Cansaço físico e fadiga mental constantes? Reduza sua carga alostática

Muitos dos meus pacientes chegam ao consultório após entrarem em Burnout. A Síndrome de Burnout, é um estado de exaustão física, emocional e mental intenso, geralmente causado por estresse crônico relacionado ao trabalho. É como se a pessoa "queimasse" por dentro, perdendo a energia e a motivação para realizar suas tarefas.

Quais são os principais sintomas do burnout?

  • Exaustão: Cansaço constante, mesmo após dormir o suficiente.

  • Cintilamento: Sensação de estar emocionalmente vazio e distante das pessoas.

  • Redução do desempenho: Dificuldade em se concentrar, tomar decisões e cumprir prazos.

  • Aumento da irritabilidade: Reações exageradas a situações do dia a dia.

  • Problemas físicos: Maior frequência de dores de cabeça, dores nas costas, problemas gastrointestinais e distúrbios do sono.

  • Sentimentos de fracasso: Crença de não ser capaz de realizar as tarefas.

  • Isolamento social: Tendência a evitar contato com outras pessoas.

Como prevenir e tratar o burnout?

A redução da carga alostática é fundamental para a recuperação. A carga alostática é um conceito fundamental para entendermos os impactos do estresse crônico na saúde. Imagine seu corpo como um carro: quando você acelera e freia constantemente, desgasta as peças mais rápido. A carga alostática é esse desgaste causado pela ativação frequente dos sistemas do corpo em resposta a estressores.

Em termos mais técnicos, a carga alostática representa a ativação repetida e prolongada dos sistemas neuroendócrino, imunológico, metabólico e cardiovascular. Essa ativação constante gera um desequilíbrio homeostático, ou seja, o corpo não consegue mais manter seu estado de equilíbrio interno.

Como a Carga Alostática Afeta a Saúde?

Uma alta carga alostática está associada a um risco aumentado de diversas doenças, como:

  • Doenças cardiovasculares: Hipertensão, infarto, derrame.

  • Doenças metabólicas: Diabetes, obesidade.

  • Doenças mentais: Depressão, ansiedade, TAB.

  • Doenças autoimunes: Lúpus, artrite reumatoide.

  • Doenças neurodegenerativas: Alzheimer, Parkinson.

Fatores que Contribuem para a Carga Alostática

  • Genética: Variações genéticas podem afetar a sensibilidade e a reatividade dos sistemas de resposta ao estresse do corpo, como o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Indivíduos com certas variantes genéticas podem ser mais propensos ao estresse crônico e à carga alostática elevada. Fatores genéticos também podem influenciar os processos metabólicos, afetando como o corpo regula a glicose, a insulina e outros hormônios. Enfim, a genética pode impactar o funcionamento do sistema imunológico, afetando sua capacidade de responder a estressores e manter o equilíbrio. A desregulação do sistema imunológico pode levar à inflamação crônica e ao aumento da carga alostática.

  • Estresse crônico: Trabalho excessivo, problemas financeiros, relacionamentos conflituosos.

  • Traumas: Abusos, perdas, catástrofes.

  • Inflamação crônica: Causada por doenças ou hábitos de vida não saudáveis.

  • Desordens do sono: Insônia, apneia do sono.

  • Fatores sociais: Discriminação, desigualdade social.

Como Reduzir a Carga Alostática?

Embora a carga alostática seja um processo complexo, existem estratégias para reduzir seus efeitos:

  • Gerenciamento do estresse: Pratique técnicas de relaxamento como meditação, yoga, respiração profunda. Estes treinamentos aumentam a capacidade de autoregulação em momentos desafiadores.

  • Sono de qualidade: Durma pelo menos 7-8 horas por noite.

  • Exercício físico regular: Pratique atividades que você gosta.

  • Atividades de relaxamento: Você desses que está sempre ligado, inclusive à noite e nos finais de semana? Separe o tempo de trabalho do tempo livre. Aprender a parar é fundamental.

  • Fortalecimento das relações sociais: Conecte-se com amigos e familiares que de fato te façam bem.

  • Terapia: Procure ajuda profissional para lidar com traumas e emoções difíceis. Um terapeuta pode ajudar a identificar e tratar as causas do burnout.

  • Alimentação saudável: Evitar alimentos ultraprocessados, corantes, conservantes, alérgenos é fundamental. Ter uma dieta e suplementação que forneçam os nutrientes adequados também.

  • Reduza o álcool e hidrate-se adequadamente: O álcool exerce efeitos negativos na micro e macroestrutura do cérebro. O consumo de álcool está associado a menor volume cerebral e menos conexões entre os neurônios. Não há consumo seguro de álcool. Além disso, a desidratação impacta muito negativamente o cérebro. Levante-se e vá beber uma água!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/