar caracterizado por uma alta ingestão de fitoquímicos, peixe, azeite, ervas e chás antioxidantes está associado a um risco reduzido de depressão. Um dos motivos é que este padrão reduz a inflamação crônica de baixo grau, um dos assassinos silenciosos, relacionado a doenças cardiovasculares, câncer, diabetes tipo 2, doenças autoimunes e transtornos mentais.
Estudos recentes mostram são 3 as melhores dietas para prevenção e tratamento da depressão. Gravei um vídeo sobre este tema:
Suplementação no tratamento da depressão
Alguns compostos específicos dos alimentos parecem ter um efeito benéfico na redução da sintomatologia depressiva, como ômega-3, curcumina.
Ômega-3: desempenham papéis importantes na função das células neuronais, neurotransmissão e reações imunes envolvidas em estados de doença neuropsiquiátrica, influenciando o humor e o comportamento. Pacientes com depressão tendem a ter índices de ômega-3 mais baixos e concentrações de IL-6 (citocina inflamatória) mais altas do que pacientes saudáveis (Baghai et al., 2010). Estudos mostram que a suplementação de ômega-3 ajuda na redução da inflamação e dos sintomas depressivos (Lesperánce et al., 2010; Borsini et al., 2021).
Magnésio taurato ou glicinato - o uso de 125-300 mg em cada refeição e ao deitar contribui para recuperação mais rápida (Eby, & Eby, 2006). Especula-se que o magnésio treonato faça efeito com menores doses uma vez que é mais permeável pela barreira hematoencefálica.
TCM - os triglicerídeos de cadeia média, particularmente o C8, aumentam a quantidade de corpos cetônicos na circulação. Estas moléculas possuem efeito antiinflamatório e antioxidante cerebral. Também contribuem para o aumento de GABA, neurotransmissor relaxante que reduz sintomas de ansiedade.
Avalie polimorfismos genéticos para B9 e B12, uma vez que estes nutrientes são importantes para reações bioquímicas que influenciam a produção de neurotransmissores.
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