Desde o período pré-natal a deficiência de ferro tem repercussões importantes e deletérias de longo prazo para crianças. A deficiência de ferro na gestação aumenta o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e infecções. Além disso, a falta de ferro durante a vida intra uterina e nos primeiros 2 anos de vida impactam negativamente o desenvolvimento de habilidades cognitivas, comportamentais, de linguagem e as capacidades psicoemocionais e motoras das crianças.
O tratamento da anemia em crianças exige dieta saudável com fontes de ferro, B9, B12, vitamina C e a reposição de ferro oral (dose de 3 a 6 mg de ferro elementar/kg/dia), fracionado ou em dose única, por seis meses ou até reposição dos estoques corporais confirmados pela normalização da Hemoglobina, VCM, HCM, ferro sérico, saturação da transferrina e ferritina sérica.
A efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tratamento, quando se espera que exista melhora dos níveis de reticulócitos e aumento da Hb em pelo menos 1,0 g/dL.
A principal causa de anemia é uma dieta pobre em ferro. Contudo, inserção de leite de vaca precocemente na dieta, perda de sangue nas fezes e doenças (como úlceras, doença de Crohn) também são causas a serem investigadas. Lembre que existem outros tipos de anemia, menos comuns, mais que também impactam negativamente o neurodesenvolvimento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Consenso sobre Anemia ferropriva - Atualização: destaques 2021; Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.Portaria SAS/MS nº 1.247, de 10 de novembro de 2014
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