A neuroplasticidade refere-se à capacidade do cérebro de sofrer adaptações estruturais e funcionais em resposta à experiência. Esse processo está associado ao aprendizado, memória e melhorias na função cognitiva. A propensão do cérebro para a neuroplasticidade é influenciada por fatores de estilo de vida, incluindo exercícios, dieta e sono.
O sono pode ser dividido em estágios de movimento ocular não rápido (NREM) e movimento rápido dos olhos (REM), com os estágios NREM divididos em NREM 1, 2, 3 e 4. Durante o sono humano normal, os indivíduos passam por esses estágios a cada 90 minutos, com a proporção de REM/NREM mudando de NREM 3 e 4 na primeira metade para principalmente NREM 1, 2 e sono REM no final da noite.
Cada um desses estágios é caracterizado por atividade cerebral distinta e desempenha um papel único na restauração e manutenção do corpo durante o sono. Devido a essas diferenças, certos estágios do sono podem ter um efeito mais pronunciado na neuroplasticidade do que outros. Por exemplo, sabe-se que o sono REM envolve ativamente processos de neuroplasticidade no hipocampo durante a noite. Acredita-se que essas mudanças tenham implicações com a consolidação da aprendizagem e da memória.
A privação do sono, a redução da duração do sono REM ou a presença de um distúrbio do sono podem resultar em processos neuroplásticos interrompidos que podem ter uma influência negativa na consolidação da memória durante o sono, bem como no controle motor e na cognição durante as horas de vigília. Esses resultados destacam a importância de controlar o estado de sono de um indivíduo em estudos que medem a neuroplasticidade e de promover bons hábitos de sono para permitir um desempenho ideal em tarefas cognitivas ou físicas.
Muitas estratégias podem ajudar a melhorar a qualidade do sono, como a redução do consumo de cafeína e álcool, uma dieta adequada e atividade física. Níveis mais altos de atividade física estão associados a um sono melhor, portanto, a interação entre esses dois fatores pode ser particularmente importante.
Pesquisas anteriores sugeriram uma relação bidirecional entre dieta e qualidade do sono que é mediada por mecanismos relacionados à neuroinflamação, neurogênese e neuroplasticidade.
A adesão a uma dieta antiinflamatória, seja ela mediterrânea ou cetogênica, com maior consumo de ômega-3, EGCG do chá verde, curcumina foi associada a menor risco de má qualidade do sono.
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