A mucosa intestinal é uma estrutura altamente dinâmica na qual microrganismos e células epiteliais e imunes estão interagindo continuamente. A microbiota intestinal é composta principalmente pelo filo Firmicutes, seguido por Bacteroidetes, Actinobacteria e outras bactérias menos abundantes, mas igualmente importantes, incluindo a Akkermansia muciniphilla.
O intestino tem o grande trabalho de detectar o que faz bem e o que faz mal ao nosso corpo. Para tanto possui estruturas como a placa de Peyer (Peyer´s Patch), os nódulos mesentéricos, além de linfócitos B que, quando ativados, liberam IgA, dentre outras células.
Uma dieta mais diversificada, rica em fibras e polifenóis (como o padrão alimentar mediterrâneo), contribui para um intestino mais saudável e imunocompetente. Esta dieta ainda inclui gorduras de alta qualidade, é rica em vitaminas e minerais, nutrientes benéficos para o intestino e para o sistema imune.
Por outro lado, as dietas ocidentais e alimentos ultraprocessados, caracterizados por baixos níveis de fibra alimentar ou micronutrientes, ricas em carboidratos refinados (açúcar e grãos refinados), gorduras de baixa qualidade (ácidos graxos trans e uma proporção excessiva de ômega 6/ômega 3 devido aos óleos refinados), sal e aditivos não saudáveis (principalmente adoçantes) e, finalmente, consumo excessivo de carne vermelha e processada, são péssimas para o intestino.
A dieta ruim não só exerce efeitos prejudiciais na barreira intestinal, levando ao intestino permeável, disbiose intestinal e metabólitos alterados, mas também contribui para uma inflamação local e para a presença de lipopolissacarídeos bacterianos (LPS) na corrente sanguínea. Isto contribuirá para a endotoxemia sistêmica e inflamação crônica.
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