Probióticos e envelhecimento

A senescência celular e o esgotamento dos mecanismos regenerativos resultam na perda da funcionalidade dos tecidos, proporcionando assim um terreno fértil para o aparecimento de várias doenças, como câncer, distúrbios neurodegenerativos e musculoesqueléticos, doenças cardiovasculares e metabólicas.

O envelhecimento, por si só é um importante fator de risco para doenças inflamatórias crônicas, como diabetes e aterosclerose. A senescência celular e o encurtamento dos telômeros nas células cardíacas levam à degeneração progressiva das válvulas aórticas e das células vasculares, aumentando o risco para a incidência de acidente vascular cerebral e parada cardíaca.

Curiosamente, descobriu-se que idosos resistentes à insulina exibiam um perfil metabólico ruim, respostas inflamatórias atrasadas e estrutura do microbioma intestinal alterada em comparação com participantes sensíveis à insulina.

Os residentes microbianos do intestino co-evoluem com o hospedeiro ao longo da vida. A estrutura do microbioma intestinal é estabilizada por volta dos três anos de idade; durante a vida adulta, a composição e função dessas comunidades permanecem relativamente estáveis. Mas, com o envelhecimento, o microbioma intestinal sofre grandes mudanças levando à disbiose.

Uma característica compartilhada do microbioma intestinal envelhecido é que a diversidade do microbioma cai drasticamente. Essa nova composição instável favorece o estabelecimento e proliferação de patobiontes, como as Proteobactérias. Essas alterações podem desencadear inflamação local e sistêmica, além de contribuir para o enfraquecimento da integridade da barreira intestinal.

Mais especificamente, as mudanças na população resultam em mudanças no perfil metabólico do microbioma intestinal. Por exemplo, a diminuição das populações de produtores de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), como Akkermansia muciniphila, resulta em diminuição da produção de acetato, butirato e propionato, que exibem atividade anti-inflamatória e preservam a função da mucosa intestinal. Estas alterações também sofrem influência de fatores ambientais, como uso de medicamentos, dieta ruim e desnutrição.

O microbioma intestinal pode ser facilmente manipulado com dieta e suplementos adequados. Caso precise de ajude marque sua consulta online aqui.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/