Em 2013 fiz um teste genético para entender um pouquinho sobre minha ancestralidade. Mistura entre portugueses, holandeses, alemães, congoleses, angolanos, nigerianos e até indígenas norte-americanos, fora a gente que andou por Minas Gerais, São Paulo, Bahia e outras tantas regiões do Brasil. Meu DNA também tem menos de 2% de genes neandertais. O que carrego é pouco mas é 22% superior ao encontrado na maioria das pessoas testadas por esta empresa (23andme). Sempre me perguntei a cerca do significado disso em meu metabolismo. Agora, começam a surgir análises sobre as heranças de caçadores-recoletores e de agricultores. Bem, alguns dos meus genes são claramente de caçadores-recoletores como o PPARG.
O PPARG (peroxisome proliferator polypeptide gamma gene) é um gene que codifica um fator de transcrição, atuando na lipogênese (formação de gordura), no controle do metabolismo termogênico (produção de calor), assim como na sensibilidade à insulina, que é diminuída pela homozigose CC.
Esta variação também tem sido associada à hiperlipidemia (aumento das gorduras no sangue) e à doença diabetes mellitus do tipo 2. Ou seja, este gene representa um genótipo ancestral que não está adaptado à dieta ocidental atual, rica em açúcares refinados, farinhas e gorduras saturadas, alimentos que promovem o acúmulo de gordura e aumentam o risco de várias doenças crônicas não transmissíveis.
Para quem quer aprender mais sobre genética, especificamente nutrigenética: https://bit.ly/genomica-at